Mensonge par omission/ Mentiras por omissão
 

 

Nadine Dominicus van den Bussche

nadinedominicus@hotmail.com

http://fraxinellaconsult.com/

20.12.2012

Mensonge par omission

A l'heure où des délégations internationales s'apprêtent à analyser la situation en Guinée Bissau, il est bon de souligner que jusqu'ici la plupart des rapports d'experts sont inexacts voire injustes, pour la simple raison qu'ils n'exposent que le négatif et omettent de mentionner le positif de la situation..

Cette déformation, volontaire ou de négligence, garde sous silence tous les atouts que le pays possède pour sortir de la crise, à commencer par le terrain social, sa société civile, un gouvernement de transition qui fait de réels efforts de compromis et l' apparition, au sein des deux plus grands partis, de tendances plus conciliantes..

La Guinée Bissau a une population où les multiples ethnies vivent dans l'échange permanent, où les mariages inter-ethniques sont de plus en plus fréquents, où les communautés religieuses vivent dans l'harmonie et non dans le conflit. C'est dans ce climat que naissent des associations locales de développement solidaires en dehors de tout critère ethnique ou religieux. Donc, un pays qui a une des populations les plus intégrée et pacifique de la région. Les expatriés qui y vivent le savent puisqu'ils ne se sont pas précipiter sur l'offre de fuir le pays lors du coup du 12 avril.

C'est à l'évidence dans l'apprentissage de la création d'une nation dans les zones libérées que les ethnies et les communautés religieuses ont su s'ouvrir les unes aux autres, échanger leur savoir local et développer leur capacité participative. Cela a également rendu possible l'évolution des structures de gouvernance traditionnelle pour créer un Etat unique où l'on acceptait de faire des compromis quant aux us et coutumes de chacun. Comme nulle part ailleurs en Afrique, tous ces échanges ont donné naissance à un Etat National et à une langue nationale commune, le Créole. La Guinée Bissau est bien une Nation et même une Nation de conciliation. La société civile n'a pas de problème de réconciliation nationale . Mais il y a bien un problème de réconciliation dans les cercles du pouvoir et au sein des partis politiques où chacun se sert d'alliances dans l'armée pour arriver au pouvoir. Tout cela est attisé par les conflits d'intérêts d'organisations étrangères qui se disputent la prépondérance dans la région.

Le coup d' Etat du 12 avril, mit un terme aux assassinats d'hommes politiques, qui succédèrent à l'assassinat du Chef d'Etat Major et du Chef de l'Etat, en mars 2009. Il est fort étonnant que cet événement ne fut pas qualifié de Coup d' Etat par la Communauté Internationale.

Aujourd'hui, le débat sur le coup d'Etat du 12 avril est une question dépassée puisqu'un gouvernement de transition existe et qu'il a manifestement pris la route d'une ère nouvelle où conciliation et compromis sont à l'ordre du jour.

Quant à l'attaque de la caserne de Bra, en octobre dernier, qu'en serait-il si on essayait de faire la même chose en Europe ou aux Etats Unis ? La riposte des forces de l'ordre de ces pays n'entraînerait-elle pas des morts et des blessés ? On ne peut exiger de l'Afrique d'être plus angélique que le reste du monde.

Pour ce qui est de la drogue, ce ne sont pas quelques kilos qui transitent par la Guinée Bissau qui feront le poids dans ce gigantesque trafic international. Surtout si l'on considère que 5 cartels de la drogue, hyper- militarisés et possédant jusqu'à des sous-marins, se disputent les couloirs d'entrée à la frontière mexicaine des Etats Unis. Il n'y pas non plus à craindre que le trafic bissau-guinéen ne puisse alimenter un terrorisme de type Al Quaeda, vu le terrain social particulier du pays et du fait que l'Islam en Guinée Bissau est un Islam aimable et conciliant envers les autres communautés religieuses. D'ailleurs, dans certains Etats, l'extrémisme religieux est souvent issu d'un système de société antérieur à l'introduction de l'Islam.

