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Sopra gli ultimi 
avvenimenti in Guinea   
Matteo Candido 
* 
20.04.2012 
 
 
 
  Leggendo 
gli interventi contrapposti  di giuristi, apparsi sui vari siti di lingua 
portoghese, riguardo alle vicende legate alle elezioni presidenziali, anche a 
me, come a tanti altri, appare lampante  la violazione della Costituzione e 
della Legge Elettorale da parte del candidato Cadogo. Il quale però, con 
l’aapprovazione  della Commissione elettorale e della Suprema Corte  di 
Giustizia, è rientrato nella legalità. E fu la mancata maggioranza richiesta al 
1° turno a impedire la sua elezione a Presidente della Guinea. Gli altri 
candidati non hanno riconosciuto però neppure la sua prima vittoria, che è stata 
bloccata poi definitivamente dal rifiuto di Kumba Jala di partecipare al 2° 
turno. Durante questo impasse, è sopraggiunto il comportamento poco chiaro della 
missione angolana MISSANG che ha insospettito l’Esercito guineano, che ha 
sospettato accordi segreti tra angolani e politici locali. Ciò deve aver 
irritato Cadogo, al punto di riprendere la carica da cui si era autosospeso,  
per inviare -senza passare dal Parlamento- una richiesta all’ONU perché fosse 
inviata in Guinea una forza multinazionale. Ciò esautorava di fatto l’esercito 
del posto, Il quale  fu costretto a difendersi, arrestando gli nemici primi 
della sua sopravvivenza, i responsabili massimi della politica guineana. 
Di fronte a questi semplici fatti, la ‘veemente’ protesta da 
parte delle autorità internazionali contro i militari e l’ingiunzione ad essi di 
ritirarsi in caserma e di far riprendere la tornata elettorale - lo hanno fatto 
da poco ( e i testi si trovano sul sito ‘Ditadura do consenso’) anche la 
‘Associaçao de estudantes da Guinè-Bissau de Lisboa’, la ‘Liga guineense dos 
direitos humanos’, il ‘Movimento nacional da sociedade civil para a Paz, 
Democrazia e Desenvolvimento’-  risulta, anche se scontata, generica e poco 
rispondente alla situazione. Più centrata e concreta è apparsa, invece,  la 
presa di posizione del ‘Forum para Desenvolvimento Solidario’, (vedi sito 
didinho) che non trascura la situazione concreta che precede l’intervento dei 
militari. Intervento parso ovvio, trattandosi della loro sopravvivenza e non già 
di intromissione in questioni elettorali.  
Il comportamento finora dimostrato dai militari è apparso 
moderato. Non c’è stato nessun morto e le diverse intemperanze militari su 
abitazioni e cose sono state fermamente condannate dal loro portavoce, che le ha 
imputate ad indiscipline interne da definitivamente eliminare. Il portavoce, 
colonnello Daba na Walna è apparso nei suoi interventi corretto e competente e 
gli otto articoli, molto dettagliati, dell’accordo siglato, fra militari e tanti 
politici d’opposizione, per far ripartire la politica e l’amministrazione civile 
con un Governo di transizione,  non possono che essere valutati positivamente. 
Specie per il coinvolgimento, nelle future elezioni già programmate, di tutti 
gli aventi diritto al voto, compresi i guineani della diaspora. Cosa finora mai 
concessa. (Il testo dell’accordo si può trovare nel sito di didinho) 
A queste considerazioni su una 
situazione che -va detto chiaramente- non può essere sistemata in poco tempo, 
vorrei aggiungere alcuni pensieri che guardano le cose più a fondo. I popoli 
africani non dovrebbero considerare la sistemazione socio-politica 
dell’Occidente come la migliore. I bianchi hanno raggiunto tale forma statale in 
mezzo millennio, dopo ingiustizie e guerre sanguinose.  Non possono quindi 
essere  installate in pochi decenni, come si è preteso finora, in territori e 
popolazioni, dalle tradizioni tanto diverse dal mondo occidentale. 
La sistemazione politica 
occidentale non è da disprezzare, ma va ricordato che è uscita dalla Rivoluzione 
Francese, rifiutata poi dal marxismo che l’ha sostituita con il comunismo di 
stato. Ora a questo è subentrata la società del consumismo, che si pretende 
democratica, e ad essa si vuole che tutto il mondo si uniformi, ripudiando ogni 
tradizione anteriore.  Ma essa è proprio un miglioramento per la società e per 
l’uomo? Quello che c’era prima della rivoluzione francese e quello che c’è nelle 
tradizioni africane è proprio tutto da buttar via?  
Matteo 
Candido  
* 
Pedagogo italiano, amigo da Guiné-Bissau.   
		
			
			
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	A propósito dos últimos 
	acontecimentos na Guiné
 Tendo lido pronunciamentos divergentes de juristas, em diversos sítios de 
	língua portuguesa, sobre aspectos relacionados com as eleições 
	presidenciais, para mim, como para muitos outros, parece evidente ter havido 
	violação da Constituição e da Lei Eleitoral, por parte do candidato Cadogo.
	
