GUINÉ-BISSAU: COVID-19, ENTRE O HOJE E O AMANHÃ DE NOSSAS SOBREVIVÊNCIAS…

GUINÉ-BISSAU: COVID-19 ENTRE O HOJE E O AMANHÃ DE NOSSAS SOBREVIVÊNCIAS…

Tenho acompanhado diversas reflexões em forma de Contributos para a Guiné-Bissau, face à pandemia COVID-19, e em todos elas, vejo preocupação, prudência e receio para com a doença, quer pela realidade que define e caracteriza as nossas fragilidades na área Estruturante da Saúde, por via de vulnerabilidades processadas, geradas/induzidas, a vários níveis/dimensões, e abrangências, tendo como raiz, decisões institucionais/governativas e políticas do dirigismo do nosso Estado, desde que nos proclamamos Independentes e Soberanos; quer pela realidade cultural, social/tradicional, que define e caracteriza as diversas formas de ser e de estar das nossas populações, que compõem um Todo que é o Povo Guineense, que, deve continuar a preservar toda a sua riqueza cultural, social/tradicional, Positiva, e abandonar toda e qualquer prática cultural/tradicional nefasta, com consequências igualmente negativas para a Saúde de Todos Nós, adaptando-se às novas realidades de uma vivência global, face a ameaças globais.

Neste trabalho que hoje vos apresento e que faço questão de dirigir, em forma de proposta, às entidades que têm em mãos o poder do dirigismo do Estado, ignorando consciente e propositadamente as querelas políticas, porque entre uma alegada alteração constitucional que culminou na demissão do anterior governo e a nomeação de um novo governo, o facto é que, há um poder instituído (que pode ser contestado obviamente), que controla e dirige o poder do Estado presentemente, inclusive, a Área da Saúde (que é o que nos importa neste trabalho), e as suas infra-estruturas materiais, bem como os seus recursos humanos.

É a partir dessa evidência que me dirijo às entidades que dirigem actualmente a Guiné-Bissau, enquanto Cidadão Guineense, preocupado com a Saúde e o Bem-Estar de Todos os Guineenses, tendo em conta que os efeitos da pandemia COVID-19 já chegaram ao nosso País, o que significa, igualmente, que as suas consequências não se farão esperar.

Uma das reflexões mais pertinentes que li entre nós Guineenses, é da autoria da Dra. Magda Nely Robalo, Epidemiologista, Distinta Profissional na Área da Saúde, que serviu a Organização Mundial da Saúde durante vários anos, a vários títulos e níveis de representatividade em diversos países africanos, até ser convidada (feliz e louvável iniciativa) para ocupar o cargo de Ministra da Saúde Pública da Guiné-Bissau, cargo que exerceu com a mais alta competência, responsabilidade e sentido de Estado, facto que não passou despercebido a nenhum cidadão guineense.

Do que li do seu artigo intitulado: COVID-19 – É PRECISO ESTAR À FRENTE DA CURVA vi demonstrado, de forma eloquente, o seu Compromisso para com o seu/nosso País, a Guiné-Bissau, e para com o nosso Povo, tendo em conta a sua Missão de ajudar a Salvar Vidas, enquanto Profissional de Saúde.

Fiquei elucidado e convencido das suas capacidades e competências profissionais, bem como da sua vontade, do seu desejo, de continuar disponível a ajudar a Guiné-Bissau, sobretudo, num momento tão delicado, no qual o hoje e o amanhã, de nossas sobrevivências, estão em causa por via da pandemia COVID-19.

Do que li do seu artigo, surgiu-me a ideia de propor, desta forma, às entidades que dirigem a Guiné-Bissau, a criação de um Gabinete de Crise Multidisciplinar, para fazer face à pandemia COVID-19, independentemente de todas as diligências já efectuadas por quem de direito nesta matéria;

Gabinete esse, que deveria ser Coordenado/Dirigido, pela Dra. Magda Nely Robalo, numa perspectiva estrutural fora do contexto político-partidário dos seus integrantes, e apenas numa vertente de utilidade da Saúde Pública, a bem do Interesse Nacional.

Estou certo que a Guiné-Bissau ganharia uma Forte Estrutura de Planeamento e Acção na prevenção e no combate ao coronavírus e não só.

Para além das suas capacidades técnicas enquanto profissional de saúde, a Dra. Magda Nely Robalo é uma ponte de referência entre a Guiné-Bissau, a Organização Mundial de Saúde e, o Mundo em geral, sobejamente conhecida que é, e profunda conhecedora, que também é, da Diplomacia da Saúde, com base na Saúde Global, que também se estende à Guiné-Bissau.

Não podemos, nem devemos desperdiçar os Melhores Quadros Nacionais, concretamente, na Área da Saúde, que é o tema da nossa abordagem de hoje.

Estou certo de que a Dra. Magda Nely Robalo aceitaria o convite de imediato, em nome do Interesse Nacional, desde que salvaguardados aspectos essenciais para a institucionalização, credibilização e funcionamento do Gabinete a ser criado, entre os Termos de Referência, os Objectivos e a Missão do Gabinete.

A meu ver, enquanto Coordenadora/Directora desse Gabinete de Crise, deveria ser-lhe dada autonomia para projectar a Orgânica do Gabinete, bem como, em conjunto com a sua Equipa Multidisciplinar de Trabalho, estabelecer a Missão de Fundo e os Objectivos a alcançar, tendo em conta a prevenção, sensibilização e o combate ao coronavírus.

