Patriotismo à venda!
 
Por: 
Edson Incopté
 
02.02.2008
 
  Fica até 
feio escrever um título destes, mas na verdade, é isso que tenho assistido ao 
longo últimos anos; destes últimos anos, principalmente a nível futebolístico, 
onde cada vez mais, vejo compatriotas meus "venderem a bandeira", porque 
patriotismo, posso dizer, nunca  o sentiram!
Fica até 
feio escrever um título destes, mas na verdade, é isso que tenho assistido ao 
longo últimos anos; destes últimos anos, principalmente a nível futebolístico, 
onde cada vez mais, vejo compatriotas meus "venderem a bandeira", porque 
patriotismo, posso dizer, nunca  o sentiram!
	
 
	
Neste 
momento com a Taça de África (CAN) a ser disputado, não deixo 
de pensar no assunto, pois vi lá selecções como as do Benim, Namíbia 
e Sudão, que considero que não serem melhores do que nós se nos unirmos e 
trabalharmos em vez de vendermos a nossa bandeira. Não estou com isso a julgar 
ou crucificar quem tenha optado por outros caminhos, até porque, quem sou eu 
para tal coisa. Mas considero que se o nosso governo fizer o seu trabalho 
organizacional a nível desportivo em geral e  futebolístico, em particular, 
teremos bons resultados nesse campo. É preciso que alguém com alguma influência 
na área tome a iniciativa de dar um “abanão” à nossa ministra da juventude e do 
desporto de modo a convencê-la a apostar e investir nesta área, porque temos 
valor.
	
 
	
É uma 
questão de trabalho e de sensibilização dos jovens valores, no sentido de lhes 
mostrar que, vale a pena vestirem a camisola do país, mesmo não ganhando muito 
dinheiro com isso, pois, trata-se de uma questão de patriotismo!
	
 
	
Mas, 
infelizmente, continua a haver casos como os do Edinho, 
falo nele porque quando foi convocado para a Taça Amílcar Cabral 
respondeu que preferia esperar pela sua oportunidade de jogar pela selecção 
portuguesa, falo no Edinho assim como podia falar 
em Yannick Djaló, Ivanildo,
Edmilson, Ricardo Vaz Té,
Vasco Fernandes, Cícero
Semedo, Mendy em 
França ou até do meu próprio primo Zezinando, 
enfim… se continuar não acabo hoje. 
	
 
	
Podem até 
dizer-me que estes jogadores todos que citei, são jovens e que não têm 
maturidade para mudar ou carregar os destinos de uma nação, o que nego, pois 
podemos ver o caso de Obi Mikel que é hoje um dos 
melhores e mais influentes jogadores da Nigéria, mas que no entanto, só 
tem 18 anos o que não lhe impede de sentir a camisola que veste. 
 
Repito mais uma vez: não estou a julgar 
ou crucificar ninguém até porque são jogadores que me inspiram a continuar a 
jogar e a trabalhar para um dia jogar tão bem como eles. Mas é preciso olhar 
para estes casos para assim sensibilizar outros jovens que poderão seguir o 
mesmo caminho. É preciso que o nosso governo aposte nesse sector sem receios 
pois penso, já está à vista de todos que temos material humano, mas é necessário 
criar condições de trabalho para a garantia de melhores resultados no futuro, 
porque o futebol também pode ser um caminho para o desenvolvimento. 
 
Estes jovens têm de perceber que um é 
pouco, mas que nenhum é nada. Não é a pensar que sozinhos não podem fazer nada 
ou que não há organização, que vamos conseguir fazer alguma coisa pelo nosso 
país, pois quando há vontade, consegue-se organizar bem as coisas!
  
  
						
						
VAMOS CONTINUAR A 
TRABALHAR!
	
Associação
Guiné-Bissau 
CONTRIBUTO
 
associacaocontributo@gmail.com
www.didinho.org