| 
	
	
 
  
	
	 DEPUTADO 
	DA NAÇÃO 
	  
	
		Não é bom que tenhamos deputados que não tenham noção do valor dos nossos recursos naturais! 
	 
	
  
	
	M’bana N’tchigna
	
* 
	
	
mbatchi@yahoo.com.br 
						
	
    30.06.2013 
	
	
 Nunca 
	falei deste assunto desde 2011. Mas hoje em poucas palavras quero que 
	reflitam comigo sobre isso. 
	 
	Em 2011 quando estava na Guiné Bissau, um dos 
	deputados falou no parlamento algo que me deixou preocupado em relação aos 
	nossos representantes no parlamento.  
	Transcrevo o que ele disse na altura: “No ka bim li pa diskuti na parlamentu 
	kusas de brincadera. No kasta li pa diskuti sobri kumida de santchus.” 
	Traduzindo:  
	“Nós não viemos aqui para discutir no parlamento coisas banais. Não estamos 
	aqui para discutir sobre comida dos macacos.” 
	 
	A frase entre aspas era de um deputado da nação guineense eleito pelo povo 
	para nos representar no parlamento. O mesmo estava a debochar sobre a 
	exploração ilegal da fruta de fole pelos comerciantes senegaleses no litoral 
	da nossa terra. A questão que se discutia no parlamento era sobre a 
	vulnerabilidade da nossa fronteira, o que permitia com que o fole fosse uma 
	das frutas que estava sendo importada ilegalmente para o Senegal. Do país 
	vizinho, Senegal chegavam embarcações até a praia de Varela onde dessa 
	trepadeira eram arrancados seus frutos pelos comerciantes senegaleses.  
	 
	Alguns moradores de Varela vendo aquela situação fizeram a denuncia para que 
	a autoridade competente tomasse providência que protegesse a nossa fronteira 
	e que  impedisse a exploração ilegal dos nossos recursos naturais. 
	Dessa forma o assunto foi parar no parlamento guineense para ser discutido. 
	 
	Dessa feita, um deputado decidiu pronunciar de forma debochada, que 
	mencionei acima, sobre o assunto. Quando eu ouvi o pronunciamento do 
	deputado pela rádio fiz esta pergunta a mim mesmo: Até quando continuaremos 
	“dormindo” e sem sabermos o que nos pertence e aos macacos ...?  
	
	Será que saberemos um dia valorizar o que é 
	nosso...? 
	Portanto, analisando bem a questão eu acredito que um deputado como o do 
	exemplo mencionado, que ignora os nossos recursos naturais, não é digno de 
	nos representar no parlamento. Um deputado assim; das duas uma é certa: Não 
	sabe valorizar a pátria ou não faz a mínima ideia do que é considerado 
	recurso natural duma nação. 
	
	Por isso vejo que temos muito ainda que 
	aprender. Não podemos permitir que pessoas que não tenham noção do que é 
	tido como valor nacional, que não defendem o que é tido como interesse 
	nacional, nos representem no parlamento.  
	Nas próximas eleições, não permitamos que este tipo de pessoas sejam 
	deputados, basta para isso, não votar neles, não elegê-los como deputados! 
	
	Entendam bem, não se exige a eleição dos que 
	sabem ler e escrever. Se pudéssemos ter todos os deputados alfabetizados, 
	melhor ainda. Mas creio que podemos ter deputados analfabetos, porém sábios 
	e competentes para nos representar no parlamento. Pois não adianta termos 
	deputados com títulos de doutores, mas que cometem erros graves como muitos 
	têm cometido.  
	
	O que queremos é que o parlamento guineense 
	possua deputados que saibam fazer leitura e interpretação correta dos fatos 
	que dizem respeito à nossa pátria. Que nos permitam avançar!  
	
	Estamos a falar de pessoas idóneas que saberão 
	o que fazer com a confiabilidade que o povo guineense vier a depositar 
	nelas. Que nós, eleitores, tenhamos a sabedoria em votar nos candidatos a 
	deputado que nos possam representar condignamente e que defendam a nossa 
	floresta com tudo que ela possui como riqueza, seja ela significante ou 
	insignificante. 
	Reflitamos sobre as próximas eleições, para evitarmos repetir os erros do 
	passado! 
	
	
	M’bana N’tchigna 
	
	
	
		
	
	* 
		
	
	Licenciado em Filosofia e bacharel em Teologia 
	  
    
	
    
	
     COMENTÁRIOS 
	AOS DIVERSOS ARTIGOS DO ESPAÇO LIBERDADES  
   
  	
  	
  
VAMOS CONTINUAR A 
TRABALHAR! 
www.didinho.org 
	
				
    
      
      
        | 
         
        
        
		
		   
		
		
        CIDADANIA  
		
        -  DIREITOS HUMANOS  
		- 
		
		 DESENVOLVIMENTO SOCIAL  | 
         
     
	 
	
  
 
     
						
			 |