Presidenciais 2005

Está quase (falta o quase) reposta a normalidade dita institucional, na Guiné-Bissau. Quase, porque falta eleger o presidente da República, o primeiro magistrado da Nação.

É bom que se comece a movimentar-se no sentido da activação do processo eleitoral, pois, oito meses nos separam da ida às urnas (Março 2005) e oito meses não é muito tempo de preparação num país carente de recursos, como é o nosso.

Quanto mais cedo se apresentarem os candidatos, maior período de reflexão terão os eleitores para uma melhor escolha, bem como melhor preparação terão os candidatos, na definição dos seus programas de candidatura.

Não podemos ficar condicionados com o processo de gestão governativa em curso, temendo perturbações, pois, as eleições presidenciais, afiguram-se como o fechar do período de transição, legitimando o país como um Estado de Direito democrático.

Já temos Governo, Parlamento, Supremo Tribunal de Justiça, Comissão Nacional de Eleições, enfim, tudo, a que se junta a boa vontade da Comunidade Internacional, para os apoios indispensáveis, a que infelizmente já nos habituamos.

Espero que se faça uma gestão sensata da calendarização do processo eleitoral, para que o factor " tempo ", que normalmente costuma ser uma adversidade, desta vez seja um aliado estratégico.

Espero ainda, que haja candidatos independentes nestas eleições presidenciais de Março de 2005, por forma a termos mais opções de escolha, que não só as partidárias.

Fernando Casimiro (didinho)

04.08.2004

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