CONCEITO DE CIDADANIA

 

M’bana N’tchigna *

mbatchi@yahoo.com.br

27.05.2014

M´bana N´tchignaCRÍTICA A ALGUNS FILHOS DA MINHA PÁTRIA QUE JULGO NÃO ENTENDEREM E NEM VALORIZAM AINDA O CONCEITO DE CIDADANIA

Hoje eu me atrevo a filosofar. Mesmo que não me sito como tal, porém a pouca noção que curso de licenciatura em filosóficos me fornece me encoraja a filosofar.         

Às vezes quero ficar em silêncio, mas sempre há voz que me diz: “o que é mais incomodo é o silencio dos que deveriam contribuir de alguma forma, mas não o fazem”.

 O PROJETO GUINÉ BISSAU CONTRIBUTO E DOKA INTERNACIONA oferecem-me espaço para manifestar o meu sentimento e dar a minha contribuição. Embora tenho utilizado esses veículos com pouca freqüência.

Neste artigo almeja-se contribuir no sentido de uma reflexão sobre ser cidadão/ã em Guiné Bissau.

Para tal suponho que em primeiro lugar vale à pena pensar na formação acadêmica e social do cidadão para que tenha condições de pensar em seu dever perante a nação a que pertence. Falo dessa forma norteando na obra filosófica “A republica” do filósofo grego, o Platão.

Posso estar errado, mas não sinto medo de afirmar que o sentimento de alguns cidadãos guineenses, não ultrapassou ainda o sentimento de pertença a: Balanta, Bejagos, Fulas Nalu e por aí vai. Talvez porque academicamente e ou socialmente não acordaram para visar um sentimento de pertencimento único que leve a todos ao sentimento de nacionalista. Para mim; falte deste sentimento atrapalha e continuará atrapalhar a nossa cidadania guineense.

Eu M’bana N’tchigna apelo freneticamente que haja profunda transformação em nós sobre conceito de formação do cidadão guineense. É urgente ter encontro com identidade nacional independente de sermos; Balanta, Bejagos, Fulas Nalu etc. Uma vez que o mundo lá fora não nos vê etnicamente. O mundo nos vê e nos trata como guineenses negros e bantus da África! Enquanto internamente não nos vemos assim a nossa existência é insignificante! A consciência de formação da cidadania guineense depende de nós mesmo.

Amilcar Lopes Cabral fez bonito, pois nos ajudou a enxergar a noção da cidadania. E por que não entendemos até hoje esse legado? Eu pergunto: Quem está nos influenciando para negar o que somos convocados e obrigados a reconhecer? – A cidadania guineense. Precisamos ir a Grécia para estudar Sócrates ou Platão sobre o que é ser cidadão?

Interesse de alguns filhos e “amigos” da Guiné Bissau não deve exercer e nem deve ser determinante a ponto de destruir o sentimento nacionalista que floriu no céu a bandeira da luta..! Neste ponto lembro-me de Kumba Yalá com saudade. Pois esse valorizava interesse nacional e era nacionalista.  Ele a meu ver era cidadão. Porem, não o defendo quando em várias vezes teve erros e falando até algumas coisas que eu não falaria e nem incentivaria ninguém a falar.

Quero frisar que eu penso que todos os guineenses, independente de que base tribal lhe trouxe ao mundo deve lutar para compreender conceito claro e seguro da palavra cidadania. Dentro de plataforma da educação sabe-se que muitos guineenses têm condições acadêmicas em compreender esse termo. O por quê não aderem é eu não sei! Sabe-se que o termo cidadania vem de cidade. Da mesma forma o termo político. O que significa dizer que cidadania é exercício político do homem onde aprende a conviver com as diferencias na mesma cidade. E por quê alguns guineenses negam a convivência coletiva?


Não sejam tardios a reconhecer que ter: cidadania, civismo, educação, participação coletivos, respeito às diferenças e política não se dissociam. Da mesma forma Bijagos, Balantas, Nalus, fulas, mandingas..., não se pode dissociar nenhum do grupo. Se se busca a compreensão do termo
cidadania! É urgente reconhecer a necessidade da palavra cidadania se fincar em Guiné Bissau.

Da mesma forma que Platão como cidadão da Grécia vivia harmoniosamente com o termo.


Realce a cidadania guineense!

* Licenciado em Filosofia

 

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