	
	Que, no entanto, com a aprovação da sua candidatura pela Comissão Eleitoral 
	e pelo Supremo Tribunal de Justiça, se encaixou na legalidade. 
	
	Foi a ausência da maioria de votos exigida na 1ª volta, que evitou a  
	sua eleição como Presidente da Guiné. 
	
	Os outros candidatos não reconheceram sequer a sua primeira 
	vitória, que foi finalmente bloqueada pela recusa de Kumba Jala em 
	participar na 2ª volta.
 
	
	
	Durante este impasse, presume-se ter havido um comportamento 
	pouco claro por parte da missão angolana  - MISSANG que motivou 
	desconfiança no exército guineense e a suspeição da existência de um acordo 
	secreto entre angolanos e políticos locais. 
	
	Isso deve ter irritado Cadogo, a ponto de retomar uma posição que tinha sido 
	auto-suspensa, para enviar - sem passar pelo Parlamento, um pedido à ONU de 
	envio de uma força multinacional para a Guiné. 
	
	Esta acção desautorizava na verdade, o exército das suas 
	funções, sendo forçado a defender-se, prendendo os que considerou como 
	principais inimigos da sua sobrevivência, os responsáveis máximos da 
	política guineense. 
	
	
	Diante desses fatos simples, há um protesto "veemente" por 
	parte de autoridades internacionais contra os militares, exigindo-se-lhes o 
	regresso aos quartéis, de forma a ser retomado o processo eleitoral - foi 
	feito recentemente (os textos alusivos podem ser encontrados no sítio 
	
	
	"Ditadura do Consenso"), através de comunicados da " Associação dos 
	Estudantes da Guiné-Bissau em Lisboa", da "Liga Guineense dos Direitos 
	Humanos", do "Movimento Nacional da Sociedade Civil para a Paz, Democracia e 
	Desenvolvimento" - resultado: embora se compreenda, no geral, são posições 
	um pouco desajustadas à actual 
	situação. 
				 
	
	
	Mais concentrada e concreta pareceu, no entanto, a posição do 
	"Fórum para o Desenvolvimento Solidário", (veja no site Didinho) que não 
	negligenciou a situação prática que precedeu a intervenção dos militares.
	
	
	A intervenção militar tornou-se óbvia, uma vez que se tratava 
	da sua sobrevivência e não, pela simples vontade de intrometer nos assuntos 
	eleitorais. 
	
	
	O comportamento demonstrado pelos militares até agora tem 
	parecido moderado. 
	
	Não houve mortos e os excessos militares, incluindo distúrbios em algumas 
	habitações, têm sido fortemente condenados pelo seu porta-voz, que atribuiu 
	essas atitudes à indisciplina interna por excluir permanentemente. 
	
	O porta-voz, coronel Daba na Walna demonstrou durante as suas intervenções 
	uma postura correcta e eficiente e os oito pontos, muito detalhados, do 
	acordo assinado entre os militares e políticos da oposição com vista à 
	partilha da administração civil e política, através de um Governo de 
	Transição, só pode ser avaliado de forma positiva. Há que destacar a 
	referência sobre a participação 
	
	em futuras eleições já agendadas, de todos os eleitores, incluindo a 
	diáspora guineense. O que até 
	agora não tinha acontecido. 
	(O 
	texto do acordo pode ser encontrado no sítio do Didinho)
 Para estas considerações sobre uma situação que - tem que ser dito 
	claramente - não pode ser resolvido num curto espaço de tempo, gostaria de 
	acrescentar algumas reflexões no intuito de se olhar para as coisas mais 
	profundamente. 
	
	Os povos africanos não devem considerar o arranjo sócio-político do Ocidente 
	como o melhor. 
	
	Os brancos chegaram a esta forma de Estado em meio milênio depois de 
	sangrentas guerras e injustiças. Por conseguinte, não 
	pode ser instalado no espaço de algumas décadas apenas, como tem sido 
	pretendido até agora, em territórios e povos, de tradições tão diferentes do 
	mundo ocidental.
 
	
	
	O acordo político ocidental não deve ser desprezado, mas 
	lembre-se que emergiu da Revolução Francesa, em seguida, rejeitada pelo 
	marxismo, que o substituiu com comunismo. 
	
	Agora, esta foi substituída pela sociedade de consumo que se diz 
	democrática, e que quer que o mundo todo seja uniforme, repudiando qualquer 
	tradição anterior. 
	
	Mas isso é propriamente uma melhoria para a sociedade e para a humanidade? 
	Do 
	que havia antes da Revolução Francesa e do que existe na tradição Africana 
	não se aproveita nada, ou seja, é tudo para deitar fora? 
	
	
	Matteo Candido20.4.12
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