Por caminhos pedregosos

 

 

 

Por: Alexandre Tavares

15.02.2009

Estamos todos contentes por haver um governo com uma maioria absoluta, mas apresso já dizer que nem tudo serão rosas para o executivo Guineense porque a delicada, invisível, teia que nós tecemos……, continuará a ser um entrave para uma boa implementação de uma boa política económica na Guiné, tendo em conta o jogo da política que funciona como o mercado, que tem as suas regras e os seus jogadores, imaginemos que os nossos executivos ou representantes eleitos são como os empreendedores que interpretam a procura dos bens públicos ou colectivos e encontram as vias para fornecimento desses bens; a delicada, invisível, teia que nós tecemos……. na maior parte dos casos levam com que os governos sejam induzidos por uma motivação combinada de pragmatismo e ideologia, ou melhor dito, os governos combinam a busca da sobrevivência política com as suas crenças fundamentais acerca da forma como o país deve ser governado.

Falamos de governo como empreendedores e os eleitores como consumidores, por isso, não podemos esquecer que os grupos de interesses que representam uma teia invisível, tendo do seu lado os executivos, a escolha das decisões e dos instrumentos para se aproximar aos objectivos definidos não será a melhor.

A partir daqui quero alertar a todos os guineenses de que a delicada, invisível, teia que nós tecemos…., não vão ser tarefa fácil para esse executivo desmanchar, porque os grupos de interesses que são ignorados continuam a ter benefícios dos dividendos que nem sequer produzimos para tal.

Para mim, enquanto guineense, não me estranha a política ou decisão que esse executivo irá tomar porque um governo, seja como for, tem que tomar medidas; medidas essas, boas ou não, sendo que não podemos esquecer que um bom trabalho desse executivo ajuda a minimizar a instabilidade política ou económica, isto porque as forças ou teias que produzem a instabilidade são cíclicas e continuam a pairar, à espera de vez.

Eu como guineense que sou, lamento mais uma vez dizer que a delicada, invisível, teia que nós tecemos…. continua viva e forte. Haja o que houver, temos que continuar a trabalhar utilizando todas as nossas capacidades e sabedoria para tornar a teia visível e fácil de contornar, rematando a frase de Julius Caesar e William Shakespeare «O erro, caro Brutus, não está nos astros - mas em nós próprios ».

 

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