ALERTA: Juventude Estudantil e Guineenses em Portugal 

 

 

Mamadú Baldé

msbsay@hotmail.com

06.10.2010

Estive para escrever sobre esta situação já faz muito tempo, mas por uma ou outra razão acabei por deixar passar. Contudo agora a situação encontra-se insustentável, a bem dos nomes envolvidos, que estão acima de tudo e de qualquer tipo de má interpretação que posso causar com este alerta.  

Não me parece necessário mas quero deixar claro: não me dirijo contra ninguém, enquanto individuo apenas manifesto contra a má gestão e uso de uma instituição e um nome de forma abusiva e danosa.

 

Hoje venho falar da Associação de Estudantes Guineenses em Lisboa – AEGBL. Quero alertar para a situação que se vive neste organização que ostenta dois nomes que não se podem manchar, como tem vindo a ocorrer. Estudantes e Guineenses devem manifestar-se, porque são os nossos nomes e as nossas imagens que estão em causa e podem ainda piorar mais.

Falo com conhecimento de causa – faço parte da direcção e se falo é porque já disse mais e persiste-se em remar contra a legalidade e normas de bom senso e quero ainda salientar que não tenho nenhuma pretensão em assumir protagonismo através desta manifestação – e não direi tudo o que sei, pois aqui apenas quero alertar para a situação desastrosa que se vive na AEGBL:

 

v Temos uma direcção que nunca teve 30% dos seus membros presentes na vida da organização pela qual foram eleitos – nunca conheci a maioria, e os que conheci foi apenas em situações de festas;

v Temos uma direcção em função excedendo um ano e tal do seu tempo de mandato e a direcção persiste na ideologia de “Orgulhosamente Sós” não reestruturando nem convocando eleições;

v Temos uma direcção que vive para festas e festas, despreocupando com tudo o resto;     

v E temos um presidente que já nem sequer é estudante;

 

As situações são muitas mas fiquemos por aqui e pensemos: que futuro uma juventude como esta pode levar à Guiné-Bissau? Não é exagero nenhum dizer que perante isso assusta-se pensar no amanhã do nosso país, pois é sempre mais difícil resolver conflitos entre os homens que se julgam formados… será que estes homens resolverão os problemas do nosso país, quando não resolveram e não resolvem os de uma associação que, organizada, só lhes serve?

 

Tenho acompanhado de perto a situação dos jovens guineenses em Portugal e nos países europeus mas falemos daqui onde vivo. Desde sempre houve problemas e as associações só servem para beneficiar alguns – não tirando mérito que muitas pessoas pelo seu empenho – mas em boa verdade não temos muitos exemplos por onde pegar, desde Casas da Guiné que agora são duas nesta mini cidade de Lisboa, até a associação de estudantes guineenses de Coimbra que em tempos acabou por ir parar ao tribunal.

 

Tenho dito e repito: o pior serviço que podemos prestar ao país é ostentar o seu nome na diáspora para praticar actos ilegais ou de má imagem – deixemos para os nossos de lá. E uma associação de estudantes não deve ser o que esta é.

 

Escrevo este manifesto pensando no caso dos Estudantes guineenses abandonados na Rússia e na falta que faz-lhes estar em Portugal, com as facilidades que temos (meios de comunicação social, abertura das entidades, familiares e amigos, legislação, entre outros). Tenho a certeza que esses estudantes teriam feito melhor para esta organização que ostenta o nome de estudantes mas que se especializou, sem vergonha, em festas e desorganização.

 

Termino manifestando solidariedade para com os irmãos na Rússia e apelando para que as autoridades do país assumam as suas responsabilidades e resolvam os problemas daqueles estudantes que sacrificaram anos e anos até acabar e agora só querem voltar para ajudar o país na construção do Desenvolvimento Sustentável.

 

 


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