Trata-se de um bando 
sem mente!
 
 
Edson Incopté  
edson_incopte@hotmail.com
07.04.2009
 Suponho 
muitos filhos da Guiné-Bissau estejam nesta altura com as mesmas questões que 
eu. Questões que por mais que se coloquem hipóteses, por mais que se procurem 
esclarecimentos, nunca se hão-de esclarecer na totalidade. Essas questão são 
nada mais, nada menos que:
Suponho 
muitos filhos da Guiné-Bissau estejam nesta altura com as mesmas questões que 
eu. Questões que por mais que se coloquem hipóteses, por mais que se procurem 
esclarecimentos, nunca se hão-de esclarecer na totalidade. Essas questão são 
nada mais, nada menos que:
O motivo que tem levado os 
filhos da Guiné a recusarem as oportunidades para o desenvolvimento? 
Será que existirá sempre um 
bando de atrofiados sem mente para recusarem aquilo que a maioria deseja?
Será que o povo Guineense 
nunca irá acertar nas suas escolhas?
Quando é que o povo Guineense 
irá ver as suas expectativas concretizadas em relação a alguém, em que tenha 
depositado a sua total confiança?
Alguma dessas perguntas tenho 
a certeza que nem mesmo os melhores filósofos que o mundo conheceu conseguiriam 
responder! Porque para mim, o que estamos a assistir na Guiné-Bissau ultrapassa 
qualquer incompetência, ultrapassa qualquer falta de vontade, ultrapassa 
qualquer ganância ou fome pelo poder. Nem se justifica simplesmente com a 
palavra maldade! 
Conta-se que o Hitler sofria 
de uma doença chamada neurosífilis, doença essa que provoca mudanças 
bruscas de humor e paranóia. Num caso mais grave, era capaz de levar o 
indivíduo à loucura. Eu sei que esta doença hoje é curável, ao contrário na 
altura. Mas como qualquer outra doença, só é curável quando detectado e com a 
vontade do doente. Alguém já colocou a hipótese de muitas personalidades da 
nossa praça sofrerem de algo semelhante?
Caso ainda não se tenha 
colocado essa hipótese, está na altura de fazê-lo. Pois a maldade desse bando 
sem mente tem que ter alguma justificação, tem que ter alguma fonte e essa fonte 
não pode ser somente a vontade de vingar em inocentes barbaridades sofridas ao 
longo da ditadura Ninista. Inocentes, porque afinal quem mais sofre com tudo o 
que está a acontecer é o povo da Guiné-Bissau! Que não consegue colocar a cabeça 
no travesseiro e dormir um sono tranquilo. Tudo isso porque há um grupo de 
pessoas medíocres que se julgam mais filhos que os seus irmãos.
Onde vamos parar com tamanhas 
barbaridades que estão a suceder na nossa pátria amada? Se ninguém hoje pode 
formular e divulgar uma opinião, para que seja chamado a responder por ela nos 
termos da lei, caso seja necessário; se os próprios dirigentes não respeitam a 
constituição; se a violência é utilizada como a única forma de resolver tudo e 
qualquer problema; se alguém é espancado por contestar o bando sem mente, enfim…
Quando a todos esses “ses” 
altamente negativos, se junta uma dívida do primeiro-ministro para com o senhor 
Zamora Induta, então quem ousa perguntar a este onde se encontrava na madrugada 
do assassinato do Presidente da República, João Bernardo Nino Vieira?!
Porque a ser verdade que o 
primeiro-ministro ligou ao senhor Zamora nessa madrugada e este lhe terá 
aconselhado a não ir ao encontro do Presidente da República e a ser igualmente 
verdade que este teve a capacidade de mobilizar cerca de 60 homens para reforçar 
a segurança na casa do primeiro-ministro, na minha óptica só estes dois actos 
são mais do que suficientes para perguntar ao senhor Zamora Induta onde estava e 
que providência tomou além de enviar homens para a casa do primeiro-ministro! É 
caso para perguntar ao senhor primeiro-ministro Carlos Gomes Jr. se não colocou 
a seguinte pergunta ao Zamora por telefone: “ O que vais fazer agora?” É facto 
ainda para confirmar com os 60 homens onde deixaram o Zamora e se com ele não 
estavam outros homens que possam depois ter partido para a casa do Presidente da 
República, tendo atenção a qualquer incoerência no depoimento dos mesmos.
Que chatice meus irmãos… 
acabei que perceber que essas diligências teriam sentido num país normal, o que 
não é o caso!
Estamos juntos!