Todos os Profissionais de Saúde podem ser mais valias para uma Frente Comum, quer os que se encontram na Guiné-Bissau e podem dar os seus Contributos no dia a dia, em contacto com a realidade presencial/factual; quer os que estando fora da Guiné-Bissau, muitos a exercer em Portugal, Brasil, Inglaterra, e até nos Estados Unidos da América, que também podem ajudar de várias formas, por exemplo através de debates por vídeo-conferência, ou formação de quadros profissionais de saúde radicados na Guiné-Bissau, a nível de partilha de experiências na luta contra o coronavírus, incluindo formação na utilização de equipamentos/aparelhos mais sofisticados para o efeito.

Por tudo isto, em nome da Guiné-Bissau, e pela Saúde e o Bem-Estar dos Guineenses, lanço esta proposta às entidades políticas e governativas do nosso País, face ao perigo que o Inimigo Comum Global, a Pandemia COVID-19 representa entre o Hoje e o Amanhã de Nossas Sobrevivências, enquanto Seres Humanos e Guineenses!

A Guiné-Bissau e os Guineenses merecem a União de Esforços e de Competências de Todos os seus Filhos, em nome da nossa CONTINUIDADE/EXISTÊNCIA/REFERÊNCIA/AFIRMAÇÃO, no Mundo!

Unamo-nos, em Prol do INTERESSE NACIONAL, porque hoje, infelizmente, já vamos atrasados…

Positiva e construtivamente, vamos continuar a trabalhar!

Didinho 30.03.2020

COVID-19: O REALISMO, ENTRE O POSITIVISMO E O NEGATIVISMO DAS INFORMAÇÕES

COVID-19: O REALISMO, ENTRE O POSITIVISMO E O NEGATIVISMO DAS INFORMAÇÕES
Sobre o Coronavírus, e as partilhas, visando informar e sensibilizar as populações, as comunidades, independentemente do impacto emocional que isso possa causar em cada um de nós, importa, no fundo, que cada um, em suma, todos nós, continuemos a ter presente, a realidade da doença, os riscos e as consequências inerentes, e não, uma visão simplista focada num alegado positivismo na forma de encarar a doença, que deve nortear as partilhas das notícias/informações sobre o assunto.
Temos que continuar a procurar conhecer a doença, para sabermos lidar com ela, e isso, implica aceitar os factos em presença, entre os negativos e os positivos, que as entidades de saúde de todo o mundo nos dão a conhecer diariamente, através dos órgãos de comunicação social, numa perspectiva, até, de sabermos se estamos a conseguir conter a pandemia ou não.
Seria extraordinário que os números dos casos reportados diariamente “determinassem” o fim da pandemia, porém, são os números em presença, no dia a dia, até hoje, quer gostemos ou não, se é disso que se trata, que indicam às entidades de saúde, aos profissionais de saúde, aos cientistas de todo o mundo, engajados na busca de soluções para a cura da doença, e a todos nós, seres vivos deste nosso Planeta Terra, sujeitos a contrair o Coronavírus, o ponto de situação em que estamos, chegados à triste realidade em presença.
Compreendo a sensibilidade de cada um, e de todos, mas devemos continuar a lidar com esta doença, com realismo, independentemente do positivismo e, ou, negativismo, dos números que são dados a conhecer diariamente, pelas entidades de saúde de todo o mundo.
Não devemos ter “preferência” em enganarmo-nos, por uma questão de sensibilidade emocional, afectiva, quando os dados estatísticos, diariamente apresentados, são os principais valores, no presente, para  os estudos, as análises e as interpretações, visando a dinamização da prevenção da doença, mas sobretudo, para estudos comparativos, visando novas abordagens científicas, políticas e económicas, sobretudo, para o combate ao COVID-19.
Quanto mais e melhor informados e sensibilizados estivermos todos, sobre a pandemia COVID-19, estaremos todos melhor preparados para prevenir/combater a doença, e isso, não se consegue sem aceitarmos o realismo dos diversos impactos que confluem nas nossas sensibilidades emocionais, afectivas, face aos dados que nos são dados a conhecer diariamente, pelas entidades competentes, de saúde, sobretudo, de todos os países deste nosso Planeta, através dos órgãos de comunicação social.
Positiva e construtivamente, com  realismo, vamos continuar a trabalhar!
Didinho 29.03.2020

COVID-19: A HORA É DE ACÇÃO E NÃO DE PALAVRAS!

COVID-19: A HORA É DE ACÇÃO E NÃO DE PALAVRAS!

Está na hora de, os médicos guineenses, sobretudo, e todos os Profissionais de Saúde, residentes na Guiné-Bissau, que ainda continuam a trajar-se com uniformes de executivo, nas vestes de políticos e não de profissionais de saúde, vestirem as suas batas, fazendo-se acompanhar dos seus instrumentos básicos de trabalho, em prol da Missão de Salvar Vidas e não de fazer política!

Como dizia Amilcar Cabral, o momento é de Acção e não de Palavras…!

O nosso Agradecimento e Reconhecimento, de sempre, a todos os profissionais de Saúde na Guiné-Bissau, que nunca misturaram a Saúde, o Bem-Estar Colectivo, com politiquices.

Positiva e construtivamente.

