Da diabólica santidade da liderança do PAIGC

Da diabólica santidade da liderança do PAIGC

 

Ensaio Político

Autor: Didinho

23.01.2022

 

ESTATUTOS DO PAIGC

ARTIGO 15º

(Direitos do militante)

  1. São direitos do militante do PAIGC:
  2. b) Eleger e ser eleito aos órgãos do Partido;

“(…) O PAIGC defende o princípio democrático, consubstanciado na soberania popular, na democratização contínua da sociedade, no sufrágio universal direto e secreto, no pluripartidarismo e no direito à oposição democrática. O Partido trabalha no sentido do permanente alargamento da sua base social, na qual o ingresso e a participação de cidadãos nas suas fileiras representa o respeito e garantia da liberdade de consciência e do debate de ideias no seu seio.

Por essa razão, o PAIGC assegura aos seus membros a liberdade de atuação, no âmbito das suas atividades profissionais e da sua militância, e admite a diferença entre os seus membros e a existência de correntes de opinião desde que não ponham em risco a unidade no seio do Partido, a sua estrutura e sobrevivência.

O PAIGC e os seus órgãos, estruturas e organizações socio-políticas atuam nos termos da Constituição da República e demais Leis e prossegue os seus fins numa sociedade multipartidária, com inteira observância das regras democráticas.” – Do Preâmbulo dos ESTATUTOS DO PAIGC – Aprovados pelo IX Congresso Ordinário – Fevereiro de 2018

Os apoiantes do Presidente do PAIGC continuam, infelizmente, a confundir o Partido, que é uma Instituição Política, com o seu Presidente, que é um, entre milhares de militantes (não importa o cargo) filiados e ao serviço do PAIGC.

Com o Congresso do partido agendado para 17 a 20 de fevereiro próximo, e na eventualidade de haver vários candidatos à liderança do PAIGC, os apoiantes do ainda líder do partido começaram a pôr em prática as velhas estratégias de ataques pessoais, confrontação e intimidação no intuito de criar e declarar, inimigo, dentro do partido, todo e qualquer um que manifeste intenção de concorrer à liderança; ou quem der sinais de querer apoiar alguém (ou algum manifesto) interessado em concorrer à liderança no próximo congresso.

Afinal onde está a Democracia no PAIGC?

Onde está o pluralismo no PAIGC?

Onde está o Presidente do PAIGC para se desmarcar do fanatismo e do endeusamento político à sua pessoa, assegurado por uma corja que o tem servido da pior forma, levando à contínua fragmentação do partido e à sua consequente e iminente destruição?

O Presidente do PAIGC continua a pensar, equivocadamente, que a sua base de apoio reside nas suas claques de lúmpens, feitos ativistas das redes sociais, e, ou, num grupo restrito e repressivo, de veteranos sem honra nem glória, dentro do partido, grupo esse que nunca quis mudanças no próprio partido e, consequentemente, o exercício político democrático, de compromisso e de comprometimento, em servir o País e o Povo da Guiné-Bissau.

Quando despertará para a realidade, o ainda Presidente do PAIGC, de que, a estratégia da manipulação de consciências e da instrumentalização de pessoas nunca foi, e nem será, uma estratégia sustentável e, por conseguinte, duradoura face à missão, aos objetivos e aos fins do partido?

A menos de um mês da realização do congresso do PAIGC os “canais da indecência” das claques do ainda líder do partido começam a insurgir-se contra potenciais candidatos à liderança do partido, como se o direito de eleger e ser eleito apenas assista ao atual Presidente do PAIGC e mais ninguém no partido.

Vejamos o que consta nos Estatutos do PAIGC – Artigo 15º – (Direitos do militante) sobre o assunto: “1. São direitos do militante do PAIGC: b) Eleger e ser eleito aos órgãos do Partido;”

Chamam traidores a alguns dirigentes do partido apenas porque esses têm uma outra visão e outra estratégia para o partido e, querem uma nova liderança para o PAIGC; dirigentes que sempre fizeram os seus trabalhos em prol dos objetivos do partido (e que nunca estiveram sob alçada do seu Conselho de Jurisdição e da consequente penalização por uma alegada e repressiva disciplina partidária), visando a conquista do poder político e da governação.

Mas será que as conquistas do PAIGC apenas são obra do Presidente do partido e, as derrotas e os amargos de boca são fruto dos demais?

Será que o Presidente do PAIGC vai continuar a enxovalhar todos os Dirigentes e Militantes do partido, por via de suas liberdades e seus direitos no PAIGC, incluindo a apresentação de candidatura à liderança do partido, quando os Estatutos do PAIGC o permitem, sustentando e incentivando, igualmente, o Pluralismo e a Tolerância no partido, bem como a defesa dos direitos, liberdades e garantias dos cidadãos?

“f) Promover e defender os direitos, liberdades e garantias fundamentais dos cidadãos.” – Artigo 3º (Fins) – ESTATUTOS DO PAIGC

“(…) A democracia interna do Partido assenta em:

  1. a) Livre expressão de ideias e reconhecimento do pluralismo de opiniões aos seus militantes dentro dos órgãos do partido;” – Artigo 5º (Democracia interna) – ESTATUTOS DO PAIGC

Dizer publicamente que os subscritores de uma moção de estratégia visando uma nova liderança para o partido apenas querem criar confusão, ignorando o respeito que os mesmos subscritores manifestaram pelo PAIGC e pelo seu Presidente, só pode ser a confirmação de uma liderança ditatorial, que usa e descarta todos os Dirigentes e Militantes do partido que têm visão diferente, para o melhor do partido.

O Presidente do PAIGC arranja inimigos por tudo e por nada, birrento que é, ignorando que antes de chegar à liderança do PAIGC, porque foi lá posto, o Partido já existia e era um partido vencedor, independentemente dos seus cíclicos problemas estruturais.

É este Presidente do PAIGC que volta e meia tenta impressionar os seus apoiantes, e alguma franja da sociedade guineense, quando fala no “império da lei”, omitindo as suas violações dos Estatutos do PAIGC.

Como foi possível o Presidente do PAIGC contornar os Estatutos do partido e apresentar-se como candidato apoiado pelo partido às eleições presidenciais realizadas em 2019 na Guiné-Bissau, quando nem sequer apresentou a sua demissão do cargo de Presidente do partido para concorrer às primárias do partido visando encontrar um nome a apoiar como candidato do partido?

Os Estatutos do PAIGC são claríssimos sobre o exercício do mandato do seu Presidente, e das suas competências, ele que apenas pode, no exercício da função de Presidente do partido, ser o cabeça de lista às eleições legislativas, e, por conseguinte, o nome a indicar para ocupar o cargo de Primeiro-ministro, em caso de vitória do partido nas eleições legislativas, tal como consta no seu ARTIGO 42º (Cabeça de Lista)

“1. O Presidente do PAIGC é o cabeça de lista do Partido às eleições legislativas e seu candidato ao cargo de Primeiro-Ministro, em caso de vitória.”

Tendo sido demitido do cargo de Primeiro-ministro em Agosto de 2015, o Presidente do PAIGC continuou na liderança do partido sem demonstrar nenhuma intenção de se candidatar às eleições presidenciais que viriam a ser agendadas para 2019.

Quando o PAIGC já tinha uma série de candidatos internos para o apoio do partido às eleições presidenciais, eis que o Presidente do PAIGC decide, contra os Estatutos do partido, ser igualmente candidato interno para apoio do partido às eleições presidenciais, quando todos sabem que um Presidente da República não pode exercer nenhum cargo no dirigismo de qualquer que seja o partido político.

O Presidente do PAIGC não chegou sequer a pôr o seu cargo de Presidente do partido à disposição, para concorrer às eleições primárias internas do PAIGC, visando escolher o candidato a apoiar pelo partido nas eleições presidenciais.

Como foi possível violar e contornar os Estatutos do partido, desrespeitando os demais candidatos, que ficaram a priori prejudicados pelo fator “Influência” da candidatura do Presidente do partido, que não tinha legitimidade para participar nas eleições primárias do partido?

Afinal, o que é o tal “império da lei”, pomposamente manifestado e de forma recorrente, pelo Presidente do PAIGC?

É este mesmo Presidente do partido, que traindo os seus “juramentos”, quer concorrer sozinho a um terceiro mandato à liderança do PAIGC?

Para quê, se a sua pretensão maior é vir a ser Presidente da República, apoiado pelo PAIGC?

Não fosse o egoísmo e a ambição de querer ser tudo em simultâneo, e face às opiniões realistas de altos dirigentes do partido, de que o atual Presidente está mais do que desgastado e desvalorizado enquanto capital político capaz de devolver a unidade no partido e a dinâmica da luta, para que o PAIGC consiga resgatar a confiança do povo eleitor guineense e, consequentemente, o poder político e de governação, o ainda Presidente do PAIGC seria o primeiro a admitir a sua incapacidade de conduzir o partido à Unidade e Luta, e, por isso, a decidir por uma não recandidatura à liderança do PAIGC.

Seria uma decisão sensata, até porque, tal como algumas vozes do partido defendem, seria uma figura a ser resguardada, para outros desafios do partido, e neste caso, para as eleições presidenciais de 2025, porém, o atual Presidente do partido não sobrevive sem estar acima de tudo e de todos, incluindo o próprio partido.

Não seria capaz de fazer mais nada para o partido ou pelo país, até 2025, porque habituou-se a mandar e a ser idolatrado, e não aceitará que seja mandatado, ou ignorado na ribalta das projeções mediáticas dentro e fora do país.

Este ensaio não pretende esmiuçar e analisar os Estatutos do PAIGC, por isso, as referências aqui partilhadas servem apenas e só, para ajudar a compreender a abordagem e as interrogações apresentadas.

Também não é nenhuma manifestação de interesse contra o atual Presidente do PAIGC, ou de compromisso para com qualquer candidatura à liderança do PAIGC no seu próximo congresso.

Este ensaio, é mais um contributo de cidadania, visando o despertar de consciência e a promoção do debate de ideias entre os Guineenses!

Positiva e construtivamente.

Didinho 23.01.2022

ESTATUTOS DO PAIGC

Artigo 38º (Candidatos ao Cargo de Presidente do PAIGC) – IN ESTATUTOS DO PAIGC

  1. Pode candidatar-se ao cargo de Presidente do Partido, o militante do PAIGC que reúna os seguintes requisitos:
  2. a) Ter, pelo menos, dez anos de militância activa e ininterrupta no Partido;
  3. b) Não ter sido objecto de condenação definitiva por infracção disciplinar grave, nos termos dos presentes Estatutos e do Regulamento Disciplinar;
  4. c) Não ter sido objecto de condenação definitiva por prática de crime doloso;
  5. d) Gozar de integridade moral e cívica irrepreensíveis.
  6. Os candidatos ao cargo de Presidente do Partido devem apresentar as respetivas Moções de Estratégia ao Congresso, baseadas nos princípios e Programa do Partido.
  7. O conselho Nacional de Jurisdição e Fiscalização é o órgão competente para aferir a elegibilidade dos candidatos.

ARTIGO 40º

(Presidente do Partido)

  1. O Presidente do Partido é o órgão representativo máximo do PAIGC, que coordena e assegura a sua orientação permanente, velando pelo seu funcionamento harmonioso e pela aplicação das deliberações dos seus órgãos nacionais.
  2. No exercício das suas funções, o Presidente do PAIGC é coadjuvado por quatro Vice-Presidentes.

ARTIGO 41º

(Competência)

  1. Compete ao Presidente do PAIGC:
  2. a) Representar superiormente o PAIGC perante os órgãos do Estado, Partidos políticos e outras instituições, nacionais e estrangeiras;
  3. b) Apresentar a posição oficial do PAIGC sobre matérias da competência do Comité Central, do Bureau Político e da Comissão Permanente;
  4. c) Conduzir as relações internacionais do Partido e velar pela aplicação das grandes linhas de orientação aprovadas pelo Comité Central, de conformidade com a alínea r) do artigo 33º;
  5. d) Apresentar o relatório do Comité Central ao Congresso;
  6. e) Convocar e presidir às reuniões do Comité Central, do Bureau Político e da Comissão Permanente;
  7. f) Propor ao Comité Central o candidato para o cargo de Secretário Nacional do Partido;
  8. g) Participar no processo de escolha dos candidatos ao cargo do Presidente da República e do Presidente da Assembleia Nacional Popular, a serem propostos pela Comissão Permanente;
  9. h) Exercer as demais competências previstas nos presentes estatutos ou que lhe forem conferidas pelo Comité Central ou Bureau Político.
  10. O Presidente do PAIGC pode delegar nos Vice-Presidentes parte das suas competências.

