MAIS UMA ETAPA

 

Augusto Tchuda

tchudaugusto@hotmail.com.br

25.06.2014

O ressuscitar de expectativas coincide com o fim de uma etapa e inicio de outra. A etapa que se encerra, ficou marcada pela controvérsia situação político militar incontestavelmente difícil, tanto no aspecto diplomático como no económico, na medida em que a Comunidade Internacional, na tentativa de colocar um ponto final em cíclicas crises de mesma natureza, de motivações bem identificadas, manteve o País no isolamento durante dois anos e meses somados, salvo erro dois, tendo o povo consumido a amarga consequência de uma causa, se é perdida ou é justa, ao tempo cabe julgar.

Volvidos dois anos de transição, o País finalmente vai reencontrar as amizades outrora perturbadas por uma causa, vai tentar reconquistar o seu lugar no convívio das nações, vai puder tranquilamente traçar o novo percurso que preveja caminhos sem espinhas, mas tudo isso será possível, se de facto for civilizada atitude dos homens, enfim ter em conta que um País prospero não se faz apenas com uma ou duas pessoas, um Partido e ou uma tribo. Portanto, por mais poderosa que possa ser o Primeiro-ministro, o Presidente da Republica, não terão sucessos se a unidade não funcionar sobre a fórmula traçada por Amílcar Cabral. Porque na realidade, ninguém é panaceia. A utopia, a demagogia e o nepotismo não fazem parte de padrões da democracia. Ela requer homens com preparação, capacitados e abertos ao diálogo, tolerantes e com sentido de estado, gestores e responsáveis dos seus actos. Sobretudo, a democracia funciona com a justiça.      

Na verdade ninguém poderá ser uma panaceia, quando se lê na cara dos cidadãos imensos problemas sociais e estruturais, num País maltratado em todos os sentidos, adiado pelo machismo, autocracia e arrogância. O comportamento dos homens deve-se mudar, adaptado ao contexto e a realidade do mundo globalizado, aí está o verdadeiro sentido da palavra mudança. Mudar a forma de encarar a nação, o interesse pessoal do colectivo, as diferenças que nos marcam na modesta sociedade, sobretudo como encarar as instituições do estado. Não basta mudar a pessoa, para se vangloriar.

O mundo espera de nós a impressão de nova dinâmica que acelere a marcha, porque o País necessita andar lado a lado com aqueles que lhe são amigos e colegas de infância. A infância que até aqui marca o nosso quotidiano, apesar de umas quarentenas de anos a viver na penúria na miséria, no narcotráfico e em práticas maléficas impróprias de uma nação que se deseja una e tranquila.

Ai vem mais uma maratona de quatro anos, com uma cara nova e bem fresca a frente dos destinos dos Guineenses. As capacidades não lhe faltam, aliás, até já deu provas do saber fazer, o resto é lá com ele e como cuidar-se das sanguessugas, preguiçosos mentais que apenas prestam serviço de parasitismo, com o fito de encontrar sobrevivência e assegurar o estatuto de “Djintons de Bissau”.

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