De onde vem a Mudança?
 
 
Por: 
Edson Incopté
 
24.01.2008
 
 A pergunta que hoje faço a 
todos os Guineenses, é de onde vem a mudança? Ou de onde começa? Talvez muitos 
respondam aquilo que eu já respondi milhares de vezes, que a mudança vem dos 
governantes, dos que representam o povo. Mas já vimos que estes nunca vão mudar! 
E tal como foi dito pelo Cristo Senhor: quando o sal não salga, a solução é 
deitada fora para que seja arranjada outra com mais substância e virtude.
A pergunta que hoje faço a 
todos os Guineenses, é de onde vem a mudança? Ou de onde começa? Talvez muitos 
respondam aquilo que eu já respondi milhares de vezes, que a mudança vem dos 
governantes, dos que representam o povo. Mas já vimos que estes nunca vão mudar! 
E tal como foi dito pelo Cristo Senhor: quando o sal não salga, a solução é 
deitada fora para que seja arranjada outra com mais substância e virtude.
	
 
	
O povo guineense tem que começar a sentir a 
mudança dentro de si. A mudança tem que emergir do povo sobretudo na 
mentalização da consciência do poder que possui entre mãos escolhendo seus 
representantes.
	
 
	
Temos de começar a acreditar firmemente na 
esperança. Mas não com isso fazer o que temos feito até aqui, que é esperar pela 
esperança. Pois parece que todos acreditamos, todos dizemos que a nossa terra um 
dia vai mudar. Mas quando? 
 
	
	Mudar para melhor, mas nenhum de nós toma a iniciativa de 
ir ao encontro da mudança, mais sim esperar por ela bem sentado onde se está. 
Como faz a maioria dos jovens guineenses que passam o dia sentados a beber vinho 
de cajú ou de palma conformados da vida.  
 
	
	Está na hora de tomarmos nós a iniciativa de mudar o país e 
não ficarmos à espera que a cabeça de certas pessoas mude. Parece que os 
guineenses estão conformados com a situação do país e, enquanto se continuar a 
	importar tudo do Senegal, está tudo bem, reclamar para que? Não é nosso, mas é 
aqui tão perto que é como se fosse.
 
	
	Talvez seja preciso acontecer mais coisas como 
a que aconteceu nos meses de Julho e Agosto do ano passado, quando inúmeros 
guineenses foram proibidos de passarem com combustível na fronteira do Senegal 
para entrar na Guiné-Bissau. Quando o país estava mais do que necessitado disso 
e os preços praticados em Bissau eram irrealistas com a situação do país. 
	 
	
	Não podemos ficar à espera que aconteçam coisas 
cada vez piores para tomarmos a iniciativa de aplicar os poderes que temos nas 
mãos. Sim, porque o poder é nosso, do povo e isso ninguém pode dizer o 
contrário!  Falta-nos às vezes a consciência disso.
 
	
	Meus irmãos e irmãs, vamos pôr uma coisa na cabeça de uma 
vez por todas. A salvação somos nós, a mudança, nós é que a fazemos e a 
esperança meus irmãos, a esperança essa já esta em nós. Não temos mais de 
esperar por ela! Temos é de a tirar cá para fora.
 
	
	Talvez alguns se encontrem iludidos pela frase 
do momento na Guiné que é: “Terra ranca” traduzindo a Terra arrancou. Mas 
onde? Para quem?
 
	
	Na minha humilde e sincera opinião, o país não 
arrancou nem a passos de tartaruga, muito pelo contrário! Saí de Bissau em 2000 
voltei em 2007 e vi o meu país mais sujo e estagnado do que nunca.  
 
	
	E as casas meus irmãos? Hoje na Guiné não se 
pode construir uma casa que possamos ter orgulho em exibir, pois temos sempre as 
chamadas caixas de fósforo em frente dela. A cidade de Bissau é hoje uma cidade 
completamente desfigurada, devido às milhares de caixas de vendas que estão 
amontoadas nos passeios da nossa cidade.
 
	
	Estamos à espera de quê minha gente? Estamos à 
espera de quê para organizarmos, para protestarmos se for necessário? Estamos à 
espera de quê para mudarmos de atitude perante nós e perante o mundo? Quando é 
que saímos deste estado de conformismo para começar a mostrar alguma reacção?
 
	
	Deixemos de esperar pela mudança e caminhemos 
em direcção à mudança.