Bonne chance, Guinée-Bissau.
 

Mentiras por omissão


Na altura em que delegações vem para analisar a situação na Guiné-Bissau, é bom sublinhar que até hoje a maioria dos relatórios dos peritos são inexatos é até mesmo injustos, pela razão simples que e expõem só o negativo e omitem mencionar o positivo desta situação.

Esta distorção, voluntário ou por negligência, mantém debaixo de silêncio os elementos positivos o país possuir para sair da crise, a começar com o terreno social, a sua sociedade civil, um governo de transição que faz reais esforços de reconciliação, e o aparecer, dentro dos partidos majoritarios, de tendências mais conciliantes.

A Guiné-Bissau tem uma população onde os grupos diversos étnicos vivem num intercanbio permanente onde os matrimônios inter-étnicos são mais freqüentes, onde as comunidades religiosas vivem na harmonia e não no conflito. Está neste clima que nasce associações locais de desenvolvimento sem qualquer critério étnico ou religioso. Quer dizer, um país que tem um das populações mais pacifcas de toda a região. Os estrangeiros que vivem lá o sabem e não apressaram na oferta para fujiar do país durante o golpo do 12 de abril.

Está obviamente na criação de uma nação nas zonas libertadas que os grupos étnicos e as comunidades religiosas appreenderam a abrir-se aos outros, trocar o seu conhecimento local e desenvolver a sua capacidade participative . Também tornou-se possível a evolução das estruturas de governação tradicionais para criar um Estado unico onde aceitarm fazer compromissos enquanto os usos e costumes de cada um. Como em nenhuma outra parte na África, todos estos intercambios criaram um Estado Nacional e uma lingua nacional comum, o Crioulo. E evidente a Guiné Bissau ser bem Nação e até mesmo uma Nação de conciliação. Além disso, a a sociedade civil não tem nenhum problema de reconciliação nacional. Mas há um problema de reconciliação nos círculos do poder e nos partidos políticos onde cada um usa de alianças dentro da FARP para chegar ao poder . Tudo isso também é instigado por conflictos de interesses de organizações estrangeiras que disputam-se pela preponderância na região.

O golpe de estado de 12 de abril, pôs fim aos assassinatos de políticos que sucederam ao assassinato do Cemgfa e do Presidente da Republica, em março 2009. É muito surpreendente que isso não esteja qualificado como golpe de Estado pela comunidade Internacional.

Hoje, o debate sobre o golpe 12 de abril é uma questião ultrapassada por existir um governo de transição que obviamente esta a tomar um caminho de conciliação e compromissos.

Enquanto o ataque dos quartéis de Bra, em outubro, que seria se nós tentamos fazer a mesma coisa na Europa ou nos Estados Unidos? A réplica das Forças de Ordem Publico não ia provocar mortes e feridos ? Nós não temos de exigir da África para ser mais angélica do que o resto do mundo.

Enquanto a droga, não são alguns quilos a trânsitar pela Guiné Bissau que fará o peso neste tráfico internacional gigantesco. Especialmente se nós consideramos que 5 cartéis de droga, hipermilitarizandos e possuindo até submarinos, disputam-se os corredores das entradas na fronteira mexicana dos Estados Unidos. Não devemos tampoco ter medo que este tráfico guineense podia alimentar um terrorismo tipo Al Quaeda, visto o terreno social particular do pays e considerando que o Islã na Guiné-Bissau ser um Islã amavel e conciliante com às outras comunidades religiosas. E bom tomar em conta, do que, nalguns Estados, o extremismo religioso surge freqüentemente dum sistema social anterior a introdução do Islã.

Boa sorte, Guiné-Bissau.

Dra. Nadine Dominicus van den Bussche (antiga professora no Liceu Kwame N'Krumah + CENFA de Bissau)

 

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