Didinho 27.03.2020

GUINÉ-BISSAU: O COVID-19 ENTRE O PROTAGONISMO E A POLITIQUICE

GUINÉ-BISSAU: O COVID-19 ENTRE O PROTAGONISMO E A POLITIQUICE

“O economista guineense Paulo Gomes e a epidemiologista Magda Robalo disseram à Lusa estar disponíveis para integrar qualquer equipa nacional para enfrentar o que consideram de “guerra contra a doença” que já contaminou duas pessoas no país. Antigo candidato à presidência do país, Paulo Gomes, que se encontra atualmente fora da Guiné-Bissau, disse à Lusa estar pronto para, nos próximos dias, regressar e ajudar a “fazer avançar a iniciativa corajosa e proativa” de Idrissa Djaló, líder do Partido da Unidade Nacional (PUN), que propôs um pacto entre guineenses para lutar contra a pandemia da covid-19.”

Tudo muito bonito, mas será que o Dr. Paulo Gomes não sabe que uma das recomendações para a prevenção contra a propagação da doença e a contaminação de mais pessoas, é cada um ficar em casa, em isolamento, de quarentena, salvo, quem tenha mesmo que trabalhar, face à essencialidade do seu trabalho, sobretudo, relacionado com o serviço público, que não pode ser efectuado através do tele-trabalho?

Pensa ir à Guiné-Bissau nos próximos dias, como, com que meios logísticos, face à conjuntura mundial que restringiu as fronteiras de quase todo o Mundo e a consequente inoperacionalidade das companhias aéreas, marítimas, ferroviárias, etc., etc.?

Ainda que fosse à Guiné, face às medidas restritivas decretadas, o que iria fazer, que não em casa, para ajudar quem, e como, algo que pode fazer onde está neste momento, através da INTERNET?

Pode ajudar financeiramente, com verbas endossadas ao Estado para fins concretos, ou, adquirindo materiais de saúde apropriados para a actual situação, por exemplo, ventiladores, geradores, desinfectantes diversos, luvas, máscaras etc., etc., dependendo de “aberturas” aéreas, marítimas ou terrestres, para serem enviados à Guiné-Bissau.

Porém, pode sempre, onde quer que esteja, ajudar/apoiar, moralmente, sensibilizando e partilhando informações às populações, sobre a doença e os riscos e as suas consequências, que é a via que todos nós, Guineenses, espalhados pela nossa Diáspora temos vindo a fazer, através das Redes Sociais. O sr. Paulo Gomes quer ser diferente, com base num protagonismo que vai contra as recomendações e restrições no combate à prevenção, e contra a propagação do vírus?

Anunciar um regresso ao país neste momento, alegadamente, para ajudar, quando mesmo o pessoal de saúde, caso tivesse como ficar em casa, em isolamento, de quarentena, também ficaria, não passa, a meu ver, e peço desculpa pela frontalidade, de um gesto imbuído de protagonismo e irresponsabilidade.

Fiquemos em casa, para nosso bem e de todos, mesmo que uns quantos, imprescindíveis, seres humanos e guineenses, com família, tenham que sacrificar suas vidas e de suas famílias, pela maioria da População, que deve cumprir com as medidas restritivas de prevenção, por seus desempenhos profissionais não serem imprescindíveis na actual conjuntura, ou, por poderem ser efectuados a partir de casa.

Outrossim, os técnicos de saúde guineenses, que se encontram no nosso país, independentemente dos seus estatutos, das suas bagagens académicas, não devem esperar que sejam chamados a contribuir para o que suas profissões e seus juramentos lhes reservam como Missão: Salvar Vidas, Servir as populações. Devem fazer a parte que lhes compete, dirigindo-se às entidades de Saúde, aos hospitais e centros de saúde, para fazerem o que sabem e devem fazer, sem que sejam mandatados para tal, por via de jogos políticos e partidários!

Estar à espera de consensos políticos para assuntos de saúde pública, sobretudo, face à EMERGÊNCIA de uma Pandemia, por parte de quadros da saúde, Guineenses, é de facto, renunciar ao Juramento de Hipócrates.

Para finalizar, fiquei incrédulo hoje, ao ver imagens da cerimónia de despedida do corpo de efectivos da ECOMIB na Guiné-Bissau, com a presença do Presidente da República, sem que as medidas restritivas de distanciamento mínimo de metro e meio/2 metros, fossem cumpridas.

Sr. Presidente da República, seja o primeiro a dar o exemplo nesta luta contra o Inimigo Comum Global, COVID-19.

Evite o contacto social e a concentração social, em nome da prevenção da doença!

Não basta decretar o estado de emergência, para de seguida, ignorar os factores de risco e pôr-se a jeito de ser contaminado, ou de contaminar os demais.

É preciso que todos nós levemos muito a sério esta doença!

Ela não escolhe quem quer que seja, todos estamos sujeitos a contraí-la e, por isso, todo o cuidado é pouco!

Infelizmente, já começamos a sentir a nossa dor…

Positiva e construtivamente.

Didinho 26.03.2020

Covid-19: Quadros guineenses disponíveis para enfrentar “guerra contra a doença”

ENTRE A IRRESPONSABILIDADE E A IGNORÂNCIA…

ENTRE A IRRESPONSABILIDADE E A IGNORÂNCIA…

Uma IRRESPONSABILIDADE e IGNORÂNCIA, de um ex-Primeiro-ministro, que deve ser chamado à RESPONSABILIDADE, e, se necessário, por via Judicial, face à REALIDADE dos factos em presença, sob pena de, as suas constantes, inoportunas, desenquadradas e inadequadas afirmações políticas, sobre o Coronavírus, servirem de pretexto para a subestimação da doença, e consequentemente, para uma maior manipulação/instrumentalização/desinformação, da sociedade guineense, que poderá redundar numa atitude contraproducente das medidas preventivas já anunciadas pelas autoridades nacionais, visando evitar/reduzir, a propagação do vírus e, consequentemente, a contaminação de pessoas/populações.

