Quando um dia regressar à minha terra/meu umbigo, para ficar, repito, para ficar, o meu maior desafio será o de contribuir para a estruturação, promoção e sustentação do Sector Privado, quiçá, para o alívio das preocupações e responsabilidades do Estado, enquanto empregador por excesso e não por mérito ou excelência, por um lado, e manipulador de consciências, por outro, em função desse estatuto.

Os guineenses devem considerar o Estado como um Património Colectivo, do qual todos nós como herdeiros, de sucessão em sucessão, teremos algo a ganhar ou a perder em função do nosso compromisso e do nosso desempenho.

O facto de sermos todos" accionistas" do Património Comum que é o Estado, não nos deve motivar à dependência do mesmo, sob pena de vermos falido o nosso Estado, o nosso Património Colectivo.

Importa a cada um de nós, seja os que sempre estiveram no país, seja os que estão no exterior, ansiosos e disponíveis para regressar, ter em consideração que um novo futuro para a Guiné-Bissau e para todos os guineenses, não depende apenas do Estado, mas sobretudo do que todos os cidadãos podem fazer por esse mesmo Estado, através de mecanismos enquadrados na filosofia e na estrutura do Sector Privado.
Quando deixar de haver dependências para colocações/atribuições profissionais, da" exclusividade" do Estado, certamente teremos uma população mais livre, mais à vontade, para dizer o que pensa e sente, sem receio de represálias do empregador" Estado". O país ganhará com isso, podem crer, bem como todos nós!

QUANDO REGRESSAR... 13.09.2014