Um olhar sobre as eleições presidenciais na Guiné-Bissau

Prof. Doutor Mamadu Lamarana Bari

Correm boatos de que preparam-se fraudes nessa eleição. Sacos de dinheiro para serem distribuídos para as zonas eleitorais, manipulação dos ficheiros de votos, etc, etc. Se isso for verdade, não importa de qual lado ou tendência política que essas atitudes provirem, o que se deve fazer, se for verdade a notícia e for constatada a fraude depois da apuração dos resultados, a oposição ou quem se sentir prejudicado se mobilizarem com seus eleitores para fazerem um veemente protesto no país, do gênero Bolívia , Chile e agora Colômbia, para que se tome a decisão, se for constatada a fraude, de fazer a recontagem dos votos ou instaurar um governo provisório independente, com a participação da sociedade civil no país e na diáspora, a fim de prepararem o país para uma nova República, nova era democrática. Nova Constituição, nova Bandeira e novo Hino Nacional se necessário for. Sem isso é só lenga lenga de sempre. Na Guiné-Bissau não se distingue o Estado da Nação. Não existe a institucionalização do Poder, não se conhece e não se sabe sobre a cultura politico-institucional. Precisa -se estudar nos colégios, universidades algo sobre a Organização Política e Administrativa da Nação. Não há soberania e não se têm idéia do que isso representa para a morte institucional de um país que se formou a custa de sangue e suor de seus valorosos filhos.

22.11.2019