O momento é complicado para todos nós, por isso, deixemos o jogo político de lado e foquemo-nos na prevenção, visto estarmos todos sujeitos ao coronavírus…

Nenhum País do Mundo, mesmo dos mais evoluídos/desenvolvidos, do nosso Planeta, tinha ou tem um Plano/Projecto de Combate efectivo contra o COVID-19!

Como é que o sr. Aristides Gomes, assim como o sr. Domingos Simões Pereira continuam a afirmar que, não fosse “o golpe de estado” na Guiné-Bissau, ” a doença podia ser evitada, por via dos planos de contingência do seu governo”?

Já agora, por que esperam os senhores Aristides Gomes e Domingos Simões Pereira, para apresentarem os seus planos de contingência ao Mundo, aos Governos de Todo o Mundo; aos Cientistas de Todo o Mundo, numa luta sem igual, para encontrar uma fórmula milagrosa, mas científica, para acabar com a pandemia do COVID-19?

É CRIME, usar a manipulação/instrumentalização, política, sobre uma pandemia que todos os dias tira a vida a centenas de pessoas em todo o Mundo, alterando completamente o quotidiano das Pessoas neste nosso Mundo.

Quem é Aristides Gomes, para falar do COVID-19, numa abordagem política, e não, técnica ou científica, no âmbito da Medicina/Saúde, como se fosse um especialista na matéria, quando mesmo os cientistas afectos à área, estão a tentar conhecer melhor a essência da doença, e ninguém tem até hoje, uma solução mágica para a sua cura?

Quem é Domingos Simões Pereira, para falar do COVID-19, numa abordagem política, e não, técnica ou científica, no âmbito da Medicina/Saúde, como se fosse um especialista na matéria, quando mesmo os cientistas, afectos à área, estão a tentar conhecer melhor, a essência da doença e ninguém tem até hoje, uma solução mágica para a sua cura?

É preciso que se use o poder do Estado, para se declarar, efectivamente, o Estado de Emergência, e limitar, detalhadamente, certos direitos, certas liberdades e garantias, ao abrigo do exposto na Constituição da República, para que numa situação de Emergência, que é a que estamos a viver em Todo o Mundo, o Bem-Colectivo seja Salvaguardado, a Bem do Interesse Nacional e Global, quiçá, da nossa Existencialidade, enquanto Seres Humanos, e Guineenses!

Positiva e construtivamente.

Didinho 26.03.2020

Covid-19: PM guineense diz que doença poderia ser evitada através do plano de contingência do seu Governo