ARTIGO 42º

(Cabeça de Lista)

  1. O Presidente do PAIGC é o cabeça de lista do Partido às eleições legislativas e seu candidato ao cargo de Primeiro-Ministro, em caso de vitória.
  2. Em caso de impedimento, o Presidente do Partido é substituído por um dos Vice-Presidentes, que será votado no Bureau Político para o cargo de Primeiro-Ministro.
  3. Ao cabeça de lista compete dirigir a campanha eleitoral do PAIGC nas eleições legislativas e é politicamente responsável pelos resultados das mesmas perante os órgãos superiores do Partido.

Fonte de consulta: ESTATUTOS DO PAIGC – Aprovados pelo IX Congresso Ordinário – Bissau – Fevereiro de 2018

O CARGO DE PRESIDENTE DA REPÚBLICA DA GUINÉ-BISSAU É UM CARGO POLÍTICO!

Não aprecio discursos militaristas de seja quem for o Presidente da República, que, independentemente do seu estatuto de Reservista (ou da sua patente militar, questionável, quiçá, duvidosa, por mil e uma razões…), não emergiu como Presidente da República por via de um Golpe de Estado, mas sim, através de um Processo Constitucional e Legal; Político e Democrático (e não Militar); apoiado por um Partido político e sufragado pela maioria do Povo Eleitor Guineense (sem estatuto militar), e não pelas Forças Armadas (de Defesa e Segurança), da Guiné-Bissau!

A Constituição da República da Guiné-Bissau, através do ponto 1 do seu ARTIGO 62º, atribui a competência de Comandante Supremo das Forças Armadas ao Presidente da República, por inerência de funções, não porque o Presidente da República seja, ou tenha que ser um Militar, mesmo na reserva, mas, por ser o Chefe do Estado!

Nenhum candidato presidencial veste farda militar para fazer campanha eleitoral para Presidente da República!

Um Presidente da República que usa e abusa de um complexo de superioridade, por via de uma alegada pertença militar, como também, de uma patente militar sem um percurso militar académico, ou prático, para tal, ignorando a sua idade e o seu estatuto de reservista, num País pequeno, no qual nos conhecemos minimamente, enquanto Guineenses, está claramente a dizer que não é o Presidente de Todos os Guineenses, mas sim, quem Manda em todos os Guineenses!

Quando um Presidente da República, que alegadamente é detentor de uma Licenciatura; de um Mestrado e de um Doutoramento, insiste em comparar a inteligência humana, ou o exercício de liderança, entre o militar e aquele que não é militar, ignorando que o militar é antes de mais um ser humano como qualquer outro, então, estamos conversados…

Nunca dei conta de nenhuma iniciativa do actual Presidente da República da Guiné-Bissau na Promoção do Conhecimento Científico, isto para um Presidente que alegadamente tem um Doutoramento!

Nunca participa em Palestras sobre áreas do conhecimento científico e nunca tem abordagens sobre o Desenvolvimento, numa perspectiva temática Multidisciplinar. O foco é ser Militar, em função da sua visão pessoal…

Nos Países onde há seriedade, a graduação ao posto de General das Forças Armadas é um Processo Longo, Rigoroso e Metódico, com Percurso Académico, Teórico e Prático, ao Longo da Vida Militar.
Na Guiné-Bissau, infelizmente, há mais Generais do que soldados, e são promovidos de noite para o dia!

Nem no tempo da Luta Armada de Libertação Nacional havia patentes, salvaguardando, a hierarquia através dos Comandantes das Frentes de Guerra, conforme as Zonas Territoriais.

Hoje temos um Presidente da República que insiste, implicitamente, na teoria da conspiração, contra candidaturas presidenciais de civis às eleições presidenciais, porque, alegadamente, os militares é que são melhores para o cargo…

Então porque é que não escolhemos logo o Chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas, evitando gastos com a realização de eleições presidenciais?!

SOU/ESTOU, CONTRA esta abordagem mesquinha!

Como e porquê, temos um Presidente da República que tem o posto mais elevado na hierarquia militar da República da Guiné-Bissau, estando alegadamente, na reserva, aos 48 anos de idade, e quando nunca participou em nenhuma Guerra, ou combate, na Guiné-Bissau?!

Se os militares devem afastar-se da política, dos políticos e dos partidos políticos, então, como é possível termos um Presidente da República Militarista, no exercício de um cargo Político, que é a Chefia do Estado?

Um Cargo Político sim, porque mesmo em caso de vacatura/vagatura, cabe a outro político, no caso concreto, por via da Assembleia Nacional Popular (Parlamento), o exercício interino do cargo de Presidente da República e NUNCA um Militar!

Seguir o exemplo do actual Presidente da Nigéria, que já assumiu a chefia do seu País por via de um Golpe de Estado, não é o melhor caminho para um Presidente da República da Guiné-Bissau, ainda Jovem.

Assinar decretos fazendo questão de dar a conhecer o seu alegado estatuto militar, em vez do seu (já agora), também alegado estatuto académico, entre Licenciado, Mestre e Doutor, só pode levantar dúvidas e preocupações aos Guineenses, e não só!

O Povo Guineense não votou num Militar para seu Presidente da República e o Presidente Umaro Sissoco Embaló tem que se mentalizar que a Democracia não é um instrumento das Forças Armadas, ou nas Forças Armadas!

Positiva e construtivamente.

Didinho 20.07.2021

Henri Labery e Rafael Barbosa

REVISITANDO UMA CARTA ABERTA DE HENRI LABERY AO ENTÃO PRESIDENTE DA REPÚBLICA DA GUINÉ-BISSAU, JOÃO BERNARDO “NINO” VIEIRA

CARTA ABERTA

Dakar, 19 de Agosto de 2005

Sua Excelência
Sr. João Bernardo VIEIRA
Presidente da República da
Guiné-Bissau
BISSAU

Excelência Senhor Presidente da República,

O Povo, (a razão de ser do nosso engajamento político desde a nossa tenra juventude), acabou de o eleger ao cargo do mais alto Magistrado do nosso País. Eleição ganha por sufrágio universal e em conformidade com os resultados agora definitivamente proclamados.

Antes e durante a sua campanha eleitoral, Vossa Excelência Sr. Presidente da República, apregoou mensagem de Paz, de unidade do povo no respeito da sua diversidade, de consenso e de convergência política. Em prol dum desenvolvimento harmonioso económico-social na justiça e a caminho duma prosperidade tão desejada pela maioria dos cidadãos, fundamento do bem estar da Sociedade.

Vossa Excelência Sr. Presidente da República, disse também que pedia perdão ao Povo pelos erros do passado e, fez a promessa, se viesse a reconquistar a sua confiança e for eleito, que iria dirigir o País segundo as normas da democracia moderna no interesse exclusivo da Nação, banindo o divisionismo e o espírito de clan.

O mundo inteiro ouviu a sua promessa, feita em moldes de juramento à bandeira. E o mundo inteiro aplaudiu!

Desnecessário, desde então, Senhor Presidente da República, rememorar todo o sangue derramado durante (o que se compreende) e após (o que não se compreende) a luta pela independência. Esta independência pela qual Vossa Excelência muito contribuiu e foi uma das figuras Heróicas pela sua conquista.

Inútil igualmente relembrar, Senhor Presidente da República, os traumas que marcaram as primeiras décadas da nossa independência, com o seu cortejo de golpes, ajustes de contas e de vinganças, entre antigos companheiros que sois, culminando com a tragédia de junho de 1998, em lutas armadas fratricidas e sanguinárias ?!

Sr. Presidente, esta tragédia serviu de pretexto à invasão ao nosso solo por tropas estrangeiras, dando azo a muita humilhação, causando êxodo das nossas populações além-fronteiras, provocando de novo inúmeros mortos e incontáveis feridos!

A dor foi intensa, Sr. Presidente da República, ver nossos compatriotas, conseguindo transpor fronteira, chegar pés inchados em sangue, depois de muito caminhar pela mata adentro, fugindo à guerra entre irmãos, recebidos em acampamentos desprovidos do essencial, sofrendo física e moralmente, a alma se esvaziando!!!

Ver entulhados, a bordo de navios de fortuna, inválidos, crianças, mulheres, idosos, gente nossa, desembarcados em Terras estrangeiras em grande estado de fragilidade e de indigência, fugindo e deixando atrás seu País a ferro e a fogo, acredite que é uma visão insuportável, de emoção incontida, Senhor Presidente da República. As entranhas não resistiam!!!

Senhor Presidente, num País como o nosso, de um pouco mais de um milhão de habitantes, potencialmente rico em recursos, com camponeses peritos em lavoura, homens e mulheres corajosos no trabalho e no sacrifício, com um céu abençoando com chuvas benfazejas, é um paradoxo que a sua economia esteja como está e seja considerada das mais devastadas dos Países ditos mais «pobres» de África por conseguinte do “Mundo’”?!

A nossa agricultura, num solo fertilíssimo, onde outrora a cultura do arroz abundava, da mancarra também, a extração do coconote e óleo de palma enriquecendo a produção, temos hoje tudo praticamente abandonado, em benefício quasi exclusivo de nozes e vinho de caju, produto como se sabe, empobrece sobremaneira o chão!

A pesca, outro pulmão da nossa economia, sofre duma gestão que se diz incontrolada e incontrolável. Os investimentos feitos em câmaras frigoríficas para a conservaçâo dos produtos do mar em estado de deliquescência?

Outros sectores da vida do País, Senhor Presidente da República, não escapam à miséria:

– Assim, as nossas estruturas hospitalares se encontram imensamente carentes, muitos pacientes, aqueles que dispõem de meios, deverão recorrer a Países estrangeiros, por falta de equipamento e de especialistas nos nossos hospitais. Quid dos outros sem meios??

– Nos nossos Estabelecimentos escolares, as estatísticas revelam que os resultados e o nível do ensino estão cada vez mais baixos. Que a nossa função pública anda bastante desvalorizada, os funcionários sofrendo meses a fio sem salário e este, incompatível com o custo elevado de vida??

– Constante, é a quase inexistência duma rede de energia elétrica doméstica e industrial, sopé indispensável ao conforto nos lares e ao desenvolvimento económico. Inexistência também, duma rede rodoviária ao serviço da populaçâo e transações entre a Capital e outras aglomerações do País…

E já vamos, Senhor Presidente da República, para além de 30 (trinta) anos da nossa independência, mais de uma geração e mais a nossa!!

Os relatórios das mais autorizadas e credíveis Instituições Internacionais divulgam, Sr. Presidente da República, que a situação de pobreza que prevalece
no nosso País, se deve, entre outros males, à péssima governação dos sucessivos regimes, à corrupção, ao desvio de fundos públicos, à concussão, à incompetência!!…

Senhor Presidente da República, a instabilidade crónica que vem minando a vida económica e social do nosso País, tem sido o factor mais ‘’estável’’ desde a nossa Independência!!

Torna-se uma prioridade, um imperativo absoluto, Senhor Presidente, a restruturação das nossas Forças Armadas. Convém proporcionar aos nossos soldados e aos Antigos Combatentes, condições duma existência condigna, instaurar um Exército Nacional Republicano a condizer com as necessidades de hoje, tanto no seu efectivo como na sua modernizaçâo.

A nossa Juventude, Senhor Presidente, vive sem amparo, sem rumo, sem futuro. O desemprego, crónico, não ajuda aspirar a uma vida decente e é de recear que o alcool, a droga, a prostituição, já presentes, venham agravar a sua já tão precária existência. Ela, a nossa juventude, também e infelizmente é inexistente no palco das competições desportivas inter-africanas e internacionais ausentes em encontros culturais!

Senhor Presidente da República, esta é a parte ínfima da realidade que naturalmente estou certo não ignore, e à qual irá estar confrontado logo de início e durante o seu mandato.

