Eu não consigo entender qual o problema de não querer ver a 
Guiné Equatorial como membro da CPLP. Os critérios apresentados que justifiquem 
o "NÃO" podem até ser importantes do ponto de vista filosófico, mas por 
favor, são bastante questionáveis e subjectivos, pois a violação dos direitos 
humanos, a má governação, a iniquidade social e a situação de pobreza das 
populações imposta por dirigentes e governantes insensatos e corruptos são 
fenómenos que existem em quase todos os nossos países, talvez em proporções e 
formas diferentes. 
 
Não é possível querermos aplicar critérios de homogeneidade 
para um conjunto de países situados em continentes diferentes (com percursos, 
histórias e práticas diferentes) a partir de indicadores de qualidade que muitas 
vezes nos empurram para análises subjectivas, ideológicas, tendenciosas e vagas.
 
A CPLP terá muito mais a ganhar (em termos económicos, de 
desenvolvimento do capital humano e do próprio respeito pelos direitos humanos) 
com a Guiné Equatorial como membro de pleno direito. A presença da Guiné 
Equatorial pode até tornar-se numa oportunidade para que a situação em relação 
aos direitos humanos nesse país se evolua positivamente influenciado por países 
como o Brasil, Portugal, Moçambique e Cabo Verde, onde a democracia conseguiu 
ganhos importantes do ponto de vista do respeito pela dignidade humana, do 
desenvolvimento humano e do exercício da cidadania. Por outro lado, é importante 
sublinhar que países como a minha Guiné, ou ainda a Angola e São Tomé 
encontram-se em estágios muito mais atrasados nesse capítulo e por conseguinte 
com poucos ensinamentos ou experiencias a transmitir aos demais países.
 
Os estados não são constituídos de sociedades estáticas e 
nem tão pouco de estilos de liderança e de governação mecânicos. A Guiné 
Equatorial ao querer participar da comunidade CPLP demonstra já em si uma 
vontade de querer evoluir e adaptar-se às novas exigências quanto aos princípios 
da democracia. Acredito que a própria dinâmica da CPLP irá impor atitudes e 
regras de jogo que acabarão por influenciar no bom sentido a governação 
democrática e civilizada que se pretende para os nossos países. 
 
Por favor usem o senso comum, sejamos mais tolerantes, 
cartesianos, empreendedores e liberais. Hoje, a União Europeia é importante por 
causa do seu mercado e das oportunidades de desenvolvimento que esse mercado 
oferece aos seus cidadãos.
 
GUINÉ EQUATORIAL
SIM!
 
  
  
						
VAMOS CONTINUAR A 
TRABALHAR!
Associação
Guiné-Bissau 
CONTRIBUTO
 
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