A PROPÓSITO DE LUÍS VERA (VIEIRA?) DA FONSECA

A PROPÓSITO DE LUÍS VERA (VIEIRA?) DA FONSECA
“Do sotaque dele depreendia ser de Cacheu que é o crioulo efectivamente vinculado em Ziguinchor.” – Henri Labery
Quando cheguei da Guiné aos 18 anos (1950) de idade, este cantor atraiu meu interesse – e minha curiosidade – porque cantava em crioulo e a rádio nacional do Senegal de vez em quando passava as suas músicas registadas em discos 78 e 48 tours da época. O crioulo com que cantava ou ainda canta, se vivo, era para mim às vezes incompreensível porque trazia mistura  num ou noutro trecho de português/brasileiro e não se destrinçava bem o sentido.
Estava preparando um diploma de jornalista na então Escola Universal de Paris – que ensinava e preparava estudantes em vários ramos do ensino superior – e nos finais de 1952 (novembro) teria que regressar a Dakar para ali cumprir as minhas obrigações militares para depois ser enviado a Perpignan que iria ser a minha base em caso duma eventual declaração de guerra, mas isso só seria assim se, me engajasse após os 2 primeiros anos de serviço obrigatório.
Naturalmente estava fora de questão um engajamento da minha parte que me iria levar incondicionalmente às frentes operacionais das guerras coloniais em Indochina e logo a seguir Argélia. Iria matar cidadãos que não conheço e que nunca me fizeram mal algum nos seus próprios Países, ou ser morto pour la gloire de…la France !!!
Recusei o engajamento e fui recambiado para Dakar, graduado lieutenant de réserve. tinha 22 anos.
Bom me estou afastando do AFONSECA como lhe chamavam aqui. Com o meu diploma de jornalista, me recorri a um emprego de redactor e de speaker (locutor) na rádio nacional com o Senegal ainda colónia francesa. Por sorte o Director era membro do Partido Comunista e como em França militava na Jeunesse du Parti Communiste, sem dificuldades passei a ser Rédacteur sur la Chaine Internationale – com outros vários franceses e senegaleses mais ou menos todos no inicio de carreira – Canal Internacional  ia para além das fronteiras do Senegal cobrindo a nossa Guiné e chegando até ao Brasil. Dakar era capital de l’AOF –Afrique Occidentale Française – que contava com 9 ‘territórios’: Senegal – Soudan Français hoje Mali – La Guinée – Costa do Marfim, Dahomey hoje Benin, Alta-Volta hoje Burkina Faso, Pais de Thomas SANKARA – Níger, Togo e a norte a Mauritânia.
Um vasto Império que ainda hoje os seus dirigentes são lacaios da FRANCA … O papel da estação emissora era de cobrir quase todo o continente sustentáculo do imperialismo francês.
Aproveitando esta ‘boleia’ vou criar um departamento de língua portuguesa porque já havia um de inglês. Foi o primeiro desafio e logo nestas emissões comecei um trabalho de mobilização e o meu amigo Director-Geral me autorizou além do português, mais meia hora de antena que me servia para programas em línguas nacionais: crioulo, manjaco, felupe, balanta,  pepel, mancanha, bijagó, etc.
As emissões, diárias, tinham por horário 18/19 horas. Emissões que depois da informação geral eram todas de denúncias e de reivindicações nacionalistas.
Ainda não conhecia Amilcar e ele me dizia ter ouvido muito falar de mim quando pela primeira vez fomos apresentados pelo Sr. Rito Alcântara farmacêutico que pertenceu a uma família caboverdeana aqui, que se queria burguesa. Respondi ao Cabral que nunca tinha ouvido falar dele mas que conhecia bem os pais o Tio Juvenal CABRAL e a mãe Tia IVA hóspedes da minha família em Bissau quando vinham do ‘mato’…  O resto da Historia, à venir
Agora sim, vou falar em poucas palavras porque nunca consegui encontrá-lo e tampouco poder falar com ele, o cantor AFONSECA. A radio poderia ter sido lugar ideal para se saber dele.
Aos serviços competentes a quem encarreguei de o localizar esteja onde estivesse para um convite de entrevista e de música, a resposta era sempre invariável: RIEN Henri!
Tinha um colega Dahoméen de nome de PRUDÊNCIO, me garantia com toda a seriedade que o cantor era da terra dele porque em Cotonou e Porto Novo há muitos nomes de consonância portuguesa, bastava ver o nome dele. Que também  havia  ainda  Almeidas,  Fonsecas,  Silvas, etc.
Mas isso é uma outra Historia nada a ver com os Guineenses, dizia-lhe eu. Tanto mais que o AFONSECA como vocês o chamam,  canta em crioulo da Guiné/Casamanse nada de comum com um idioma de ton village para lhe chatear.
O Gilles SALA em contra partida que citas, conheci-o em Paris era também um cantor camaronês com belas canções em francês. Foi da entourage do Manu DIBANGO.
Das canções do FONSECA em recordação assobiava eu de vez em quando Quim ku tém si fidju femia – Sibouten – (Si bu ten) e “Telefonista por favor quero falar ao meu amor”. Nesta canção brasileira há uma deturpação incrível das palavras. Por isso também na altura gostaria de tê-lo encontrado e ajudá-lo nas suas actuações. O arranjamento musical era bom. Do sotaque dele depreendia ser de Cacheu que é o crioulo efectivamente vinculado em Ziguinchor. Já em Kolda é diferente, muito perto de Farim. (Quando ia de férias a Farim, de vez em quando fazia uma estirada cerca de 30 km até Kolda, em bicicleta com o Zeca e o Tadeu, filhos do Administrador da Circunscrição, Sr.  Sacramento MONTEIRO, filhos nascidos em Bissau de mãe caboverdeana D. Belmira).
Mas concluindo gostaria de te retomar… Infelizmente, a Guiné-Bissau tem perdido muito ao não fazer questão de pesquisar o passado das suas gentes que saíram para os Países vizinhos, mas também para o Mundo, entre a escravatura, a colonização, a guerra de libertação nacional e, mais recentemente, devido às desilusões com a desvirtualização dos objectivos da Independência Nacional.
 
Obrigado Mestre Didinho. A Guiné precisa de ti.
Henri Labery
Dakar 26.03.2020

MANU DIBANGO

MANU DIBANGO
Nos anos 60, de memória, em Paris, Manu, como a gente  familiarmente lhe chamava, mais jovem ano e meio do que eu começava timidamente mas afincadamente a sua carreira de monstro saxofonista e cantor de voz rouca  frequentando como muitos jovens de então, um circulo de músicos e intelectuais de gauche habituados do Boulevard Saint Germain e mais precisamente do Café de Flore, entre os quais:
Boris Vian, Juliette Gréco, lado muisical; Jean Paul Sartre e companheira Simone de Beauvoir (filosofos émérites pensadores), lado literário. (Sartre recusa a distinção de Nobel da Paz em 1964)!
Années de braise, luta pela descolonização, luta contra a guerra da Indochina (França depois Estados Unidos), luta contra o Imperialismo em Cuba, no Congo-Leopoldville – assassinato de Patrice Lumumba – apoio à Sékou Touré que por várias vezes tentaram assassinar por ter “ousado”  em 1958 votar NON  ao projecto de referendo de De GAULLE que deu a independência à la Guinée, la guerre de l’Algérie, e as colónias portuguesas no limiar duma nova Historia…
Nos anos 50, NASSER que assinou  golpe mortal ao imperialismo franco-britânico nacionalizando o Canal de Suez, Conferencia de Bandoeng, Mahatma Ghandi já tinha derrotado os britânicos reenviados ao Reino Unido… E em Maio de 1968 se desencadeia um Movimento que iria espantar o mundo e nasce um avant et um après Mai 68 !
É neste ambiente de noites quentes do quartier latin de Café de Flore que o jovem  Emmanuel NDjoké Dibango começou atrevidamente a se impor verdadeiramente como Star de la Musique Soul -Soul Makossa- que o lançou definitivamente em 1973., sendo o resto do seu percurso bastante conhecido.
Manu DIBANGO deixa uma obra musical variada sem precedente.
Mereceria de África dos mais elogiosos epítetos !
Do género:  Sois honoré MANU DIBANGO toi qui a su honorer l ‘Afrique 
…e uma estátua de pé com o seu saxo no meio da sua praça natal a cidade de DOUALA – CAMEROUN.
Henri Labery
Dakar 25.03.2020

