Incapacidade ou 
Conformismo?
 
Por: 
Edson Incopté
 
12.02.2008
 
  Esta 
pergunta veio na sequência de uma conversa minha com uma amiga que está de 
momento na Guiné, e em que eu perguntava à pessoa como está a nossa querida 
terra, ao que ela respondeu: “Normal, estamos aqui na mesma “lengalenga” de 
sempre à espera de dias melhores.” Para mim isto não é só incapacidade, mas 
sim, um conformismo excessivo! Os guineenses não podem ter esse espírito, porque 
esse não é o espírito que nos vai levar a algum lado! Nem foi o espírito que 
tiveram os que lutaram pela libertação da pátria. Temos inúmeros problemas no 
nosso chão, sim temos! Mas vamos encará-los de frente para que sejam resolvidos, 
não é com certeza a fazer-nos de coitadinhos que os vamos conseguir resolver. É 
preciso trazer de volta aquele patriotismo e aquele espírito encarnado pelos 
combatentes de libertação da pátria, mesmo que alguns tenham-no mudado ao longo 
de suas vidas. Os guineenses em geral, mas ainda mais os jovens, têm de 
recuperar aquele que é talvez o bem mais precioso que Cabral nos deixou, que é a 
coragem. Coragem para soltar do nosso interior tudo aquilo que nos incomoda, 
para por cá fora tudo aquilo com que não concordamos, só assim poderemos sair 
dessa passividade em que nos encontramos entalados.
Esta 
pergunta veio na sequência de uma conversa minha com uma amiga que está de 
momento na Guiné, e em que eu perguntava à pessoa como está a nossa querida 
terra, ao que ela respondeu: “Normal, estamos aqui na mesma “lengalenga” de 
sempre à espera de dias melhores.” Para mim isto não é só incapacidade, mas 
sim, um conformismo excessivo! Os guineenses não podem ter esse espírito, porque 
esse não é o espírito que nos vai levar a algum lado! Nem foi o espírito que 
tiveram os que lutaram pela libertação da pátria. Temos inúmeros problemas no 
nosso chão, sim temos! Mas vamos encará-los de frente para que sejam resolvidos, 
não é com certeza a fazer-nos de coitadinhos que os vamos conseguir resolver. É 
preciso trazer de volta aquele patriotismo e aquele espírito encarnado pelos 
combatentes de libertação da pátria, mesmo que alguns tenham-no mudado ao longo 
de suas vidas. Os guineenses em geral, mas ainda mais os jovens, têm de 
recuperar aquele que é talvez o bem mais precioso que Cabral nos deixou, que é a 
coragem. Coragem para soltar do nosso interior tudo aquilo que nos incomoda, 
para por cá fora tudo aquilo com que não concordamos, só assim poderemos sair 
dessa passividade em que nos encontramos entalados.
	
 
	
Temos 
todos que perceber que sem coragem não se faz nada na vida, pois até os piores 
homens da história da humanidade, homens esses que cometeram as maiores 
barbaridades, caso de alguns do nosso país, precisaram de coragem para o fazer. 
Perceber também que no mundo não existe espaço para covardes. A história fala 
dos bons e dos maus, pessoas que tomaram boas ou más decisões, mas nunca fala 
daqueles que se esconderam na altura de tomarem as decisões importantes. Que é o 
que parece estar a acontecer na nossa terra, as pessoas estão demasiado 
passivas, sentadas à espera de nada e de tudo! Hoje vejo os meus irmãos sem 
sonhos, sem ambição, sem a mínima vontade de lutarem por aquilo que lhes 
pertence e sem luta não se chega a nenhum porto seguro. É necessário lutar mesmo 
que para isso tenhamos que nos expor ao risco, pois quando a causa é nobre e 
necessária não há nada no mundo que nos consiga deter! Mas quando assistimos a 
tudo de cabeça baixa com medo de reagir para não sofrermos represálias a nossa 
vida perde todo e qualquer sentido, sendo que, acabamos por morrer na mesma! 
Pois quando a nossa vida deixa da fazer sentido, é mesmo que não viver. 
	
 
	
Guineenses meus irmãos, vamos 
acordar para a realidade, vamos lutar para ter o nosso destino nas mãos e 
paremos de assistir a tudo passivamente, deixando tudo nas mãos de Deus, até 
porque o Senhor só nos pode ajudar quando iniciarmos a nossa obra, quando 
tivermos coragem para dar aquele grito de trovão, 
para soltar aquele grito de revolta, aquele grito que ecoará 
pelos vales mais longínquos da Terra, que atravessará mares e oceanos, que 
Trespassará os Himalaias de todo o Mundo, que não respeitará fronteiras e fará 
vibrar o nosso peito e os peitos de todos os Homens.
Tal como Cabral fez!
 
 Edson Incopté 
Si nô djunta mon, nô na tchiga!