Hoje, com o multipartidarismo, se revelaram, como ontem, várias sensibilidades – o que é salutar -, na paisagem política do nosso País. Procure e esforce incutir no espírito de cada guineense, o conceito da tolerância e da irmandade!

Tente, ao pé dos que porventura ainda a cultura de Partido único subsista, doutriná-los à cultura da democracia e de respeito à opiniao doutrem. Ensinar que um irmão que milite num partido diferente pode ser um adversário em termos de ideia doutrinal, mas nunca um inimigo. Porque todos aspiram ao mesmo ideal: O bem do País, o bem de cada um. Faça triunfar a batalha das ideias, sem violência e no respeito mútuo!!

Senhor Presidente da Républica, preconizo que pratique como tentara em 1980, mas desta vez sinceramente, a política de mão estendida a todos os Partidos. Tente, respeitando as regras da democracia pluralista, com o apoio Parlamentar, governar com homens e mulheres competentes, estejam eles onde estiverem e seja qual for a cor do Partido a que pertençam, ou sem Partido nenhum. Privilegie a competência e a honestidade. Tenha em conta única e exclusivamente o interesse geral!!

Senhor Presidente, ao pedir publicamente perdão ao Povo pelos seus erros do passado, deu provas de coragem. O Povo, ao elegê-lo à Magistratura Suprema, confirma a sua magnanimidade. Porém, a História nos ensina também, Senhor Presidente da República, que o Povo pode perdoar, o Povo às vezes, perdoa. Mas o Povo, Senhor Presidente, não esquece, o Povo nunca esquece. A sua memória é in memoriam! A sua memória é perpétua!…

Senhor Presidente da República, tente deixar à História, um novo marco desta sua nova Passagem, antes que o Destino, inexorável, nos leve à Eternidade!!!

Faça com que ao fim deste seu mandato, os filhos da Guiné, possam dizer: ‘’Estamos num bom caminho, entramos finalmente na senda do Progresso e na era de Justiça e de PAZ’’!!

São estes, os votos ardentes deste velho militante, pioneiro da hora H, que se prosterna com respeito e solenidade perante a memória dos que pelo caminho ficaram, dentre os quais o saudoso Amilcar CABRAL, rendendo-lhes Preito e Homenagem pelo sacrifício supremo, na certeza de que a GUINÉ, a nossa Pátria , irá ser (e sê-lo-á) um País ufano, orgulhoso, no sentido nobre da palavra, andando de cabeça erguida, no bem estar e na felicidade de seus filhos, a militar activamente no concerto das Nações Livres e Independentes pela Paz no Mundo!!

Senhor Presidente, através desta Carta Aberta, quero saudar e prestar Homenagem a um outro Símbolo (Vivo) da nossa Luta, Raiz e Mobilizador do nosso Nacionalismo, outra figura mártir da nossa História: Rafael Paula Gomes BARBOSA, nosso Companheiro, meu ilustre Zain LOPES de nome de guerra e da clandestinidade.

Que Deus proteja a Guiné-Bissau.

Aceite, Senhor Presidente da República, os protestos da minha respeitosa consideração.

Henri LABERY (Politólogo – Jornalista Político-Editorialista)

Fundador com Amilcar CABRAL e Rafael BARBOSA, do Primeiro Movimento de Luta pela Independência da Guiné (MING) 1954.

Primeiro Leader Nacionalista duma Colónia Portuguesa a ser reconhecido e admitido no seio das Nações Unidas em Novembro de 1961, advogando do alto da tribuna da Organização Mundial pelo direito da Guiné “Portuguesa” e das Ilhas de Cabo Verde à Auto-determinação, à Soberania Nacional e Internacional enquanto Secretário-Geral do Movimento de Libertação da Guiné e de Cabo-Verde –MLGC- ./

A minha singela homenagem ao Professor Doutor Leopoldo Amado

Foi na madrugada do passado dia 25 de Janeiro que recebi a triste notícia do falecimento em Dacar-Senegal, do Ilustre Filho da Guiné-Bissau, nosso Brilhante Académico, Historiador; um dos melhores investigadores que a Guiné-Bissau gerou e que nos deixa um legado científico vasto e por explorar, não só na sua área de formação, mas numa diversidade complementar de tantas áreas Académicas das Ciências Sociais, sobretudo.

Do Brilhantismo de um Intelectual como tu, recordo-me das nossas divergências, em momentos distintos de conjunturas políticas na nossa Guiné-Bissau; as tais divergências que ajudam a amadurecer pessoas de mente aberta, e a elucidar consciências.

Sim, estivemos de costas voltadas várias vezes, porque cada um de nós fez sempre questão de sustentar, com teimosia, seus pontos de vista, entre evidências e, ou a falta delas, face à situação política da nossa Guiné-Bissau. Não importa, agora, de que lado estava a razão, face às disputas que tivemos, mas sim, reconhecer que as nossas confrontações intelectuais ajudaram-nos a conhecer melhor a realidade histórica, política, social e cultural da nossa Guiné-Bissau, capacitando-nos para melhores contributos ao nosso País.

Porém, foram mais e de maior registo, os momentos bons da nossa convivência patriótica, fraterna e de amizade!

Do que guardarei de ti, sempre, é a certeza de que foste, até ao teu falecimento, o único Académico Guineense a reconhecer, promover, e a valorizar todos os teus compatriotas, motivando-os a fazerem mais e melhor pela nossa Guiné-Bissau!

Onde quer que estejas, sei que me autorizas a partilhar uma das nossas mensagens, para sustentar o reconhecimento, a admiração e a estima que sempre tive por ti.

de: Leopoldo Amado leopoldo.amado@gmail.com
para: Fernando Casimiro <didinhocasimiro@gmail.com>
data: 15/12/2016, 23:16

Caro Casimiro

Li com bastante atenção e deleite o admirável texto de apresentação do teu/nosso livro. Não podias ter melhor apresentação que, alias, remete-nos, a um tempo, para a literariedade subjacente e o realismo envolventes da obra. Que admirável assertividade! Para mais, o texto vem escrito numa linguagem simples, mas carregada de imagens, de afectos e de advertências, estas ultimas, curiosamente, bem calibradas. Bom, mais não digo sobre este quase divino texto, algo arrancado, esteticamente falando, das profundezas do nosso sentir patriótico (algo profundo, simultaneamente ontológico e complexo, ainda por se estudar), mas também das labirínticas circunvoluções mentais que a mítica e mística África (Guiné-Bissau, incluido) suscita no imaginário colectivo dos não-africanos. No caso em apreço, esta “approch”, quiçá involuntária, galgou os limites do belo da natureza e da magnificência do nosso profundo sentir. Dir-se-ia mesmo que este texto, simplório ate demais, mas profundo ate dizer chega (!), marcara de forma indelével o porvir de uma nova forma de literariedade política, de resto, muito em gestação galopante entre os guineenses, sobretudo da diáspora.
Tudo isso para te dizer, caro Didinho e primo (que o somos!, depois explico-te como, se bem que para o caso isso pouco importa) que esta obra, de três volumes,  interessa-me sobremaneira, pelo seu putativo potencial contributivo e, igualmente, pela substancia que encerra, independentemente dos juízos de valor do autor que aqui e acolá comporta,  e com o qual podemos ou não concordar (isso são outros quinhentos!).
Assim, convido-te a poderares comigo a possibilidade de o lançarmos a tua obra no INEP, na tua terra (Nha Tchon), com distinta e elevada solenidade, porque mereces, bastando para tal a evocação da tua entrega total à sua laboração, aliás, também confirmada pela autora de serviço do belíssimo texto de apresentação da mesma.
Parabéns Casimiro, bem-haja Didinho.
Melhores saudações.
Leopoldo Amado, Ph.D

Director-Geral do INEP –  Instituto Nacional de Estudos e Pesquisa
Tel. +245 95968410 ou +245966601731
e-mail: leopoldo.amado@gmail.com
Nome Skype: leopoldo.amado45
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Mesmo com tanto para fazer, lias tudo, de todos, ignorando que o dia tem 24 horas e que entre o dormir e o acordar, também precisavas de te dedicar a ti e à tua família.

A Academia preencheu a tua vida, enriquecendo-te com conhecimentos, que se transformaram igualmente em sabedorias, de uma vida vivida com encanto e sem arrependimentos, certamente, digo eu…

Pena que tenhas partido tão cedo, quando tinhas muito para dar à tua família, à nossa Guiné-Bissau, à nossa África, e ao nosso Mundo…

Parafraseando  Fréderic François,

“Il faut dire je t’aime
À tous ceux qu’on aime
Tant qu’ils sont vivants, vivants
Il faut dire je t’aime
À tous ceux qu’on aime
Tant qu’il en est temps, encore temps”

Professor Doutor Leopoldo Amado “Poio”, meu estimado primo e amigo, descansa em Paz!

Didinho 14.02.2021


UM TRABALHO DE EXCELÊNCIA – ENTREVISTA DO JORNAL O DEMOCRATA AO PROFESSOR DOUTOR LEOPOLDO AMADO

DA EMBRIOLOGIA NACIONALISTA À GUERRA DE LIBERTAÇÃO NA GUINÉ-BISSAU

Simbólica de Pindjiguiti na óptica libertária da Guiné-Bissau

Elegia ao Professor Pinto Bull

OS G’s que decidiram o final do Império colonial

DIDINHO – PUBLICAÇÕES DE 21 A 31 DE JULHO DE 2020

RECOLHIMENTO

“A Natureza é simplesmente a essência da nossa existência…” Didinho

Car@s Amig@s, tal como dei a conhecer no passado dia 21 de Julho, estarei “ausente” deste nosso espaço Facebook, a partir de Agosto, que amanhã se inicia, e até finais de 2020.

Por razões profissionais e estando ausente de Portugal (minha residência), por tempo indeterminado, terei que reconsiderar a Agenda dos meus Projectos Literários, em termos de Publicação.

Se conseguir publicar 2 livros até Dezembro de 2020, dos 4 em preparação, seria um grande desempenho, face às 3 ou 4 horas que consigo arranjar para dormir diariamente…

Antecipadamente grato pela compreensão de Tod@s!

Paz, Harmonia e Reconciliação, visando a Unidade dos Guineenses para os Desafios da Edificação da Nação, em prol do Desenvolvimento e do Bem-Estar Comum!

Positiva e construtivamente, até breve!

OBRIGADO Amig@s!

Didinho 31.07.2020

Amig@s,

A partir de Agosto, e até ao final de 2020, quero concluir todos os meus projectos literários pendentes (+ 4 livros), por isso, não estranhem a minha ausência do Facebook de Agosto em diante. Não tem nada a ver com desistir da Guiné-Bissau, antes pelo contrário!

Positiva e construtivamente.

Didinho 21.07.2020


DA HUMANIDADE E DO HUMANISMO…

O ódio não tem cor, mas está em todas as cores… Didinho 24.01.2019

Um dia sonhei que a melhor forma de ultrapassarmos as nossas diferenças, seria assumirmos realmente tudo o que nos difere, enquanto seres humanos, e por via disso, aceitar, considerar e respeitar essas diferenças, entre Culturas; entre o direito e o dever; a ética e a moral, tendo em conta todos os juízos que representam, entre o negativo e o positivo, e consequentemente, o instinto das reacções que geram, face à necessidade da promoção do Humanismo, numa Humanidade cada vez mais intolerante e explosiva…

Positiva e construtivamente.

Didinho 31.07.2020


MENTIRAS E MENTIROSOS…

Estou farto das mentiras (de todos os mentirosos), relativamente ao meu País: Guiné-Bissau…

Didinho 31.07.2020


DAS NOSSAS CONSPIRAÇÕES…

A Guiné-Bissau que temos, infelizmente, e continuaremos a ter, na ausência de Mudanças dignas do termo, é, e continuará a ser fruto/colheita, da permanente conspiração/intriga, dos próprios Guineenses contra a Pátria!

Não há como alicerçar e edificar uma ESTRUTURA que SUSTENTA um TODO, que é o POVO, quando da sua ESSÊNCIA se retira o essencial, quiçá, a UNIDADE, que a fortalece, para se promover a sua própria DIVISÃO, quiçá, a sua própria FRAGMENTAÇÃO, que a enfraquece…!

Positiva e construtivamente.

