UM GOVERNO POSSIBILITADO

 

 

Por: Flaviano Mindela dos Santos

 

 

flavianomindela@hotmail.com

 

09.01.2009

 

Finalmente foram dados a conhecer os nomes dos “novos” membros de um tão aguardado governo, derivado de uma histórica vitória nas urnas, do aprazivelmente denominado pelos profissionais da comunicação social: partido dos libertadores.

 

Cansados da rotineira situação miserável que, por incompetência política, e sobretudo, por consequências de atitudes injustificadamente malévolas, tomou conta das suas vidas, os guineenses aproveitaram um momento marcante para o mundo livre, para também expressarem uma inequívoca vontade, tendo em conta os anteriores sinais de possível arranque para o desenvolvimento, caso seja implementado uma boa governação, de mais uma vez, serem governados com base no rigor e disciplina, características que representam a figura de Carlos Domingos Gomes Jr.

 

Portanto, não quiseram deixar com isso, grande margem para recuos ao líder do novo governo da República, nas questões que poderão frustrar a confiança de terem voltado a depositar nele, parte das suas esperanças para um futuro melhor.

 

Algumas das personalidades que compõem esse novo governo: umas, por incompetência política; outras, por inconveniência política; e certas ainda, por ambas as razões, mancharam também a efectivação de algumas das promessas veiculadas durante os tempos da campanha eleitoral. Mas como uma promessa eleitoral, só deve criar nos interlocutores uma expectativa política, o que nem sempre acontece, quando o desespero desempenha o papel regulador dos níveis da ansiedade, ainda assim, ficamos pela simples desilusão, quanto às expectativas criadas.

 

A democracia, sendo um sistema político onde a legitimação e robustez de quaisquer poderes, tem que obedecer a uma genuína vontade do povo, vai também sendo o melhor de todos os outros sistemas políticos, na garantia da saúde, da educação, e do bem-estar sustentado, que são no conjunto, a essência das sociedades mais avançadas, por esse mundo fora.

 

A relativa maioria do povo guineense, dentro e fora do território, tendo ganho de algum tempo a esta parte (também pela enorme contribuição deste site: www.didinho.org, e do seu criador), alguma maturidade política, decidiu confiar mais uma vez, de forma muito clara, na actual liderança do PAIGC, a mais que difícil tarefa, de livrar o país, dos sucessivos adiamentos para a desejada viagem, rumo a um desenvolvimento sustentável. Por isso, o líder dos libertadores devia fazer o pleno uso dessa forte legitimação, para imprimir desde já, a sua famigerada marca reformadora, no afastamento prudente e definitivo, de certos nomes nada recomendáveis, das lides da governação.

 

Sei que, houve nesses últimos dias, uma dificílima batalha nos corredores do poder, para a concretização do elenco governamental, embora o líder dos libertadores, na mais uma demonstração de progresso, na prática das habilidades políticas, nunca ter deixado transparecer isso nas suas constantes declarações. Mas que entretanto, as mazelas acabaram por revelar nos atrasos no calendário político, e nesse governo de muitos, e dispensáveis ministérios, assim como certos dos seus titulares;

 

Sei que, mesmo a pura gestão de diversos interesses políticos, para o bem da comunidade, já é uma empreitada quase impossível, quanto mais, quando alguns cidadãos maduros, e muito mal-intencionados, fazem de prática recorrente, o uso dos benefícios políticos, para salvaguardar os seus interesses obscuros;

 

Sei que, a própria sociedade guineense no seu todo, esconde realidades conflituosas e intriguistas, muito mais complexas das que nos acostumamos a constatar de vista desarmada;

 

Logo, por estas, e por muitas mais, existe uma urgência na necessidade de, cada vez mais, se adoptar atitudes características duma liderança bastante corajosa, e substancialmente determinada, quando se tratar das decisões dos assuntos de capital importância.

 

Que não há muitos por onde sempre escolhermos, alguns sabem. Mas que há poucos por onde nunca escolhermos, todos sabem!

 

Uma legislatura ordinária, segundo a nossa constituição, deve durar quatro anos. Portanto, o “novo” chefe do executivo, com a eficiente colaboração dos seus pares, terá a oportunidade de conservar, eventualmente renovar e multiplicar, para uma vida eterna, os preciosos votos de esperança, que a esmagadora maioria dos guineenses, depositaram nele.

 

Se a expectativa é um valor espiritual que uma promessa alheia cria, e esgota na sua concretização ou não concretização, já a esperança é uma virtude inerente a alma, e inesgotável, que podemos depositar em algo, e retirar, conforme esse nos proporciona ou não, uma vivência cada vez melhor.

 

Parte bastante significativa da minha esperança, encontra depositada nos ensinamentos inesgotáveis, deixados por Amílcar Lopes Cabral.

 

 

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