o bem do mal ou o mau do bem

 

 

 

Gustavo Gomes

gustavo.gomes69@gmail.com

22.08.2010

 Gustavo GomesO Pensamento mais moderno obriga-nos a ser pragmáticos, céticos e capazes de superar paradigmas.    Afinal, todos temos algo de positivo e de negativo e por vezes o que entendemos como bom e certo é percebido por outros como sendo mau e errado e, vice-versa.

Precisamos exercitar mais a compreensão do próximo, como forma de permanente aprendizado para abolirmos o racismo, o xenofobismo, o esnobismo, o homofobismo e tantas outras intolerâncias e discriminações contra mulheres, crianças, deficientes, dissidentes, etc.

Vale o mote que diz que,  duas ou mais cabeças a pensar produzem melhores soluções.

O Maniqueísmo de resumir-se a vida unicamente como eterna luta entre o bem e o mal,  ou entre o bom e o mau, o certo e o errado,  está presente também na Guiné Bissau pela cultural ancestralidade islâmica, animista e cristã.

Hitler personificou o bem no arianismo e o mal e o demoníaco nos judeus, negros e homossexuais. Decerto que, para judeus, negros e homossexuais Hitler era o diabo que impiedosamente levou ao holocausto.

Perdura esse maniqueísmo até aos dias de hoje quando nos deparamos com afirmações extremistas do tipo “ou estão divinamente connosco (EUA) ou são o diabólico a combater “, para contrapor o fundamentalismo islâmico que considera os EUA como o grande Satã alvo da guerra Santa.

Como pessoas somos diferentes na personalidade, na compleição, na etnia no género, nas diferentes cores de pele, olhos e cabelos bem como diferentes capacidades físicas e intelectuais e há que ter presente que os comportamentos e as culturas mudam. Hábitos e modismos de hoje diferem das do passado e serão diferentes no futuro.

Mas, enquanto seres humanos somos indistintamente iguais na biogenética e é a cidadania que nos iguala nos direitos e deveres de respeito ao próximo, privilegiando o convívio pacifico solidário e harmonioso. O desrespeito aos direitos humanos tem de ser condenável por qualquer um que queira sentir-se parte da nossa sociedade.

Não é errado dizer-se que as guerras, disputas e conflitos acontecem quase sempre quando um ou, os dois lados se consideram indubitavelmente certos e donos da verdade absoluta e, piora quando um lado despreza e dispensa qualquer espaço ao diálogo, ou consideração e respeito ao pensar diferente do outro, que só por isso deve ser banido, fuzilado, discriminado, encarcerado, eliminado, abatido, assassinado.

Qualquer semelhança com o que temos assistido da governação guineense desde os primórdios da independência, não é mera coincidência. Sucedem-se os governantes que ditatorialmente impõem, usurpam e desrespeitam a cidadania, cultivando a impunidade e o ressentimentos dos injustiçados.  

A total insensatez governativa, mal e porcamente disfarçada de Soberanos Poderes, está a fazer com que os guineenses clamem cada vez mais fortemente pela intervenção de uma Força Multinacional de Estabilização.


PROJECTO GUINÉ-BISSAU: CONTRIBUTO - LOGOTIPO

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