Didinho 30.07.2020


DAS DISCRIMINAÇÕES E DAS REIVINDICAÇÕES, POR CONVENIÊNCIA, ALEGADAMENTE, EM NOME DA LIBERDADE DE IMPRENSA E DE EXPRESSÃO…

Uma Pessoa; uma Rádio; um Jornal; um Site ou um Blog, servindo de plataforma individual ou colectiva, de comunicação, informação, sensibilização e educação de Massas, que diferença faz, para que uns sejam referenciados e prontamente apoiados, através de gestos de solidariedade em nome da Liberdade de Expressão, de Imprensa; da Democracia e do Estado de Direito e por aí fora, e outros, ignorados…?!

Quantas estações de rádio ou jornais com emissão na Guiné-Bissau conseguem ter tanto desempenho positivo para a Sociedade Guineense, dentro e fora de portas, como muitos sites e blogs, cujos administradores, comprometidos com o País; Dignos e Honestos Cidadãos que informam e educam toda uma Sociedade, têm sido humilhados, ameaçados de morte, sendo que muitas vezes seus blogs e sites são atacados, para destruição dos seus arquivos, peças importantes do dia a dia da nossa história contemporânea?

Quantos Guineenses ou Instituições Guineenses se solidarizaram alguma vez com as outras vias de comunicação social, consequentes da evolução tecnológica, para lá do tradicionalismo dos órgãos de comunicação social assentes em “estruturas físicas”, muitas vezes fora dos contornos legais de registo de actividade?

Nos dias que correm, uma Rádio, um Jornal etc., não precisam, necessariamente, de um espaço físico concreto para prestar serviços à Sociedade.

Quantos Guineenses alguma vez perguntaram sobre as dificuldades e as necessidades financeiras e, ou, materiais, daqueles que lhes fornecem, diariamente, há tantos anos, todo o tipo de informações e análises sobre o nosso País, através das redes sociais, que mesmo as rádios e os jornais existentes na Guiné-Bissau não conseguem disponibilizar?

Quantos Guineenses, incluindo estudantes/académicos, políticos, instituições públicas e privadas, se preocuparam alguma vez com aqueles que gratuitamente lhes deram de beber nas suas fontes, face às suas securas… e com a garantia da pureza da água das suas fontes…?

Porque é que de repente uma estação de rádio que foi, alegadamente, vandalizada por estes dias, em Bissau, se tornou na referência maior do repúdio e da solidariedade, em nome da Liberdade de Imprensa, de Expressão, e, da Democracia e do Estado de Direito?

Haverá ou não, nesta estória, gato escondido com o rabo de fora?

Quantas estações de rádio, jornais, jornalistas, sites, blogs, CIDADÃOS, GUINEENSES, não têm sido vítimas dos sucessivos dirigismos políticos da Guiné-Bissau, sem nenhuma manifestação de repúdio e de solidariedade dos Guineenses?

Vamos dizer que há sempre uma altura para dizer Basta?

Ok. Aceito, mas daqui em diante, que haja coerência dos Guineenses em relação à Solidariedade, com todos quantos investem o seu capital humano e financeiro, sem nenhuma contrapartida, para informar, educar e sensibilizar toda uma Sociedade, correndo todo o tipo de riscos, mesmo sem um espaço físico para as suas formas de intervenção.

Porquê ajudar prontamente a uns e ignorar todos os demais?

Há jornais e rádios da Guiné-Bissau que ficam meses sem publicações/emissões, por falta de verbas, ou por retaliação do poder político, mas ninguém dá uma ajuda. Podem vir a desaparecer, pois não fazem falta, na lógica daqueles que se incomodam com as suas linhas editoriais…

Positiva e construtivamente.

Didinho 28.07.2020


(DIS) FUNCIONALIDADE…

Obviamente, o primeiro sinal da (dis) funcionalidade racional do indivíduo, manifesta-se no próprio indivíduo… Didinho 25.07.2020


DA INDECÊNCIA QUE CONTAMINA A SOCIEDADE GUINEENSE POR VIA DAS REDES SOCIAIS…

Nenhuma esposa que se preze, aceitará de ânimo leve, e em silêncio, que, alegadamente, em defesa de uma suposta amizade, alguém invista na promoção da destruição, por todas as formas, da reputação do seu marido e, consequentemente, da sua família…!

Acabe-se com a hipocrisia de se estar em defesa de alguém, a quem se está a ferir no seu mais sagrado, quiçá, na sua estrutura familiar!

Da relação matrimonial de cada um, em caso de divergências familiares: ou levamos os nossos préstimos para reconciliar e confortar a família com problemas, se nos forem partilhados numa base de intimidade, pelas partes; ou deixamos que o tempo ajude a sarar feridas causadas pela necessidade de melhor aprendizagem na relação familiar desavinda.

O activismo político e ou, social, não tem nada a ver com a vida privada de cada um!

Haja respeito pela vida privada, pessoal e familiar das pessoas, fora do contexto do exercício institucional, político e governativo.

O activismo político tem regras, com base nos Direitos Fundamentais do Cidadão, detalhados que estão na Constituição da República da Guiné-Bissau!

A promoção do ódio, do espírito de vingança; da calúnia e da difamação, de cidadãos em geral, e em especial de Figuras do Estado, como o Presidente da República, são considerados crimes…

A quem interessa a intriga visando a Unidade Nacional e pondo em causa a Dignidade de cada vida humana?

Por mais que tenhamos sido vítimas dos sucessivos regimes ditatoriais na Guiné-Bissau, não devemos promover a divisão dos Guineenses, por um lado, e, investir no incentivo ao ódio e à vingança, materiais altamente inflamáveis numa Sociedade em que cada um tem numa mão uma caixa de fósforos e na outra, um isqueiro…

Tenham responsabilidade e humanismo; dignidade, tolerância, patriotismo e respeito pelo próximo, meus irmãos guineenses, ditos activistas de causas políticas e sociais, que na verdade, foram sempre, de causas pessoais/familiares.

Onde estão as Organizações da Sociedade Civil da Guiné-Bissau, e particularmente, a Liga Guineense dos Direitos Humanos, e as Organizações de Defesa das Mulheres da Guiné-Bissau?

Um Presidente da República deve ser enxovalhado de toda a forma e ninguém diz nada?

Mas se o dito activista for sancionado, seja qual for a forma, já as Organizações da Sociedade Civil, e todos nós que somos a favor das Liberdades, devemos sair em defesa do dito activista?

A Dignidade de uma Senhora, que é Ministra dos Negócios Estrangeiros da Guiné-Bissau, é jogada no lixo, e ficamos impávidos e serenos a assistir ao assassinato de cidadãos por via de ataques às suas vidas privadas, sem provas, e sustentadas por recalcamentos, por instintos de ódio…?!

Afinal, por onde anda o nosso ser e o nosso sentir, Guineenses; a nossa veia cidadã capaz de alimentar e despertar nossa consciência, face aos males, virais, que ameaçam contaminar cada vez mais a nossa Sociedade?

Alimentam-se “audiências” dos “directos” nas redes sociais, em função das conveniências político-partidárias, ignorando PRINCÍPIOS e VALORES; ÉTICA e MORAL; HUMANIDADE e SOCIEDADE; DIREITO e DEVERES; tendo em conta o Princípio da Legalidade…!

Há anos que venho dizendo que temos uma Sociedade doente…

Positiva e construtivamente.

Didinho 25.07.2020


DAS REIVINDICAÇÕES E CONFRONTAÇÕES…

Triste, envergonhado e revoltado com atitudes e comportamentos de irmãos guineenses, levando o nome da Guiné-Bissau, aqui e acolá, como propósito de suas “reivindicações e confrontações”, em defesa de interesses pessoais, familiares e de grupos, mas ignorando a maioria do Povo Guineense que não se revê no ridículo de disputas de galos por um poleiro…

Por favor, deixem de associar todo um Povo às vossas lutas interesseiras pelo poder, quando o essencial para a satisfação das necessidades colectivas, continua a ser negado pelas sucessivas governações, quiçá, por políticos e governantes que movem pessoas, para manifestações ridículas, quando os Guineenses deveriam há muito, despertar para a necessidade de se unirem para a Mudança necessária, capaz de alicerçar a Justiça e sancionar todos os responsáveis entre pessoas e instituições públicas e privadas que teimam em negar a Liberdade e a Vida em Dignidade ao nosso Povo…!

Didinho 23.07.2020


DE QUAL LIBERDADE DE EXPRESSÃO FALAMOS…

“Cultivamos e incentivamos o exercício da mente, desafiamos e exigimos a liberdade de expressão, pois é através da manifestação e divulgação do pensamento (ideias e opiniões), que qualquer ser humano começa por ser útil à sociedade!” Didinho 2003
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De qual Liberdade de expressão falamos, relativamente à Guiné-Bissau, quando a “expressão”, numa utilização fora do contexto pelo Respeito aos Direitos Fundamentais do cidadão, pelo próprio cidadão, se antecipa-se e se sobrepõe à Liberdade, fora do enquadramento do Direito e numa vertente pessoal assente num autoritarismo abusivo, reprovável e condenável, que ignora a essência dos Direitos Fundamentais que sustentam todas as Liberdades, limitadas que são, pelos deveres de responsabilização, face à vida em Sociedade…?!

Na Guiné-Bissau, infelizmente, continua-se a confundir o conceito de liberdade de expressão, com o “direito” ao insulto, à agressão verbal, humilhação, ameaças de morte, divulgação da vida privada de cada um, bem como, da diabolização do Estado e das suas Instituições…

Positiva e construtivamente.

Didinho 21.07.2020

 

DIDINHO – PUBLICAÇÕES DE 05 A 17 DE JULHO DE 2020

DA REFUNDAÇÃO DO ESTADO E DA CONSTRUÇÃO DA NAÇÃO

Cada vez mais e a cada dia que passa, infelizmente, a constatação evidente é que a Guiné-Bissau continua a perder no essencial da Unidade Nacional, face à Divisão Social, consequente das disputas político-partidárias pelo poder absoluto, num País onde a Descentralização e a Desconcentração de Poderes seriam Antídotos para essas disputas nefastas para a Paz, a Estabilidade, o Desenvolvimento, e o Bem-Estar Colectivo.

Vejo com muita tristeza e preocupação, a cada dia que passa, que os Jovens Guineenses de hoje, quiçá, a Maioria supostamente Saudável, Formada, Esclarecida e Garante do Amanhã, do País e das Gerações Vindouras, ao invés de um Compromisso Primeiro com o País, que é ETERNO, sobrepõem os seus compromissos político-partidários, em nome dos seus interesses pessoais, familiares, e de grupos, aos compromissos para com a Guiné-Bissau.

Pelo que tenho observado, estudado e analisado, ao longo dos anos, sobre a Responsabilidade na promoção da Educação e da Cultura de Cidadania, pelos Partidos Políticos da Guiné-Bissau, a conclusão é de que o Objecto Político e Social dos mesmos resume-se à apropriação do poder institucional do Estado e, consequentemente, na destruição da sua essência Identitária e Social: Unidade na Diversidade…

Precisamos reflectir muito, de forma séria, bem como trabalhar exaustivamente o conceito de Unidade Nacional, face à nossa Diversidade Etnocultural, numa perspectiva de Estado, alicerçado pelo Direito e pela Democracia!

A Guiné-Bissau é um País, e ainda que tenha sido proclamada como Estado a 24 de Setembro de 1973, continua longe dos pressupostos de ser um Estado, por culpa dos próprios Guineenses.

Ao desafio da Refundação do Estado, impõe-se, a Concepção da Construção da Nação Guineense, algo intrínseco à Unidade Nacional.

Positiva e construtivamente.

