NO DIA DAS MENTIRAS, MENTIRA! DISSE O POVO

 

 

Flaviano Mindela dos Santos

 

flavianomindela@hotmail.com

 

06.04.2010

 

Como homem e eterno soldado, os valores que defendo, acima de todos os outros, nas bases das minhas convicções, são os interesses superiores, da débil nação, que pela nascença, calhou-me a sorte, de pertencer.

 

Compreendo os que desejam assim tanto, acordar um dia, numa suposta Suíça, no extremo ocidental da África Negra… Mas confesso que, lido com enormes dificuldades, sempre que tentar, e também agora, não consegui compreender, o facto de, acordados por mais esta, ainda se sentirem cidadãos suíços.

 

A construção duma nação, é um processo infinito, tal como o próprio universo. Assim como assim, segue enfrentando diferenciados momentos, ao longo da respectiva história, que além da sapiência, carecem de um raciocínio prudente, para antes, serem profundamente compreendidos, e só depois, equitativamente questionados, para uma solução convincente.

 

Durante esse melindroso exercício, deve-se cuidar, quanto aos seguintes posicionamentos:

Da razão perante a emoção; do colectivo perante o individual; da maioria perante a minoria; e da estrutural perante a conjuntural.

 

Este particular momento, na infância da nossa nação, mais do que servir, para encontrarmos os principais culpados, nas motivações, dos nossos grandes problemas, deve pelo contrário servir, para encontrarmos os melhores capacitados, nas soluções, dos nossos grandes problemas.

 

De que adiantará, afectar alguns preciosos meios, para investigar os presumíveis mandantes, ainda nesta fase, de absoluta precariedade, se depois, pela força da cumplicidade generalizada, nesses casos, não existirá condições válidas em juízo, para responsabilizar os mandados?

 

De que adiantará afectar alguns preciosos meios, para responsabilizar os pronunciados, ainda nesta fase, de absoluta precariedade, se depois, pela força da cumplicidade generalizada, nesses casos, não existirá condições técnicas adequadas, para julgar os criminosos?

 

De que adiantará afectar uns preciosos meios, para julgar os culpabilizados, ainda nesta fase, se depois, pela força da cumplicidade generalizada nesses casos, não existirá condições logísticas apropriadas, para castigar os condenados?

 

A paciência recomenda-nos por enquanto, uma reabilitação sustentada, das instituições basilares; inclusive, e sobretudo a família. E aqui, deve-se reconhecer o grandioso mérito, entre alguns outros, do actual governo, sendo que o sector público, de longe, é o maior empregador no país.

 

Nada melhor para o progresso duma dada sociedade, mais do que as famílias possuírem capacidades, ainda que mínimas, para se auto sustentarem.   

      

Encorajado pela incentivada e esperada atitude do povo, que mesmo sob a ameaça das armas, saiu em defesa do seu voto, fazendo recuar a nossa inconsequente tropa, pelo menos, na sua principal intenção, voltei aqui, para reassumir, a antes manifestada oposição, face à hipotética colocação duma força estrangeira, no território guineense!

 

Hoje mais do que ontem, acredito nas nossas capacidades, não obstante, a necessidade da cooperação com os nossos parceiros, para a resolução dos nossos enigmas.

 

Para contribuir com uma simples ideia, entre tantas outras, e melhores alternativas, que poderão ser avançadas, durante o debate nos próximos tempos, proponho: com as ajudas internacionais, uma aposta bastante sólida, nas nossas forças policiais, o que servirá também, e ainda bem, para absorver as energias dispersas dos nossos jovens, com perspectivas quase nulas, começando por aperfeiçoar as condições operacionais dos seus actuais efectivos. Ou seja, elevar um pouco os seus salários, de maneira gradativa, ao nível de vida, em cada conjuntura económica, e providenciar os seus  equipamentos, de modos a adequá-los, às máximas exigências da ordem pública; introdução de uma criteriosa selecção dos eventuais recrutados, estipulando um grau de habilitação base, acrescido de um rigoroso teste psicotécnico, para todos os candidatos; e por fim, através de um instrumento legislativo excepcional, portanto, com as inequívocas garantias, de que esse dispositivo legal, puderá ser revogado no futuro, atribuí-las competências especiais internas, acima de todas as outras forças da autoridade. E, pelos absurdos que fomos obrigados a testemunhar sempre com desgosto, não excluo a hipótese de essas forças policiais extraodinárias, beneficiarem mesmo, de um mandato expresso, para abater os crónicos desordeiros, caso as circunstâncias, sobreporem todos os normais procedimentos.

 

Para travar uma força indesejável, uma outra força indesejável superior. Esta pode nem ser do mesmo género, ou equivalente à primeira, como podemos verificar no passado de algumas sociedades, mas tem que ser, de alguma maneira, superior. As nossas forças armadas, precisam de ser travadas, enquanto devem prosseguir as reformas essenciais, em todo o aparelho do Estado.

 

Um dos eficazes remédios no passado, para o conhecido desenvolvimento da maturidade cívica dos povos, nas ditas sociedades avançadas, foram umas pancadas bem encaixadas!

 

Nos cada vez, mais do que actualizados, ensinamentos de Amílcar Lopes Cabral, consta algo mais ou menos assim:

Qualquer iniciativa, singular ou plural, por mais determinada e corajosa que seja, se um dia funcionar contra a felicidade colectiva, deverá deixar logo, de fazer sentido.

 

Ser, Conhecer, Compreender e Partilhar

   

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