Jornalista "Beto" Casimiro NÃO morreu vítima de doença prolongada!

 

Carlos Alberto Gomes da Fonseca Casimiro

13/11/1959------05/06/2006

 

Beto Casimiro, meu irmão "mais velho", ele que ainda era um jovem, faleceu na noite de segunda feira, 05 de Junho, no Hospital Simão Mendes em Bissau, Guiné-Bissau, (não na sua residência), onde dera entrada por volta das 22:00 locais, contrariamente ao anunciado por João de Barros, secretário de Estado da Comunicação Social da Guiné-Bissau.

Contrariamente ao que João de Barros igualmente anunciou, Beto Casimiro não morreu vítima de doença prolongada, pois nenhum diagnóstico/relatório médico confirma essa situação e, por isso, Beto Casimiro não vivia a prazo como se de alguém em estado terminal motivado por alguma doença incurável se tratasse!

Beto Casimiro cumpriu inclusivamente o seu dia laboral na Segunda feira até às 18:00. Mais tarde sentiu-se indisposto, foi levado ao hospital, onde acabou por falecer.

Cabe-me a mim, na qualidade de irmão e depois de ter conversado com a minha irmã que está em Bissau, esclarecer esta situação.

Por uma questão de respeito, o anúncio da (s) causa (s) da morte de alguém deve passar primeiro pelo esclarecimento e a autorização dos familiares, o que não foi o caso.

Beto meu irmão, que a tua alma descanse em paz!

Fernando Casimiro (Didinho)

08.06.2006

 

Guiné Bissau
Jornalista «Beto» Casimiro morre vítima de doença prolongada


O jornalista guineense Carlos Alberto Casimiro, director do jornal Diário de Bissau, morreu segunda-feira vítima de doença prolongada, disse hoje João de Barros, secretário de Estado da Comunicação Social.


Segundo a mesma fonte, o jornalista, 47 anos e que era também editor de fecho do semanário Nô Pintcha, público, faleceu na sua residência na noite de segunda-feira, tendo o funeral decorrido terça-feira no cemitério de Bissau.

"Beto" Casimiro, como era conhecido em Bissau, de onde era natural, iniciou a sua carreira como jornalista na Agência Noticiosa da Guiné (ANG), onde se manteve de 1982 a 1990, ano em que desempenhou o cargo de chefe de redacção.

Nesse mesmo ano, saiu da ANG e passou a integrar a redacção do Nô Pintc ha, onde chefiou as secções Nacional, Internacional, Cultura e Desporto.

Com a abertura da comunicação social aos órgãos privados, "Beto" Casimiro ajudou a fundar e colaborou com vários jornais, como o Staka (desportivo), Diário de Bissau, Gazeta de Bissau, Expresso de Bissau e Banobero, tendo ainda sid o correspondente das agências France Presse e Reuters e colaborado esporadicamente com a Agência Lusa.

Segundo João de Barros, que contratou o jornalista para a chefia do então Diário de Bissau, hoje semanário privado, a morte de "Beto" Casimiro constitui a "perda de um dos melhores jornalistas da história do país".

"Foi um grande combatente pela liberdade de imprensa, numa altura em que só existiam órgãos públicos. Tinha uma memória de elefante e fazia, com muita naturalidade, quaisquer biografias ou cronologias muito rapidamente. Era um jornalista muito versátil", afirmou o actual secretário de Estado da Comunicação Social guineense.

Num comunicado conjunto, as direcções do Diário de Bissau e do Nô Pintcha manifestam "grande pesar" pela morte de "Beto Casimiro", considerando-o como um dos "maiores e melhores profissionais da Guiné-Bissau".

Também num comunicado, a Casa da Imprensa da Guiné-Bissau lamenta a morte do jornalista, considerando que a imprensa da Guiné-Bissau "está de luto" com o desaparecimento de "Beto" Casimiro, um grande jornalista mas também um grande homem".
 

Fonte: Agência Lusa

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