A PROPÓSITO DE UMA NOVA ORDEM MUNDIAL

A PROPÓSITO DE UMA NOVA ORDEM MUNDIAL

A quem interessa uma Nova Ordem Mundial, ou a manutenção da suposta Ordem Mundial vigente, quando uma Elite Poderosa sentencia toda a Humanidade, julgando-se acima, e fora do contexto da Humanidade, numa perspectiva consequencial; que sentencia, por via do seu Poder, dos seus Interesses egoístas, das suas Ambições desmedidas, dos seus Caprichos megalómanos e das suas Extravagâncias doentias, toda a Humanidade à Extinção…?!

Quem sobreviver, ao menos que não se esqueça de reportar, gravar, numa pedra, como na pré-história, para que não se apague, porque, de facto, ainda não conseguimos perceber, assimilar, distinguir e convergir, entre o conceito de civilização e de civilidade, face à saga destrutiva que, infelizmente, nos define e caracteriza, enquanto Humanos, ou Desumanos, à procura incessante da nossa Destruição Colectiva, e do nosso Planeta Paradisíaco, Nossa Terra, Nosso Umbigo, que nos deu e tem dado Tudo, através da sua NATUREZA, para nosso Sustento e Vivencialidade…

Didinho 25.03.2020

Manu Dibango, jazzman et saxophoniste, à Paris, en mars. GILLES VIDAL / HANS LUCAS

PUBLICAÇÕES DE 16 A 25 DE MARÇO DE 2020

DEMOCRACIA…

Que DEMOCRACIA

Qual DEMOCRACIA

Para que Estado

Para que Direito

Para que POVO

Entre a Massa e a Elite

Entre os Poderosos

E os subordinados

Entre o Povo e os deuses

Entre o estatuto e a realidade

Entre os privilegiados de sempre

E os infinitamente prejudicados

Que Política para que políticas

Quando a DEMOCRACIA

Pelo que assistimos

Ao invés de servir os Povos

Circunscreve-se ao Poder das Elites

Que decidem sem escrúpulos

Sobre a existencialidade Humana

Em função dos seus interesses

Que DEMOCRACIA

Para que Estado de Direito

No nosso Planeta Terra

Alimentado pela Mentira

Que contamina e mata

Mais do que todos os vírus

Encomendados pela Elite Poderosa

Que dirige este nosso Mundo

E que em nome da DEMOCRACIA

E do Estado de Direito

Alega legitimidade

Para decidir por todos nós

Sem o nosso conhecimento

Sem o nosso consentimento

Que DEMOCRACIA é esta

Que para salvaguardar uma Elite

Seus Poderes e Seus Interesses

Tem estado a levar-nos

Consciente ou inconscientemente

Para a Destruição do nosso Planeta

Para a Extinção da Vida Humana

Da Vida de Todos Nós…

PORQUÊ…!?

Certamente questionamos até quando

Como também devemos questionar

Até QUANDO permitiremos isso…?!

Didinho 25.03.2020


RESPEITO E CONFIANÇA

Infelizmente, há muito que perdemos, uns pelos outros, na qualidade de Seres Humanos e Guineenses, o Respeito e a Confiança, enquanto alicerces necessários e desejáveis, quiçá, imprescindíveis, para a promoção de Princípios e Valores de Sustentação de toda e qualquer Relação Humana!

Continuamos a bater no fundo, porque o fundo é, infelizmente, o fim, o nosso fim…enquanto continuarmos a dormir, mesmo de olhos abertos…

Positiva e construtivamente.

Didinho 24.03.2020


MANU DIBANGO – Duala, 12 de dezembro de 1933 – Paris, 24 de março de 2020

Conheci Manu Dibango, pessoalmente, e casualmente, em 1984, em Vlissingen/Holanda.

O navio onde trabalhava, estava atracado nesse porto da Holanda e numa ida à cidade, numa tarde de verão, cruzei- me, casualmente, com alguém, cujo rosto já conhecia, de tão famoso que era, mas, sobretudo de tão marcante que foi sendo, para muitas gerações, não só africanas, mas também, de todo o Mundo.

Manu Dibango em pessoa, que iria actuar nessa noite em Vlissingen!

Como seu fã, de longa data, através da Radiodifusão da Guiné-Bissau, emissora pela qual o conheci, ouvindo seus sucessos musicais, fiz questão de lhe abordar, apresentando-me, dando-lhe a conhecer, ser filho da Guiné-Bissau, facto que mereceu, da sua parte, um aperto de mãos e um forte, longo, caloroso e fraterno abraço, enquanto Africanos e Seres Humanos.

Manu Dibango continuará a ser um dos melhores e maiores Agentes e Expoentes da Criatividade, Sustentação, Valorização e Promoção da Interculturalidade, tendo a Música como Fonte, Espelho e, Reflexo…

Descansa em Paz, Distinto e Saudoso Irmão!

