A SAÚDE DOS GUINEENSES NA GUINÉ E NA 
DIÁSPORA
Prof. Joaquim Silva Tavares (Djoca)
  
MD, FACP, 
FCCP, FAASM, European 
Diplomate in Intensive Care
  
joaquim.tavares15@gmail.com
  
14.08.2014
 
O VÍRUS ÉBOLA
Para os que não têm acesso ao New England Journal 
of Medicine, fiz um sumário deste artigo que saiu hoje e que acabei de devorar!
Algumas partes, como o porquê da falta de contenção, não concordo totalmente, e 
evitei incidir-me sobre o assunto!
Desde 
princípios do ano 2014, o Vírus Ébola (EBV) já causou mais de 1000 mortes 
(Guiné-Conakry: 373 mortos de 506 casos; Libéria: 323 mortos de 599 casos; Serra 
Leoa: 315 mortos de 730 casos e recentemente a Nigéria :2 mortos de 13 casos)!
O primeiro caso de EBV foi descrito em 1976 em Yambuku, Zaire e em Nzara, Sudão 
do Sul.
É um 
vírus RNA da família Filovirus!
O nome 
vem do rio Ébola, no Zaire.
Há 5 tipos:
1 - Ébola Zaire
2 - Ébola Bundibugyo
3 - Ébola da Floresta Tai
4 - Ébola Sudão
5 - Ébola Reston
Este 
último, até agora, não parece que causa doença nos humanos.
A mortalidade varia entre 25 a 90%, sendo o mais letal o Ébola Zaire.
A variante atual é 97% parecida com o Ébola Zaire ( cuja mortalidade era de 
90%); mas a mortalidade desta nova variante é de menos de 60% (mais meios de 
contenção?).
O reservatório parece estar no mundo animal (doença zoonótica)!
O 
principal suspeito parece ser o fruit bat (morcego)!
O ser humano contrai o vírus por contacto directo com tecido e fluidos de 
animais infectados .
Não se 
transmite de pessoa a pessoa através do ar (tosse) ou contacto casual .
Um forma de transmissão parece vir da prática de lavar cadáveres que tradições 
ainda impõem!
Pode-se 
transmitir através das fezes, vómito e sangue.
O período de incubação é entre 5-7 dias, mas pode variar entre 2-21 dias.
A análise de sangue fica positiva 1 dia antes dos sintomas começarem a aparecer.
Sintomas: 
máculas, pápulas, febre, astenia!
Hemorragias vê-se em menos de 50% de casos
No exame ao sangue, há elevação das funções hepáticas, há linfopenia e baixas 
plaquetas.
O tratamento é de suporte:
Isolar o doente num quarto (quem entra, só com batas de contacto, luvas, 
proteção para a face, cabelo, sapatos);
Hidratação;
Monitorização dos sinais vitais;
Um tratamento experimental: Zmapp (mistura de anticorpos de ratos injectados com 
soros de homens infectados pelo Ébola)
O Instituto Nacional de Saúde está a tentar desenvolver uma vacina que já está 
na fase 1 de investigação!
																									
		
		
		
		
		
																																															
				
		
				
				
																																															
				
																																															
				
		
		
		
																									
		
		
																																															
		
				
   http://www.nejm.org/na101/home/literatum/publisher/mms/journals/content/nejm/0/nejm.ahead-of-print/nejmp1409494/20140813/images/large/nejmp1409494_t1.jpeg
http://www.nejm.org/na101/home/literatum/publisher/mms/journals/content/nejm/0/nejm.ahead-of-print/nejmp1409494/20140813/images/large/nejmp1409494_t1.jpeg
		
		
		
		
		
																																															
				
		
				
				
																																															
				
																																															
				
		
		
		
																									
		
		
																																															
		
				
   http://www.nejm.org/action/showImage?doi=10.1056/NEJMp1409494&iid=f01
http://www.nejm.org/action/showImage?doi=10.1056/NEJMp1409494&iid=f01
																									
		
		
		
		
		
																																															
				
		
				
				
																																															
				
																																															
				
		
		
		
																									
		
		
																																															
		
				
   https://www.google.pt/search?q=fruit+bat&ie=UTF-8&oe=UTF-8&hl=en&client=safari&gfe_rd=cr&ei=1XvsU6KiJuLe8ge4noGIDQ#facrc=_&imgrc=8HcFI5wDSTkhbM%253A%3Bundefined%3Bhttp%253A%252F%252Fupload.wikimedia.org%252Fwikipedia%252Fcommons%252F5%252F50%252FLesser_short-nosed_fruit_bat_(Cynopterus_brachyotis).jpg%3Bhttp%253A%252F%252Fen.wikipedia.org%252Fwiki%252FLesser_short-nosed_fruit_bat%3B280%3B180
https://www.google.pt/search?q=fruit+bat&ie=UTF-8&oe=UTF-8&hl=en&client=safari&gfe_rd=cr&ei=1XvsU6KiJuLe8ge4noGIDQ#facrc=_&imgrc=8HcFI5wDSTkhbM%253A%3Bundefined%3Bhttp%253A%252F%252Fupload.wikimedia.org%252Fwikipedia%252Fcommons%252F5%252F50%252FLesser_short-nosed_fruit_bat_(Cynopterus_brachyotis).jpg%3Bhttp%253A%252F%252Fen.wikipedia.org%252Fwiki%252FLesser_short-nosed_fruit_bat%3B280%3B180
Referências:
1 - NEJM-august 13,2014
2 - Lancet 2001; 377:849-862
Joaquim Tavares, MD, FACP, FCCP, FAASM,
European 
Diplomate in Intensive Care