É 
	Natural que se conceda aos homens (e mulheres) que compõem o Governo 
	da Guiné-Bissau o benefício de favorável preconceito. 
	
	Todavia:
 
	
	Saberão traduzir em factos, as aspirações, o sonho, a esperança para um 
	amanhã melhor do nosso quase descrente Povo? 
	Mesmo 
	se detentores de pergaminhos académicos - que só não chega -, irão, numa 
	sinfonia se possível harmoniosa, se compenetrar, mesmo se devagar  sem 
	precipitações,  dos males que têm gangrenado o comportar dos Governantes que 
	se sucederam durante 40 anos?? E que deixaram o País na situação em que 
	está??
 
	O 
	Partido dominante e seu congénere em segundo lugar que foram ontem as forças 
	destruidoras de duas senão três gerações, saberão fugir do demónio que os 
	têm assaltado?
	Será 
	que basta dizer "estamos frente a gente nova, nada a ver com o 'passado' " 
	para que tudo se dissipe? 
	E a 
	máquina dos seus Partidos  enferrujados, emperrados, anacrónicos, lhes 
	deixarão entrar na senda do progresso, na era do modernismo e de  trabalho 
	inteligente??
 
	E o 
	factor maior de quantos desequilíbrios, as Forças Armadas? Alma danada da 
	nossa vida! Principal foco de crimes e de anarquia acentuado com a ausência 
	dum Governo Civil Forte estável?
	
	Problema não somente da Senhora Ministra responsável pela defesa da nossa 
	Soberania mas também, e sobretudo, do Senhor Presidente da República garante 
	da Constituição, como do Primeiro Ministro. 
	
	Submeter-se-ão (os militares) estoicamente às "dores" de inevitáveis 
	reformas que devem ser operadas no seu seio? Tout un programme !!!
 
	Os 
	dramas e as tragédias da luta e de  40 anos de Independência, nos ensinam 
	que o Povo não pode de mão beijada, confiar agora o seu destino aos mais 
	legítimos por ele designados, sem contudo estar na postura dum leão se 
	adormecendo só dum olho!  
 
	Será 
	que finalmente com o sacrifício supremo de Amilcar CABRAL, 40 anos depois, 
	começará a ver-se despontar um raio de luz?
	Que 
	Deus abençoe o nosso País e inspire o caminho do bem aos seus novos 
	Governantes.