Didinho 24.03.2020

Manu Dibango, jazzman et saxophoniste, à Paris, en mars. GILLES VIDAL / HANS LUCAS


A PROPÓSITO DE DISTANCIAMENTO SOCIAL

É preciso evitar que haja uma interpretação equivocada sobre a conotação entre distanciamento social e exclusão social, face às medidas de prevenção visando o combate ao COVID-19.

O distanciamento social, enquanto medida preventiva, não significa, de modo algum, exclusão social, na forma como todos nós, seres humanos, devemos lidar com o contexto da pandemia do Coronavírus.

De igual forma, a prudência na forma de encarar uma doença à qual, estamos todos sujeitos, não deve servir de suporte para a insensibilidade, para com “o outro”, com base numa alegada e equivocada desconfiança no “outro”.

Ninguém tem a marca do COVID-19 como elemento de identificação, por isso, ainda que tenhamos que ser prudentes, façamo-lo, sim, apenas com base nas decisões/recomendações/instruções, quer da Organização Mundial da Saúde, quer dos Governos de cada País.

A actual conjuntura Mundial implica mais do que nunca, a assimilação/interiorização, do conceito de Humanismo, e do pilar principal que lhe deve sustentar. Estou-me a referir à Solidariedade!

Neste momento preocupante e desafiante para a Humanidade, em que a doença em si, não discrimina, não exclui, ninguém, a melhor e a infinita forma de combatê-la, é fazer das suas fraquezas, nossas forças, e isso passa pela Consciencialização Global, de que:

Ou, estamos cientes da Importância da existência de cada um, como factor para a existência de Todos, num processo de Todos, por Todos e para Todos, estando Todos Juntos, mesmo em modo distanciamento social, para fazermos frente ao Inimigo Comum Global (ICG): COVID-19;

Ou, ignorando a Importância da Vida enquanto Corrente de Transmissão, que suporta a Humanidade, desagregando nossas Estruturas, nossos Pilares, entregamo-nos ao Inimigo Comum Global (ICG): COVID-19.

Fique em casa, cumpra com as medidas restritivas e preventivas decretadas pelas autoridades do País onde vive, e estaremos assim, Todos, a contribuir para o fim do Inimigo Comum Global, o COVID-19, em modo distanciamento social, e não, de exclusão social!

Positiva e construtivamente.

Didinho 22.03.2020


COVID-19

Prevenir e Combater o COVID-19, implica acima de tudo, Conhecimento da Doença, e o devido Respeito por ela;

Assim como, COMPREENSÃO, SENSIBILIZAÇÃO, SOLIDARIEDADE e INCLUSÃO, no tocante ao relacionamento entre Pessoas, Estados e Organizações.

Não devemos permitir espaços para a politização do COVID-19 na Guiné-Bissau!

Didinho 19.03.2020


GUINÉ-BISSAU, COVID-19, POLITIZAÇÃO 

Mais uma tentativa de manipulação/instrumentalização e politização da Sociedade Guineense, por parte do sr. Domingos Simões Pereira.

Qual é o Governo deste nosso mundo com capacidade e competência, se é disso que se trata, para resolver por si só, e de imediato, o Problema COVID-19?

O sr. Domingos Simões Pereira deveria estar calado, ou criticar com profundidade e de forma sustentada, as medidas restritivas tomadas pelas novas autoridades da Guiné-Bissau, apresentando as suas sugestões e, ou soluções, não só para a Guiné-Bissau e os Guineenses, mas para toda a Humanidade, já que, para ele, é uma questão de competência e capacidade.

Até parece que a Guiné-Bissau já registou casos declarados, confirmados, do COVID-19…

Mesmo que isso venha a acontecer, tal como já acontece por quase todo o Mundo, será por falta de competência, de capacidade, dos Governos dos Países onde a doença já prolifera?

Sr. Domingos Simões Pereira, o COVID-19 é algo muito sério sim, para ser politizado.

Seja ao menos, num momento deveras delicado para a Humanidade, em geral, e para a Guiné-Bissau e os Guineenses em particular, solidário para com as medidas restritivas decretadas pelas novas autoridades e, caso tenha sugestões ou críticas para melhorar essas medidas, enquanto filho da Guiné-Bissau, faça-o, positiva e construtivamente, pelo Bem-estar Comum.

Um líder político não se limita apenas ao bota-abaixo, sobretudo, quando a Unidade Nacional é a fortaleza para a defesa contra uma pandemia declarada, neste caso, o COVID-19.

Sr. Domingos Simões Pereira, se não pode ajudar a Guiné-Bissau, não continue a prejudicar o País e todo um Povo, a merecer viver em Paz!

Positiva e construtivamente.

Didinho 19.03.2020

GUINÉ-BISSAU: “O GOVERNO AUTO IMPOSTO NÃO TEM CAPACIDADE, NEM COMPETÊNCIA, PARA RESOLVER O PROBLEMA DO COVID-19” – DOMINGOS SIMÕES PEREIRA


NOTA DE AGRADECIMENTO

Car@s Amig@s, Compatriotas e Amig@s da Guiné-Bissau, aproveito a oportunidade para agradecer a Tod@s, pela Solidariedade manifestada, relativamente ao abominável acto de ameaça de morte e de insultos, expressos, explicitamente, contra a minha pessoa, por alguém que, não merecendo a minha/nossa, resposta, e sem visão do erro que estava a cometer, conseguiu juntar-nos nesta onda de Solidariedade, de Amizade e Fraternidade!