Didinho 17.07.2020


DO PENSAMENTO CRÍTICO

O Pensamento e o Posicionamento, críticos, devidamente sustentados, numa perspectiva de Cidadania, de Compromisso para com o País, focados na promoção de Abordagens e Posicionamentos Plurais: Distintos, Divergentes, Diferentes, todos eles, mas Positivos e Construtivos, visando em comum, a Afirmação, o Progresso, o Desenvolvimento, da nossa Guiné-Bissau, e o Bem-Estar do nosso Povo, devem ser considerados como valores de referência fundamentais para uma aprendizagem social, numa Sociedade carente de valores de referência, como acontece relativamente à Guiné-Bissau…

Para aqueles que escrevem, querendo Escrever, para serem lidos e Considerados, aconselho que se dediquem mais à Leitura e, por conseguinte, à aprendizagem com aqueles que Escrevem e são Lidos, com direito à crítica, não da vulgaridade, mas da sustentabilidade intelectual…

Como escrevi uma vez, Escrever é muito mais do que juntar letras e “montar” cenários com palavras feitas…

Didinho 06.07.2020


PONTES DE DIÁLOGO

Entre 20 e 23 de Maio, aquando da auscultação do Presidente da República com os partidos políticos com assento parlamentar, tentei fazer a minha parte, enquanto filho da Guiné-Bissau, no sentido de ajudar a promover um entendimento político e institucional, assente numa relação de fraternidade, capaz de ultrapassar as sucessivas disputas/confrontações que continuam, infelizmente, a bloquear o nosso País, deixando-o cada vez mais pobre, bem assim, o nosso Povo.

Quero agradecer profundamente ao Senhor Presidente da República, General Umaro Sissoco Embaló, com quem falei por telefone nos dias 20 e 23 de Maio, bem como ao Senhor Engenheiro Domingos Simões Pereira, Presidente do PAIGC, com quem também falei ao telefone no dia 22 de Maio, pela disponibilidade/abertura, gentileza, espírito patriótico, com que aceitaram a minha solicitação, enquanto irmãos guineenses!

Aproveito igualmente para agradecer às pessoas que serviram de ponte para que esta simples, mas importante iniciativa, fosse viabilizada.

Mesmo sabendo que seria difícil conciliar partes de diversos conflitos de interesse, em jogo, tentei fazer a minha parte.

Foi bom ter tido oportunidade de falar quer com o Presidente da República, quer com o Presidente do PAIGC. Obviamente que não vou divulgar o teor das conversas com cada um deles. Porém, é importante dizer que dei a conhecer ao Presidente da República, com quem falei primeiro, no dia 20 de Maio, que iria depois falar com o Presidente do PAIGC, assim que possível.

Possibilidade que surgiu no dia 22 de Maio. Da mesma forma, informei ao Eng.º Domingos Simões Pereira que já tinha falado com o Presidente da República e que voltaria a falar com ele na primeira oportunidade que surgisse, tendo em conta o resultado da nossa conversa.

Consegui falar com o Presidente da República no dia seguinte, 23 de Maio.

Infelizmente, a minha iniciativa falhou, pese embora ter ficado com a sensação de não terem sido exploradas todas as possibilidades para a promoção de uma nova via de relacionamento político e institucional, assente numa relação de fraternidade, que deve unir os Guineenses, para o Compromisso Nacional.

Estou triste, é verdade, mas acredito que ainda é, e será sempre possível fazer com que os Guineenses se sentem à volta de uma mesa e de forma fraterna, pacífica, construtiva, tolerante, honesta, falem abertamente dos problemas que os mantêm de costas voltadas, visando ultrapassá-los definitivamente, a bem da Guiné-Bissau!

É imperativo que os Guineenses se reconciliem e se comprometam com a Guiné-Bissau, pois todos juntos, continuamos a ser poucos para a gigantesca e árdua tarefa da construção da Nação Guineense, focada no Desenvolvimento do País e no consequente Bem-Estar do nosso Povo!

Positiva e construtivamente.

Didinho 05.07.2020

DIDINHO – PUBLICAÇÕES DE 05 DE JUNHO A 23 DE JUNHO DE 2020

EU E A ÁGUA

Muitas vezes olho para a água, insistentemente, porque meus olhos, instruídos pela minha mente, se esforçam para ver algo mais do que até então conseguiram ver, numa água aparentemente límpida…

Didinho 23.06.2020


DESPOLUIR MENTES

Temos que despoluir/desintoxicar nossas mentes e nossos espíritos, enquanto relaxamos, procurando ver o Ponto que é a Vida, no ecrã da escuridão onde nossos olhos, nossos ouvidos, nossa boca, se cruzam, entre o ser e o sentir, que reivindicam Humanidade…!

Didinho 23.06.2020


QUANDO TODOS SABEM, MAS NINGUÉM SABE…

Qualquer dia, e porque julgamos que todos nós somos dotados de capacidade analítica multidisciplinar, não haverá ninguém para ler, ver ou ouvir ninguém, pois cada um estará concentrado no seu “programa”, por escrito, ou audiovisual, ao ponto de não se interessar, ou não ter tempo para ler, ver ou ouvir, o que realmente interessa, importa, daqueles que, sem dúvida, fazem a diferença…

Não podemos todos, ser doutores, engenheiros, professores, jornalistas, apresentadores, escritores, e também, analistas políticos, obviamente.

Um país como a Guiné-Bissau, que só há poucos anos começou a beneficiar da aprendizagem da cidadania política através das novas tecnologias de informação e comunicação, não deve cair no ridículo da banalização do conceito da participação cidadã numa perspectiva política e social, que se confunde entre o patriotismo e o partidarismo.

Há 17 anos que venho estudando esta matéria, e continuo a deparar-me com muitas interrogações sobre o Ego guineense, face à assimilação do conceito de Cidadania focado numa relação de Compromisso, Amor e Fidelidade para com o País, ou, para com outros compromissos…

Se falarmos todos ao mesmo tempo, de assuntos que desconhecemos, não estaremos a promover nenhum despertar de consciências, antes pelo contrário, estaremos a desinformar e a confundir uns e outros, com menos visão, menos capacidade de análise.

Falemos do que realmente sabemos e conhecemos, ou seja do que temos bagagem para abordar, caso contrário, procuremos ler, ver e ouvir aqueles que, de facto, estão melhor preparados para nos fazerem perceber as razões, os porquês, do que não sabemos, do que desconhecemos e certamente, desejamos saber, conhecer!

Admira-me sabermos e conhecermos tudo, só depois de termos dado uma vista d’olhos no que alguém escreveu ou disse, sem termos a dignidade de referenciar a fonte que alimentou a nossa curiosidade.

Pegamos numa abordagem genuína e sem saber no fundo o que o autor quis dar a conhecer, invertemos a ordem das palavras, colocamos inclusive novas palavras com o mesmo significado, para não termos que referenciar e valorizar o autor de quem usurpamos a autenticidade e criatividade do pensamento…

Ultimamente, passamos a ser todos: Intelectuais, Pensadores, Analistas Políticos, Activistas Políticos e Sociais, porque está na moda, e para alguns, resulta em nomeações para o dirigismo do Estado, ou, em contrapartidas financeiras subsidiadas…

Assim não vamos lá!

Não é esta a visão de Cidadania Política que lancei para a Guiné-Bissau quando criei o Projecto Guiné-Bissau CONTRIBUTO no dia 10.05.2003!

Vamos Continuar a Trabalhar por uma Guiné-Bissau Positiva, pois os desafios são cada vez maiores!

Didinho 23.06.2020


QUALQUER DIA…

Qualquer dia, teremos mais Oficiais Generais, do que subalternos/operacionais, nas Forças de Defesa e Segurança.

De igual modo, qualquer dia a Guiné-Bissau será um país onde todos serão “doutores”, não havendo ninguém para TRABALHAR, porque os “doutores” guineenses, não se consideram Técnicos, Profissionais, em suma, TRABALHADORES!

Infelizmente, tanto uns como outros, têm como actividade profissional não declarada, a Política…pois é o que sempre deu, está a dar e continuará a dar, num País RICO, que uns e outros, continuam a fazer POBRE…!

Didinho 22.06.2020


A JUSTIÇA, ESSE FANTASMA QUE NOS ATORMENTA…

Como Mudar uma Sociedade cuja mentalidade é alimentada pelo ressentimento, recalcamento, ódio, espírito de vingança…?

De que Justiça falamos ou propomos, quando na nossa mente, somos nós a justiça, e juízes, para todos os casos, em função dos nossos “julgamentos” de conveniência?

Como é que podemos ser diferentes, pela positiva e para melhor (continuando a alimentar nossas mentes e nossos espíritos, com as injustiças e os crimes do passado, mesmo que não possam ser esquecidos, ignorados), a bem de uma nova postura colectiva assente na reeducação mental e espiritual de todos, para que a necessária Reconciliação entre irmãos desavindos seja uma realidade, e que a Justiça Institucional, que alicerça um Estado de Direito democrático, passe a ser efectivamente, o Garante dos Direitos, dos Deveres e das Liberdades de todos os Cidadãos, numa perspectiva de Igualdade perante a Lei e de Respeito e Submissão pela Lei?

Porque é que gostamos de ir buscar o que cada um fez ou deixou de fazer no passado, mesmo que não tenha sido alguma vez julgado e condenado por algum crime, para no presente, o crucificarmos pelo seu passado, ignorando que cada momento presente é uma realidade distinta?

Como é que queremos mudar tudo o que está mal (sobretudo a Justiça), na Guiné-Bissau, quando temos mentes recalcadas e espíritos doentios, promotores da Injustiça, ou da justiça pelas próprias mãos?

Como falar em fazer Justiça, mas admitir injustiças, alegadamente, porque nunca houve Justiça na Guiné-Bissau e, por isso, que importa se fulano, beltrano ou sicrano que até podem ter cometido crimes, barbaridades, no passado, hoje possam ser vítimas da injustiça, não pelos alegados crimes e barbaridades, do passado, mas por questões que têm a ver com disputas, confrontações, de interesses vários na actual conjuntura política do País?

Sendo cumpridor e defensor das Leis, quero de facto que a Justiça funcione na Guiné-Bissau.

Quero que todos se sujeitem à Constituição e às Leis da República, incluindo as Forças de Defesa e Segurança!

Que todos tenham noção de que têm direitos e deveres, com base no Direito, que regula a vida em Sociedade e por isso, quem infringir a Lei, poderá ser detido, inquirido, absolvido, ou condenado, em função da decisão dos Juízes.

Não se deve é “forçar” detenções, forjar alegadas provas incriminatórias, em nome da Segurança do Estado, da Ordem Pública, e, muito menos, da Justiça e do Estado de Direito!

O País tem um novo Presidente da República; um Governo que leva 100 dias de governação. Têm tudo para fazer a diferença, para melhor, e isso não passa, não pode passar, obviamente, pelo recurso aos métodos do passado que põem em causa os direitos, as liberdades, garantias e deveres fundamentais dos cidadãos!

Positiva e construtivamente.

Didinho 22.06.2020


ABUSO DO PODER

A promoção da “cultura” do abuso do poder na Guiné-Bissau tem que acabar, sob pena de estarmos todos sujeitos aos desmandos de anarquistas que se querem impor como Poder Judicial de um Estado de Direito democrático, independentemente das suas fragilidades institucionais!

Temos que parar com as detenções arbitrárias, por Respeito aos Direitos Fundamentais dos Cidadãos e, consequentemente, pela Constituição e pelas Leis da República da Guiné-Bissau!

Quando o Estado se presta a Humilhar seja qual for o cidadão, alegadamente, em nome da Justiça, esse Estado está apenas a ignorar a sua Responsabilidade para com os seus Cidadãos!

Todo o Cidadão tem Direito à Dignidade e à Liberdade, ainda que condicionada, quando é detido, e a aguardar por formalidades judiciais de audição e acusação, ao abrigo da presunção de inocência.

A Guiné-Bissau não pode retroceder no processo de edificação e consolidação do Estado de Direito democrático!

É imperativo que se ponha fim ao abuso de poder; à violência gratuita, e que destes actos, o País não continue a perder!

Que tudo quanto tenha que ser feito em nome da Ordem Pública e da Segurança do Estado, seja feito em conformidade com o estabelecido na Constituição e nas Leis da República, salvaguardando os Direitos, as Liberdades e Garantias Fundamentais, dos Cidadãos!

Positiva e construtivamente.

Didinho 21.06.2020


O MEU SILÊNCIO

Antes o Silêncio: Consciente ou Inconsciente; explícito ou implícito, do que o Barulho Consciente ou Inconsciente, explícito ou implícito, que impõe a regra do pensamento único, seguidista, chantagista, absolutista e ditatorial, em função dos Interesses e das Conveniências pessoais e, ou, de Grupos!

