O Verso da Moeda  (guineense)

 

Por: Isabel Maria da Costa (Nety) 

08.09.2008

 

 A questão salta-me sempre à vista:

Porque será que para muitos é tão difícil seguir o caminho da verdade mesmo quando o momento é oportuno? Embora nem sempre fácil de encontrar, mas se considerarmos que “A dor da verdade é passageira” tudo torna-se mais simples.

 

É peremptório que cada guineense (como cidadão) assuma ou demarque posições. Os que ainda conseguem resistir a alguma tentação aos pequenos “crimes insignificantes ou inconfessos” e lutam para salvaguardar suas dignidades como sendo exemplares num país quase que hipotético, surgem os fantasmas do passado colocando à prova seus discernimentos e paciência! Os atónicos ou alienados que continuem a ter os bons sonhos nos seus sonos profundos em que estão mergulhados ou adormecidos. Isto porque os “sanguinários” voltam a atacar, dando suas últimas cartadas. Farejando presas fáceis e procurando a todo o custo “ bodes expiatórios “ com a finalidade de os devorar a sangue frio sem dó nem piedade. Para no final virem a ser aclamados com honras, pompas e circunstâncias como se de verdadeiros salvadores da pátria se tratassem, aquando do renascer da “ Nova República”.  

       Que cúmulo! Agora ouvem-se clamores dando satisfação ao povo na ausência de potenciais informações mediante o caos reinante e ausência do respeito de comunhão!

      É óbvio, que a estruturação das bases e a tentativa desenfreada do alistamento nas fileiras do mundo civilizado não se resumem à exclusão de partes por aniquilamento físico ou a manipulação e o encobrimento da verdade única. Sendo que, essas incumbências sadias ultrapassam “as competências” dos jugos letais da guerrilha!

       Não muito distante as culpas e os fracassos patenteavam a firma do General Vieira, mas o que temos vindo a assistir prova a conivência e o pacto entre todos os intervenientes da vida política guineense sem coragem para repudiar a já característica falta de escrúpulos do nosso “ eterno” presidente a não ser, fomentar seu falso ego puritano sob a extensa malha da hipocrisia e da depravação na sua nova missão como “ capataz-mor”.

        É de salientar que a tarefa dos políticos é maximizar resultados positivamente e proporcionar equidade para o bem comum, além disso, o seu cenário não se confina a albergar narcisistas e elites medíocres que procuram reformas douradas ou tentam provar em tempo recorde facetas, operando “milagres”. Os tempos são outros e os métodos têm que se adaptar as novas exigências.

          “O Estado da Guiné-Bissau”  está em dívida para com o seu povo e para com o mundo, mas daí só alguns julgarem merecedores de indemnização por terem sido (ou se calhar até não) co-autores da independência e ou golpes fajutos, revogação!!!

         E a sentença da miséria que o povo cumpre desde sempre não conta?  

        Em resumo, e vergonhosamente, fazem concluir que a arena político-militar da Guiné-Bissau se transformou num circo com tantos protagonistas candidatos a título de “ malabarista do século “, tendo como fiéis espectadores a chamada comunidade internacional, que na maior parte das vezes está hipnotizada face às escandalosas barganhas e psicopatias.

        Prevê-se a construção de uma cadeia de alta segurança parte da iniciativa é de Portugal, a ter em conta os benefícios, possivelmente a normalidade e a ordem não seriam meros desejos ou miragens. Para que finalmente se cumpram as verdadeiras demandas da justiça.

        Lamentavelmente, partimos do princípio de que a sociedade guineense está infestada de incongruências, arbitrariedades, falta de princípios éticos até mesmo no seio da justiça, órgão máximo da representatividade do povo... Os ladrões de galinhas que se cuidem!...

        A questão que se coloca é:  

        Que futuro nos espera?     

        Terá a “selva” da impunidade a justiça que merece?

       Se bem que, coroar a impunidade sem dar a cara é admitir a podridão da mente, do coração, enfim, a podridão da alma! 

       Portanto, é necessário instrumentalizar, trabalhar e moldar os defeitos, isto é, quando na generalidade operar a tomada de consciência, é claro!

 

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