Sem saber, o seu acto repugnante fez com que Guineenses e Amigos da Guiné-Bissau, independentemente das perspectivas políticas e ideológicas de cada um, se unissem à volta dos ideais do Respeito, da valorização e da salvaguarda da Vida Humana; da Liberdade, da Democracia, da Justiça, em suma, do Estado de Direito!

Em 2003 escrevi: ” O medo priva-nos da liberdade”!

Porque constatei na altura que os meus irmãos Guineenses, corajosos que sempre fomos enquanto Povo, tinham perdido a coragem, refugiando-se no medo, ficando assim, reféns dos seus Direitos e das suas Liberdades, face aos políticos e aos governantes da Guiné-Bissau!

Era preciso despertar/sensibilizar consciências, para que o medo deixasse de privar as Liberdades dos Guineenses!

É este caminho que tenho vindo a percorrer, há muito, cada vez com mais Guineenses e Amigos da Guiné-Bissau, que decidiram apostar nas suas Liberdades, em detrimento dos diversos medos, para que o desbravar do mato, venha a permitir a passagem à outra margem, de Todos, incluindo, aqueles que nunca pensaram que há mais caminhos, do que a via ditatorial da “carneirada”…

Muito obrigado a Tod@s, do fundo do coração!

Amigável e fraternalmente, vamos continuar a trabalhar!

Didinho 16.03.2020

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SEMENTE

A morte…
A minha morte
Já não me preocupa
A semente já é raiz
Tronco e folhas
Flores e frutos
Outras mais germinarão
E o vento as levará
Orgulhosa e carinhosamente
A todos os campos da Guiné-Bissau…

Didinho 13.06.2009 – In- Minha Terra, Meu Umbigo

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Quo vadis humanitas?

Nascemos para morrer
Neste Mundo de ninguém
Onde sofremos para viver
Vivendo para sofrer
Construindo sonhos
Do bem e do mal
Da vida e da morte
Destruindo as raízes
Que nos suportam
Ganhando para depois perder
Festejando para depois lamentar
Porque sabemos todos
Neste mundo de ninguém
Que nascemos para morrer
Quo vadis humanitas?

Didinho 25.12.2016 – In – Minha Terra, Meu Umbigo

Eng.º Augusto Ulique

SOLIDARIEDADE PARA COM FERNANDO CASIMIRO – DIDINHO

Boa noite meu caro mano Didinho!

Acabo de ouvir o áudio do sr. Victor Abilio Fonseca Nhaga endereçado à tua pessoa. Só tenho de manifestar-te  a minha solidariedade no combate que há anos estás a enfrentar para o bem e a liberdade total da nossa querida pátria, Guiné-Bissau.

Não leves em consideração a má educação deste senhor que nem quero estar a repetir o seu nome.

O PAIGC e o grupo de alguns dos seus militantes estão nesta altura completamente desnorteados.

O que lhes resta é a baixeza e a má educação.

Didinho, tu fazes parte dos nossos melhores e mais antigos combatentes na idade moderna para libertação da Guiné da tirania de um sistema retrógrado que só serve para pessoas preguiçosas e de mente atrasada.

Por isso, meu mano, não sintas ameaçado por ninguém nem com insultos iguais aos do sr. Victor que nada tem para oferecer a Guiné-Bissau!

Mano, o teu contributo por via de valiosas opiniões assim como informações esclarecedoras, estão a surtir efeito nos guineenses atentos, que almejam a mudança e desenvolvimento na nossa pátria amada.

Vamos dar o último golpe aos preguiçosos mentais que nada querem da nossa querida Guiné-Bissau a não ser intrigas, ameaças e violência contra os progressistas e nacionalistas como tu Didinho, grande patriota, exemplar de todos os tempos!

Agora a minha chamada de atenção ao sr. Victor Abilio Fonseca Nhaga.

As suas ameaças de morte ao cidadão Fernando Casimiro vulgo Didinho, estão bem registadas por nós, amigos e colegas do Didinho.

Se algo acontecer em direcção de tudo que o sr. acaba de recomendar no seu áudio, o sr. Victor será responsabilizado pelos seus actos.

Também lhe faço saber que para além do Didinho ter uma família capaz de levá-lo à justiça, garanto-lhe que o seu áudio será entregue à Polícia Judiciária portuguesa para eventuais investigações.

Garanto-lhe ainda que, mesmo na Guiné-Bissau, onde o senhor se sente mais “dono” ou melhor mais guineense do que os outros, tenho a certeza absoluta de que o vosso regime de impunidade já tem os dias contados.

Para terminar gostaria de alertar aos amigos do sr. Victor Nhaga no Facebook, dotados de uma boa educação de abastecerem-se deste senhor que em nosso bom kriol denominamos de MALTOMADO!

Porque nunca na nossa educação de outrora se permitiu insultos a pais de de uma pessoa a quem não conhecemos.

Evitemos os insultos só porque a opinião contrária não nos favorece. Quem fala da cor de pele é uma pessoa cheia de complexos! A Guiné-Bissau não tem cor de pele, nem grupo étnico.

Força Guiné-Bissau e que Deus abençoe o seu povo!

Eng.º Augusto Ulique

Flensburg/Alemanha –  15.03.2020