Não há voz mais poderosa do que a Voz do Silêncio, face ao Barulho feito anarquia, quando, os silenciados, nunca deixaram de ter voz, inclusive, através do Silêncio, perante anarquistas…

A Poesia também se escreve em silêncio, no silêncio do Silêncio, de todos quantos nunca deixaram de ser Livres e, por isso, terem, igualmente, Direito ao Silêncio, como Instrumento de combate ao Barulho encomendado, ou, reactivo, numa perspectiva reaccionária…!

Estou em Silêncio, no meu silêncio; por isso, solicito e agradeço antecipadamente, a compreensão de todos quantos, no usufruto dos mesmos Direitos Fundamentais fazem do barulho, suas vozes…

Ninguém tem nada a cobrar a alguém pelo seu silêncio…

Muitas vezes, aqueles que cobram o silêncio doutros, são os primeiros a ameaçar a vida desses “outros”, quando decidem contar suas versões sobre certas verdades escamoteadas, que os barulhentos de ocasião, fazem questão de silenciar, mesmo que isso signifique matar, não importando a relação familiar, a pertença étnica ou cor da pele, e outros considerandos…

O Silêncio é uma terapia, Global, para a “pandemia” do Barulho…!

Didinho 20.06.2020


O NOSSO RACISMO…

A minha abordagem sobre o Racismo, obriga-me a não ser racista, nem selectivo, quiçá, de conveniência, nem por natureza pessoal.

Independentemente da História colonial, da escravatura e dos processos de libertação e independência dos países e povos africanos, o Racismo e a Xenofobia sempre foram comportamentos humanos, de todas as cores, de todo o Mundo.

Não posso, no século XXI, enquanto ser humano, resumir o Racismo à vertente da História colonial, e entre o acto em si, explícito ou implícito, do branco em relação ao preto.

Enquanto humanos, quiçá, homens e mulheres de todas as cores, temos responsabilidades de, todos juntos promovermos um Mundo Melhor, de Todos, para Todos, em Igualdade, tanto nos Direitos, como nos Deveres.

Fiz referência a 30 ou 40 anos, aos dias de hoje, porque mesmo que a Mudança Comportamental relativamente ao Racismo e aos racistas, seja lenta, os sinais de mudança são encorajadores para a consciencialização sobre o problema e, consequentemente, para a necessidade de se reflectir sobre o que se tem feito e o que mais deve ser feito, para que o Racismo passe a ser uma banalidade entre os humanos.

Porém, se ao invés de olharmos o passado como uma referência para a aprendizagem com os erros então cometidos, pegarmos nesses erros para estimular recalcamentos e despertar ódios, como é que poderemos reduzir o Racismo à insignificância?

Não estaremos a criar condições para mais Racismo; mais ódio; mais intolerância; mais violência, incluindo a praticada por forças da ordem; mais desconfiança; mais desemprego; mais pobreza; menos solidariedade; menos cooperação e menos convivência entre pessoas?

Quando falamos de Racismo, nós, que também somos pretos, mesmo que segregados por outros pretos que se julgam mais pretos e africanos do que outros pretos, não devemos deixar de abordar também, o nosso Racismo, aquele que existe entre nós.

Ter receio de falar sobre isso, também é ser conivente com o Racismo Global, por isso, discordo da visão do Racismo selectivo, ou virado apenas para a retrospectiva colonial e as suas consequências nefastas para África e para os Africanos.

Só Juntos, Unidos e Focados em torno de uma Consciência Global, que garanta o Respeito pelas nossas Diferenças, enquanto Humanos, e consequentemente, Todas as Vidas Humanas, os Direitos (como também os Deveres), Humanos, poderemos contribuir saudavelmente, para mais e melhor Humanidade!

Positiva e construtivamente.

Didinho 12.06.2020


NÃO AO RACISMO E AOS RACISTAS DE TODAS AS CORES!

A revisitação, promoção e instigação do Racismo, numa retrospectiva do passado, ignorando os ganhos do presente, repito: ganhos do presente, em que pretos e cidadãos de todas as cores já ocupam cargos civis, políticos e de governação, em países europeus, por exemplo, o que numa perspectiva inversa não acontece, só pode interessar a grupos de interesses com Agenda própria, visando sobretudo, a continuidade da abordagem sobre o Racismo de há 30 ou 40 anos, por um lado, e, por outro, a negação da promoção dos Direitos civis e políticos que as reformas estruturais e legais têm proporcionado, como veículos de combate ao Racismo e, da promoção da igualdade dos Direitos e dos Deveres dos Cidadãos.

Falamos muito sobre os nossos Direitos, quase que exigindo Direitos Exclusivos, enquanto pretos, a viver em países europeus, ignorando que os Direitos Fundamentais nesses Países, também incluem os seus cidadãos originários, e que, para além dos DIREITOS, HÁ DEVERES!

Queremos mandar na política de Estados Europeus, impondo as nossas regras?

Afinal, para que serviu a luta de libertação Nacional, senão para, como afirmou Amilcar Cabral, passarmos a ser nós, guineenses e africanos, a dirigir os nossos destinos?

Então, hoje achamos que o branco não tem o direito de defender os seus interesses, mesmo abrindo as portas para numa questão legal, pretos constituídos como cidadãos de países europeus, possam usufruir dos Direitos Fundamentais em igualdade de circunstância que cidadãos europeus, brancos ou pretos?

Sim, há cidadãos europeus, porquanto nascidos na Europa, que são pretos, a exemplo de cidadãos africanos, brancos, nascidos em África.

Qual é o nosso problema, quando não aceitamos que africanos brancos ou mulatos assumam cargos de relevo na política e na governação, por exemplo, dos nossos países africanos, mas noutra perspectiva, exigimos que pretos, mesmo não nascidos na Europa, usufruam de TODOS OS DIREITOS CIVIS E POLÍTICOS que o cidadão branco tem no seu país?

Acabaram-se as barracas, que também eram habitadas por brancos;

Casas camarárias foram atribuídas a Todos, brancos, pretos, ciganos, etc., com poucos recursos;

Filhos de brancos, pretos, ciganos e outros, passaram a ter direito em pé de igualdade à Educação, à Saúde, com os subsídios atribuídos por via do mesmo critério;

Cada vez mais pretos e outros, têm acesso à formação académica superior, em todas as áreas do conhecimento, com o devido reconhecimento e enquadramento nas carreiras profissionais;

Cada vez mais temos deputados pretos e outros em parlamentos de países europeus, o que acontece igualmente com ministros, autarcas, etc., etc.

Cada vez mais há casamentos, relacionamentos e miscigenação entre pretos, brancos e outros…

É isso tudo, sinónimo de continuidade do Racismo?

Ou são ganhos de mudanças que não se operam por decreto, e de um dia para o outro, mas que, na verdade, têm sido uma realidade indesmentível?

Quem quer pôr fim a esta constatação…?

Tal como tem sido nos dias de hoje, os erros da Humanidade foram sempre cometidos, consciente ou inconscientemente, por humanos, de todas as cores!

Condenemos o Racismo e todo o tipo de discriminação entre humanos, mas não nos deixemos manipular, dividir e intrigar por interesses políticos e económicos, das elites do Poder Global.

O respeito pelo cidadão depende do comportamento, das atitudes, do cidadão, e não da cor do cidadão.

Respeite-se enquanto cidadão nacional ou estrangeiro, onde quer que esteja, respeitando as Leis do seu País e do País onde estiver, e o Racismo, que existe em todo o Mundo e de todas as cores, não será mais do que uma doença evitável, com a qual temos que nos adaptar, mas também, evitar o contágio e a consequente propagação, por ser altamente contagiosa…

Positiva e construtivamente, diga NÃO AO RACISMO E AOS RACISTAS DE TODAS AS CORES!

TODAS AS VIDAS HUMANAS IMPORTAM, QUE NÃO APENAS AS VIDAS DOS PRETOS!

É discriminatório, no meu entender, o slogan “Black Lives Matter”.

TODAS AS VIDAS HUMANAS, INDEPENDENTEMENTE DA COR, IMPORTAM!

Didinho 11.06.2020


“RACISMOS”

Quase a completar 59 anos de vida, 39 fora da Guiné-Bissau e 32 a residir em Portugal, tendo viajado por mais de 70 países de todo o Mundo, também tenho as minhas vivências e os meus posicionamentos sobre os diversos “Racismos”, que não deixarei de partilhar, em livro, brevemente (Faço Questão), porque andamos a correr atrás do prejuízo, indo ao encontro de estratégias das políticas do poder ou do poder das políticas, manipuladoras e populistas, Globais, que contaminam e enfermam mentalidades e corpos, de seres humanos, em função da cor, etnia, religião, género, etc., quando deveríamos olhar, e ir ao encontro de oportunidades que nos são concedidas todos os dias, pelo Tempo, o eterno Juiz Supremo deste nosso Mundo, e que os nossos pais, por exemplo, não tiveram!

Ainda que cada um tenha a sua vivência, experiência e visão sobre o Racismo conceitual, o importante em cada posicionamento, é cada um olhar-se ao espelho e libertar os seus complexos, os seus fantasmas e pesadelos relativamente ao Racismo.

Estamos, enquanto Africanos, a ser manipulados, desde sempre, por interesses que não se resumem à questão da cor da pele.

A quem interessa o envolvimento dos pretos numa estratégia de disputa do poder político, com base na promoção do Racismo?

A quem interessa que a violência e o medo sejam continuamente associados aos pretos e que, por via disso, sabem o que fazer, como e quando, para atiçar ódios aos africanos?

Vamos continuar a dormir, hipnotizados, embriagados?

A questão do “assédio” político, nos dias de hoje, aos africanos (e seus descendentes), imigrantes ou naturalizados, em diversos países do Mundo, implica a elaboração de estratégias políticas, visando a disputa do poder entre partidos políticos, por um lado, e entre grupos de interesses por outro, e o Racismo numa vertente exclusiva entre o branco e o preto, é o suporte para a conquista de simpatias, votos e, consequentemente, poder, tendo em conta que os africanos naturalizados ou devidamente legalizados, num contexto específico, podem votar e ser decisivos nos desfechos eleitorais, nos países onde estão inseridos.

Ainda sou LIVRE, no pensar e no agir, e modéstia à parte, tenho muito a dizer sobre o Racismo, a começar, pelo Nosso Racismo, Nós, Africanos, uns para com os outros.

Sei que muitos não gostam, inventam uma série de argumentos, mas pouco me importa os murmúrios de quem tem 2 pesos e 2 medidas para o mesmo Problema!

Positiva e construtivamente, vamos enfrentar o Desafio que é o Racismo!

Didinho 09.06.2020


O RACISMO, UMA REALIDADE DA NOSSA HISTÓRIA

É claro e indesmentível que o colonialismo é parte integrante da História da Humanidade, quiçá, da Europa, de África, da Ásia, das Américas e da Oceania.

É claro e indesmentível que, entre algumas consequências do colonialismo, tivemos a escravatura, e continuamos a ter a Mestiçagem e o Racismo.

Tivemos a divisão e a partilha geográfica do Mundo.

Os afro-americanos de que se fala por estes dias, pertencem a que História?

Os que na Guiné-Bissau são considerados “restos dos tugas”, pertencem a que História?

Não é isso, também, História de África?

É claro e indesmentível que, a própria identidade cultural e social dos povos de todo o mundo tem nas línguas coloniais, suportes culturais e sociais identitários que impedem a negação da pertença colonial na História Global, quiçá, da Europa, de África, das Américas, da Ásia e da Oceania.

Quem, suportado pelo conhecimento, e não pelo protagonismo assente na politiquice, para negar tal realidade?

O Racismo não é problema dos negros e das negras?

É problema de quem afinal, que não do ser humano de todas as cores?

O salário das pessoas também é uma questão de Racismo?

Se tens trabalho, e és imigrante, agradece, pela tua dignidade.

Em qualquer país do mundo, incluindo países africanos, os salários são estabelecidos em função das normas legais, com base em critérios legais.

Um empregado de limpeza não tem, obviamente, o mesmo salário que um deputado, e por aí fora… Ou em África é diferente?

