PRESERVAR OS RECURSOS AMBIENTAIS É CAMINHO ECOLOGICAMENTE  CORRECTO E AMBIENTALMENTE SUSTENTÁVEL

 

Maximiano António Lopes *

maximiano20@hotmail.com

01.12.2010

Maximiano Anónio LopesCelebra-se em  todo o mundo o dia mundial do meio ambiente, como sendo hábito  há várias décadas, por  decisão  do Conselho Executivo dp Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente, organismo das Nações Unidas de que a Guiné-Bissau é membro.

Portanto, para nós Africanos em geral, inseridos geograficamente numa zona propensa à ocorrência de secas, inundações e fome; onde o sistema climático é bastante ameaçado e o meio ambiente frágil, a celebração deve servir de reflexão para repensar nossas ações sobre o meio ambiente e escolher qual seria o caminho ecologicamente correcto e ambientalmente sustentável, diante da escassez de recursos naturais, somado ao crescimento desordenado da população e intensidade dos impactos ambientais. Feito isto, pode-se promover um despertar generalizado de consciência a toda a sociedade sobre a importância da preservação dos recursos ambientais.

Uma vez que as economias industriais com os modelos e escalas actuais pressupõem por vezes o oposto do que recomenda o acordo, por exemplo, na Conferência de Mudanças Climáticas onde não se alcançou o acordo esperado e mostrou-se que as negociações políticas e diplomáticas não acompanham a velocidade na qual avança o aquecimento global, e estão mais preocupados em defender a continuidade de fluxo de emprego e dos investimentos com ênfase no crescimento da renda que estimula o consumo.

Por isso, o Nobel da Paz Sul-africano, o bispo Desmond Tutu, por exemplo, afirmou na conferência que a meta de 2 graus Célsius proposta pelo “Acordo” é fatal para a África e não será suficiente para evitar drásticas consequências ao continente, como o aumento da desertificação, que causará fome, pobreza e tornará milhares de africanos em refugiados ambientais.

Sendo assim, a saída para alcançar o desenvolvimento ambientalmente sustentável, seria uma abordagem holística que procurasse integrar uma visão de conjunto indissociável e interdependente. Isto é, que permita preservar, conservar o meio ambiente, e mitigar os efeitos climáticos e económicos. Porque as organizações ambientalistas nem sempre atuam nas mesmas questões e quando o fazem nem sempre apresentam as mesmas demandas.

Neste ponto de vista, não parece fora de propósito indicar as responsabilidades dos Políticos, seja devido a má organização da economia, seja por interesses pessoais ou choques de ideologias partidárias, gerando conflitos que não ajudam a desenvolver programas para o desenvolvimento.

Não reconhecendo essas responsabilidades, a sociedade dificilmente entenderá que preservar o meio ambiente é preservar a própria vida, e destruir o meio ambiente, é destruir a economia e comprometer a nossa vantagem competitiva, por exemplo, a biodiversidade etc. Por isso, algo deve ser feito para que as próximas gerações não sejam prejudicadas (dispor ferramentas necessárias para explorar adequadamente o meio ambiente).

Insofismavelmente, diante deste cenário, torna-se plausível o esforço das autoridades nacionais (guineense) por exemplo, na criação de projectos de Educação ambiental com a ênfase interdisciplinar e exigindo acordos sobre grades curriculares, cursos de formação sobre a matéria, e entre outros.

Sabe-se que é difícil, num País com vários projectos de urgências, com actividades económicas, predominantemente na base extractiva reduzir suas pressões sobre o meio ambiente e criar mecanismos de defesa sobre os impactos ambientais, isto exige volumosos investimentos. Na verdade, a forma mais danosa seria não traçar metas económicas com vista á sustentabilidade.

Aquele Abraço

* Economista, Hidrólogo e Especialista em Gestão e Planejamento Ambiental


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