Não sabia que os Direitos e os Deveres Fundamentais do Cidadão, elencados nas Constituições dos Estados, assentam na cor da pele, e que, compete aos cidadãos a sua reeducação, sem perceber o que isso, de facto significa…

A rebeldia do manifesto racista por via de um ativismo político e social interesseiro, vai alimentando com incentivos tóxicos a alma de gente carente de força mental e espiritual, manipulando suas consciências, e fugindo ao essencial da abordagem sobre o Racismo e, claro está, sobre as formas e as medidas para o seu combate.

Diria que há uma seita racista de todas as cores, a exemplo de seitas religiosas, que vivem da desgraça das populações para se afirmarem como seus salvadores…

Didinho 07.06.2020


Silêncio!

Proponho/recomendo, Silêncio aos meus Irmãos Guineenses, como medida de prevenção e combate ao vírus da divisão social, propagado pela politiquice de politiqueiros sem partido pela nossa Guiné-Bissau…

Silêncio, para ajudar a despoluir mentes tóxicas;

Silêncio, para o necessário reencontro pessoal e espiritual;

Silêncio, para nos penitenciarmos do ódio, do recalcamento, do espírito de vingança, da violência como solução para os problemas…

Silêncio, para ouvirmos o outro;

Silêncio, para que o outro também nos possa ouvir…

Silêncio, para que nossos olhos falem por nós frente ao espelho, que somos e do qual, fugimos de olhar…

Silêncio, para assumirmos nossas fraquezas, limitações, ignorâncias, mas, sobretudo, para despertarmos para a realidade!

A embriaguez e o hipnotismo, da politiquice, por via da manipulação e instrumentalização social na Guiné-Bissau, devem ser combatidos de forma pedagógica, a bem da Unidade, e do Interesse, Nacionais, para a satisfação do Bem-Estar Comum!

Experimentemos ficar alguns dias sem postagens de âmbito político relacionadas com a Guiné-Bissau, e veremos que a despoluição mental e emocional de muitos de nós, começará a ser uma realidade, que irá, inclusive, melhorar a relação interpessoal, familiar, profissional e outra, de cada um de nós.

Silêncio, sempre que o que tens para dizer pode piorar ao invés de melhorar algo…

De regresso ao meu Silêncio…

Didinho 05.06.2020

DIDINHO – PUBLICAÇÕES DE 13 DE MAIO A 04 DE JUNHO DE 2020

SOMOS RAÍZES E RAMIFICAÇÕES DA HUMANIDADE!

Cada vez mais, os nossos filhos, netos, bisnetos, em suma, a nossa Família e os nossos Familiares, são raízes e ramificações da Humanidade!

Não há outra cor sanguínea, que não a que todos conhecemos.

O facto de se ser preto, branco, amarelo etc., não está relacionado com a produção duma outra espécie humana, com uma outra cor sanguínea.

É aqui que reside a nossa essência humana!

Quem, por via da sua cor da pele, prescinde, ou questiona a cor do dador de sangue em caso de vida ou de morte?

O mesmo acontece com quem precisa de transplante de órgãos vitais.

Um negro ou preto; um branco, amarelo etc., isto para ser mais explícito, já que não é meu timbre classificar Pessoas pela cor da pele, envolvendo-se sexualmente com alguém diferente, obviamente vai gerar uma criatura mestiça, mas com a mesma cor sanguínea dos seus progenitores. Onde está a novidade?!

Ou o negro, preto, branco, amarelo só têm que se relacionar entre as suas comunidades, em nome duma falsa pureza humana?

Antes, foi a colonização a permitir criaturas de todas as cores; Recentemente, tem sido a Imigração a permitir a existência de mais criaturas de todas as cores. Qual é o Problema?

Ainda não é o teu caso, ou da tua família?

Chegará esse dia, pois há sempre uma primeira vez, acredita!

Ou será que o Ser Humano não tem o direito de escolher a outra parte da sua relação de vida, e defender a Relação Humana, GLOBAL, e não comunidades humanas, assentes na pertença da cor da pele, da religião, etc., etc., fundamentalistas de comportamentos racistas e outros…?!

Positiva e construtivamente, no silêncio feito barulho com o Racismo de todas as cores…

Didinho 04.06.2020


DE QUE RACISMO FALAMOS…?!

Porque é que, alegadamente, temos que regressar ao nosso Continente, como solução para o fim do racismo, quando o Mundo em que vivemos é de TOD@S?!

Quem, no seu perfeito juízo, pode ocultar o seu ser racista, propondo um autêntico “confinamento” de Pessoas, nos seus Continentes, ignorando que o Planeta Terra, é pertença de Todos os Humanos, independentemente do espaço territorial/geográfico, demarcado pela História Colonial e pela partilha do Mundo?

Ou não estaremos a dar razão à alegada “razão de ser” da reivindicação do racismo por via de conveniências, conivências e cumplicidades…?!

Alguém acha que os NEGROS que vivem por todo o Mundo, por todos os continentes; integrados, familiarizados, e conscientes dos seus Direitos e Deveres Fundamentais, enquanto Seres Humanos, voltariam para África, porque essa seria a Solução para o fim do Racismo?

De que Racismo falamos, que não uma doença do Ser Humano, independentemente da sua cor da pele?

Ou o Racismo só tem uma cor…?!

Confundir Racismo com Colonização, independentemente da Escravatura consequente, nos dias de hoje, só é possível por via da sustentação do Recalcamento.

Ou somos capazes de evoluir evitando cometer os erros do passado, ou, então, o Racismo tenderá a evoluir e a propagar-se como uma doença incurável da Humanidade.

Que solução para o Racismo, quando se tem o mal como uma questão de cor em função da pessoa e não da pessoa, em função da cor…?!

O Racismo é uma doença Global, e não endémica, do tipo e grau de uma pandemia, que pode ter consequências directas e indirectas, letais e outras, a exemplo de qualquer outra doença.

Por que espera a ONU, através da OMS, para decretar o Racismo como Pandemia e decretar medidas preventivas/restritivas Globais, como forma de combate ao Racismo, que não tendo cura por meio de medicamento ou vacina, tem, na Educação, Sensibilização, Informação e Consciencialização das Pessoas a Solução para o seu fim, que não será certamente, de um dia para o outro…?

Uma vez escrevi: “O ódio não tem cor, mas está em todas as cores.”

Assim é o Racismo…

Porque o silêncio também faz barulho… Didinho 03.06.2020


CONTRA O RACISMO!

Não precisamos escrever todos os dias sobre o Racismo para demonstrar que somos contra o Racismo.

Não temos que falar sobre o Racismo apenas quando um acto bárbaro, envolve o branco e o negro, independentemente dos actores ou das consequências.

Condeno o assassinato de George Floyd não por ser uma vítima negra, mas enquanto ser humano vítima de uma barbaridade policial, numa operação ocorrida nos Estados Unidos da América e entre cidadãos considerados norte-americanos.

Viajei por mais de 70 países de todo o mundo, incluindo os Estados Unidos da América, onde estive em 1984.

Desengane-se o africano que julga ter um negro americano, nascido nos Estados Unidos da América como irmão, por via da cor da pele. Dizem-te sem contemplação que eles são americanos e não africanos.

Estão-se nas tintas pelas raízes ancestrais da história da escravatura!

Querem lá saber de África e dos Africanos…!

Se na década de 50/60 houve uma aproximação com África e líderes africanos envolvidos na luta contra o colonialismo em África, por parte de negros americanos envolvidos na luta contra o Racismo nos Estados Unidos da América, essa aproximação foi sempre suportada por interesses.
E África serviu na altura para os fins pretendidos. E depois disso…?

Onde está a sua consolidação nas alianças entre negros americanos e africanos nos dias de hoje?

Que parcerias público-privadas em matérias de Desenvolvimento existem?

Tal como com cidadãos negros dos Estados Unidos da América, outros afrodescendentes de países como a Jamaica e o Brasil, isto falando por experiência própria, não têm nenhuma relação de afectividade com o outro, por terem na cor da pele um traço comum.

O negro jamaicano já me tratou pior do que um branco.

O negro brasileiro já me tratou pior que um branco.

O africano ganês já me tratou pior que um branco.

O Guineense meu irmão já me tratou pior que um branco.

Entre todos esses registos, não posso fomentar uma generalização na análise e avaliação dos casos, obviamente, mas importa alertar para o equívoco que também é a generalização da cor, como sendo sinónimo de Identidade Social e Cultural.

O mundo cada vez está mais globalizado e “as cores”, cada vez mais, estão a deixar de ser referências unívocas de pertenças identitárias, exclusivas.

Mesmo Barack Obama, não terá nenhuma dificuldade em assumir que é um cidadão norte-americano, ainda que, reconhecendo a sua pertença étnica, no contexto dos Estados Unidos da América, de ser um afro-americano e nunca, num contexto de um país africano, por exemplo, do Quénia, país natal do seu pai.

Que impulso deu Barack Obama à relação entre os Estados Unidos da América e África, nos seus 2 mandatos enquanto Presidente “negro” dos Estados Unidos da América?

Quantas barbaridades ocorrem com africanos, e cidadãos doutras origens (não estou a falar da cor da pele) nos Estados Unidos da América com envolvimento de forças de defesa e segurança americanas, de todas as cores, sem que alguém as consiga denunciar por meio de filmagens…?

Obviamente que estaremos sempre contra toda e qualquer barbárie cometida contra seres humanos, em qualquer País do Mundo, sem que a cor da pele seja decisiva, numa postura afectiva, emotiva, para repudiarmos/condenarmos essa barbaridade, sobretudo por parte de representantes de instituições do Estado que devem garantir a segurança, a protecção, da vida das Pessoas.

Nos nossos Países Africanos, irmãos nossos têm sido vítimas de toda a espécie de barbaridades, por parte de nossos próprios irmãos…

Ficamos calados, porque não nos convém falar disso…

Irmãos nossos são perseguidos, ameaçados, detidos e mortos, na maior das injustiças, mas ficamos indiferentes…

Irmãos nossos são humilhados, excluídos, por causa da cor da pele, e ficamos calados, porque o que importa, é o que se passa na América, na Europa e na Ásia com pretos, ignorando o que se passa em África, com os NEGROS…!

Viajem por este mundo fora, como tenho viajado desde 1981 aos dias de hoje, por mais de 70 países de todo o mundo e saberão situar-se melhor sobre o que nos deveria unir, mas que infelizmente, nos continua a separar, enquanto seres humanos.

Nenhum silêncio é, necessariamente, sinónimo de indiferença/cumplicidade/conivência.

Em silêncio vemos, lemos e ouvimos, para depois transmitirmos a voz do nosso silêncio…

Didinho 02.06.2020

De volta ao silêncio, enquanto medida restritiva…


O NOSSO RACISMO…

Hoje vejo-me sem chão
Sem terra nem abrigo
Pela voz de irmãos meus
Alimentando seus complexos
Para quem afinal
A pureza do negro
Nas suas mentes
Nos seus íntimos
De recalcamentos
E ódios é ser preto
Preto e não Negro
Ignorando a miscigenação
Que suporta dentro e fora
A Humanidade dos Humanos
Cuja Mãe-Global é África

Será ou não o outro lado
Do Racismo sem cor
E de todas as cores
De cada Ser Humano
Alimentado pelo ódio
Na vã pretensa de
Definir quem é quem
No Chão que é de todos
Que são puros pela cor
Salvo dos impuros pela cor

Que culpa tenho eu
Ou todos como eu
De ter nascido onde nasci
Pela cor da minha pele
Que Pátria é a minha
Se onde nasci sou impuro
E por onde tenho vivido
Dizem-me que sou de lá…

Afinal onde é o meu Chão
Onde é a minha Terra
Meu Umbigo Guineense
Quem são os meus irmãos
Que pela cor excluem irmãos
Humilhando a Guiné-Bissau
Mãe dos Guineenses
Seus filhos de todas as cores…

O Racismo que me doi
É esse aí entre nós Guineenses…

Didinho 01.06.2020

Momento de poesia no confinamento do silêncio…


Silêncio

Acorde
Desperte
Liberte-se
Em silêncio
Com o silêncio
Do seu silêncio
De todos os silêncios
Feito voz e arma
Do silenciado

Faça barulho
Em silêncio
Pelo Espírito
Pela Paz d´alma
Dos sem silêncio
Face ao poder
Que dita o silêncio
Na hora do barulho
Pela Liberdade negada

Faça do silêncio
Seu barulho
E do barulho
Seu silêncio
Em Consciência
Pela Paz
Que purifica
Cura e liberta
A alma em guerra
Face ao desassossego
Na ausência do silêncio
Que se ouve e se faz ouvir…

Didinho 19.05.2020


FARTO DE GUERRAS…!

Quando terminarem a guerra, digam algo, sobre a Paz, para que saia do refúgio e desfrute da minha liberdade…

E continue a dar o meu Contributo, à minha maneira, à Minha Terra, Meu Umbigo…

Até lá, a poesia impõe-me o barulho do silêncio…

Didinho 16.05.2020


GENTE EQUIVOCADA…

É triste quando questionamos a quem compete a iniciativa da revisão constitucional e não, a pertinência da revisão constitucional, e deparamos com gente que continua a não saber distinguir uma abordagem da outra.

Essa gente, com todo o respeito, sabe de facto interpretar a Constituição e as Leis da República?

Tenho as minhas dúvidas…

Não vale a pena continuar a perder tempo, pois infelizmente, nunca falamos do mesmo assunto, assim como nossos propósitos relativamente à Guiné-Bissau, nunca foram coincidentes…

Didinho 16.05.2020


AOS INSTIGADORES…

Para aqueles que incentivam o Presidente da República a dissolver a Assembleia Nacional Popular, para alegadamente legitimar as suas pretensões, entre as quais, uma revisão constitucional, inconstitucional, e imposta, para se mudar do sistema semi-presidencialista para um sistema presidencialista, espero que tenham hoje a visão de que amanhã, esta conspiração fora da Lei servirá de precedente para que este ou outro Presidente da República imponha sempre, a sua pretensão pessoal sobre o Estado, a República e os Cidadãos.

Não se admirem que, por esta via, o actual Presidente queira um dia destes decidir sobre o Programa do Governo; do Orçamento Geral do Estado; das decisões dos Tribunais, e por aí fora…

Se há uma Constituição que regula as Competências dos Órgãos de Soberania, que é violada pelo próprio Presidente da República, que a Constituição define como sendo o seu Garante, então, o que pensar quando a própria Sociedade ao invés de criticar o Presidente da República, sai em sua defesa?

O que é que significa a realização das eleições legislativas, mesmo quando o Povo não atribui directamente uma maioria representativa absoluta a um único partido?

Pode significar muita coisa obviamente, mas nunca, que o Povo passou a sua representação parlamentar ao Presidente da República, retirando-a aos Deputados!

Cada um tem a sua área de actuação, assente nas suas distintas e reguladas competências!

Não é por acaso que, em muitos países africanos com sistemas presidenciais, quando chega o limite dos mandatos presidenciais, os ditadores impõem uma revisão da Constituição para que possam ficar mais anos na chefia do Estado.

E conseguem-no, muitas vezes, até que uma rebeldia populacional em jeito de revolução, apoiado pelas Forças Armadas, decide pôr fim às brincadeiras dos estadistas sem Estados…

Não vale a pena tentar inventar sistemas políticos e de governação. Basta escolher o modelo que mais se enquadra à nossa realidade concreta, não necessariamente geográfica, e ajustá-lo à nossa forma e ao feitio que acharmos mais apreciativo para a nossa COMUNIDADE!

Quem pensa que a dissolução da Assembleia Nacional Popular é a SOLUÇÃO para a Guiné-Bissau, sugiro que revisite a história das crises políticas na Guiné-Bissau.

O próprio Presidente da República sabe que até pode impor um governo aos cidadãos, mas não poderá impor um Parlamento aos Cidadãos!

O Povo é quem elege os Deputados!

Quando um Presidente da República usurpa as competências dos Deputados, está igualmente, a usurpar e a negar ao Povo, o seu Poder e os seus Direitos de Representação!

Positiva e construtivamente, vamos continuar a trabalhar!

Didinho 16.05.2020


ÀS CLAQUES…

Quantas vezes saí em defesa da Guiné-Bissau, dos Guineenses; da Soberania e do Interesse, Nacionais, enquanto uns e outros ficavam à espera que alguém fizesse o que também lhes compete fazer?!

Quantas vezes confrontei Catedráticos, Professores Doutores; Doutores, Mestres, Licenciados etc., etc., Guineenses e estrangeiros, sobre assuntos da Guiné-Bissau, sobretudo, assuntos relacionados com a Constituição e as Leis da República da Guiné-Bissau?

O Presidente Umaro Sissoco Embaló, cuja iniciativa de revisão constitucional é inconstitucional, enquanto esteve a “lutar” pelo seu reconhecimento como vencedor da segunda volta da eleição presidencial de 29 de Dezembro de 2019 na Guiné-Bissau, que defesa a nível político, juridico e constitucional teve da vossa parte, com fundamentação, e partilhada por todo o Mundo, em nome do respeito pela Constituição e pelas Leis da República da Guiné-Bissau, tal como teve da minha parte, sem ser seu apoiante?

Mas eu nem sequer apoiei qualquer candidato presidencial…

Hoje já não se pode criticar iniciativas inconstitucionais do Presidente Umaro Sissoco Embaló?

Mas quem são vocês…?!

Já sabem tudo, têm lições a dar sobre cidadania, sobre a história política e social da Guiné-Bissau; sobre a Constituição e as Leis da República da Guiné-Bissau…

Quem foi que digitalizou e dispinibilizou na Internet pela primeira vez, a Constituição da República da Guiné-Bissau?

Não sabem?

Fui eu!

Sim, fui eu!

Onde foi possível encontrar pela primeira vez na Internet, matérias multidisciplinares sobre a Guiné-Bissau, devidamente apresentadas por secções?

Sabem ou não sabem?

Foi no site www.didinho.org do nosso Projecto Guiné-Bissau CONTRIBUTO.

Foram vocês os obreiros de tão importante obra?

Deixo a resposta a quem quiser responder…

Há quantos anos o foco da minha/nossa luta se baseia no respeito pela Constituição e pelas Leis da República… Lembram-se?

Lembram-se há quantos anos digo que o meu partido é a a Guiné-Bissau?

Sabem que o Projecto Guiné-Bissau CONTRIBUTO existe há 17 anos ou não?

Onde estavam, assim como os vossos deuses…?!

Humildade à parte, não aceito as vossas lições, porque não tenho presente nenhum vosso trabalho sobre a Guiné-Bissau, do qual tivesse tirado alguma aprendizagem em forma de ganho de consciência cidadã, patriótica, política etc., etc.

Muitas vezes, temos que deixar a humildade de lado e dizer as coisas como elas são, ou não é?!

Para alguns, em função dos seus interesses a defender, o Didinho era cinco estrelas. Para outros, em função igualmente dos seus interesses, o Didinho era do piorio…

Entre alas, fui sempre o entalado, mas nunca enlatado, graças a Deus…!

Tenham lá paciência, Dominguistas e Umaristas; Paigcistas, Madenistas e outros “istas”, eu não sou de alas. Não pertenço a nenhuma claque político-partidária.

Sou Guineense, Comprometido com o meu País, Guiné-Bissau, e Basta!

Não preciso de acessórios para completar seja o que for, para que através de um clique no Google, apareçam centenas de referências à minha pessoa.

Positiva e construtivamente, vamos continuar a trabalhar!

Didinho 15.05.2020


Querem soluções inconstitucionais para a revisão constitucional?

Querem mesmo que algo seja feito fora das normas constitucionais na Guiné-Bissau, alegadamente para mudar o que está mal no País?

Não precisam de muita imaginação.

Incentivem e concretizem um GOLPE DE ESTADO.

Havendo rutura constitucional, um novo percurso transitório do Estado será idealizado, podendo resultar numa nova Assembleia Constituinte que teria poderes para elaborar e aprovar uma nova Constituição da República!

Querem mais?

Respostas e soluções teóricas tenho muitas, fora do primado da Constituição e das Leis. Golpe de Estado já e todos para a Rua!

Quem legitimou quem, para estar no dirigismo do Estado se a Constituição e as Leis da República de nada valem?

Rua…

RUA COM TODOS!

GOLPE DE ESTADO JÁ e que as FORÇAS ARMADAS assumam a independência política, administrativa e territorial da Guiné-Bissau, escolhendo um grupo de Cidadãos para liderarem um Processo de Transição Política e Administrativa do Estado.

Se é para agir à margem da Constituição e das Leis da República, GOLPE DE ESTADO JÁ, é a SOLUÇÃO!

É isso que querem…?!

Chega!

Basta de convivências, de cumplicidades, de conspirações contra o Estado, o Direito, a Democracia, a República e os Cidadãos!

Se for para incentivar violações constitucionais, vamos a isso, se acharem que é a melhor via para a Mudança na Guiné-Bissau.

Não me venham acusar de ser golpista!

Didinho 15.05.2020


COERÊNCIA E DIGNIDADE

Continuarei a respeitar e a defender a Constituição e as Leis da República da Guiné-Bissau, que temos, e pelas quais me oriento, entre os meus Deveres e os meus Direitos, enquanto Cidadão.

Para haver uma revisão constitucional ou nova Constituição da República, a base orientadora na legitimação dos respectivos actos passa necessariamente pela competência legislativa da Assembleia Nacional Popular, quiçá, dos Deputados.

O meu respeito e o meu compromisso de fidelidade, feitos Juramento, para com o Estado e o Direito, assentam na Coerência e na Dignidade de um Ser Guineense que se revê entre a modernidade e a moda antiga…

Se sempre defendi a Constituição e as Leis da República;

Se sempre denunciei e critiquei as violações constitucionais, sem olhar a quem no dirigismo político, governativo ou judicial do Estado, não seria agora que iria deixar de ter a mesma postura de sempre!

Que cada um tenha o seu passado como reflexo no presente, pois só assim saberá situar-se no seu percurso de cidadania em prol da Guiné-Bissau ou, dos seus interesses pessoais ou de grupos.

A minha Dignidade continuará inviolável e inegociável. Não tem preço!

Esta é a minha forma de ser e de estar, enquanto Guineense, cujo primeiro Compromisso, é para com a Guiné-Bissau!

A coerência, meus senhores e minhas senhoras, é o sustento da reserva moral de qualquer pessoa que lida com o pensamento e a sua partilha.

É por essas e por outras que todos os meus trabalhos têm data e estão ao alcance de qualquer pesquisa na Internet.

Não esperem que mude a minha posição sobre a leitura e interpretação da nossa Constituição apenas porque fulano ou beltrano com estatuto ou grau tal e tal alegadamente afirmou isto ou aquilo sobre algo que está claríssimo na Constituição da República da Guiné-Bissau.

Sempre pus a cabeça a funcionar nestas andanças sobre a Guiné-Bissau.

A mim, humildade à parte, ninguém me leva pela onda…

Positiva e construtivamente.

Didinho 15.05.2020


CONHECER E RESPEITAR A CONSTITUIÇÃO E AS LEIS DA GUINÉ-BISSAU

O Primeiro passo de um Presidente da República da Guiné-Bissau, preparado ou impreparado para o exercício das suas funções, é procurar conhecer a Constituição e as Leis da República da Guiné-Bissau; procurar conhecer, identificar e assimilar a essência da Organização Política do Estado; os Princípios que fundamentam a Constituição e as Leis da República por um lado e, por outro, o Estado de Direito Democrático que define e caracteriza o “contrato político, social e jurídico” no qual assenta o Estado!

Conhecendo e respeitando a Constituição e as Leis da República da Guiné-Bissau, qualquer Presidente da República da Guiné-Bissau sabe que não é da sua competência: NENHUMA/QUALQUER, iniciativa visando a Revisão Constitucional.

Não sabendo…

A iniciativa primeira de “revisão constitucional” que um Presidente da República pode pretender implementar, é precisamente sobre os seus conhecimentos em matéria de constitucionalidade e legalidade!

Aí, estará no seu direito de contratar quem bem entender para lhe administrar esses conhecimentos…

Como sempre disse: O MEU PARTIDO É A GUINÉ-BISSAU!

Quero para mim a Guiné-Bissau que desejo para todos os meus irmãos Guineenses!

Positiva e construtivamente, vamos continuar a trabalhar!

Didinho 13.05.2020