Votar, UMA DIFÍCIL MISSÃO

 

Abdicar de votar é sinônimo de entregar o seu destino a qualquer um.

 

Por:  Alberto Oliveira Lopes *                                                 

Alberto Oliveira Lopes

Lopesoliveira27@yahoo.com.br

21.07.2009 

 

      No dia 28 de junho realizaram-se as eleições presidenciais na Guiné-Bissau, tendo-se constatado grande dificuldade da população decidir, em quem votar dentre 11 candidatos ao mais importante cargo do país.

Mesmo para eleitores mais esclarecidos, ousaria me incluir nessa dificuldade apesar de não ter exercido o meu direito de voto por fazer parte de um circulo eleitoral (refiro-me aos guineenses que vivem na diáspora) condenado a não exercer o seu direito de voto, apesar de vivermos num mundo em que a democracia nos dá essa liberdade.

          Neste preciso momento em que estamos a caminho da segunda volta das eleições presidenciais, não é fácil distinguir o que é melhor para a Guiné – Bissau, perante as confusões de longos anos que se estabeleceram no país, entre bandeiras e legendas, promessas e projetos obscuros, esquerda e direita.

Ora são candidatos da direita apoiados pela esquerda e vice-versa.

A população guineense deve votar no candidato que se afirma compromissado com o interesse coletivo da nação guineense, justiça social, solidariedade, amor ao próximo e, competente, acima de tudo. Um candidato honesto, algo muito difícil de desvendar, porque a honestidade em matéria da política é muito relativa, principalmente num país como a Guiné-Bissau onde os governantes só pensam em desviar o que é publico para benefícios próprios.

          No dia 26 de julho, data marcada para a segunda volta das eleições presidenciais entre os candidatos mais votados (MALAM BACAI E KUMBA YALÁ) segundo dados publicados pela Comissão Nacional de Eleições (CNE), será mais uma data de incerteza para o povo Guineense, onde poderemos ter mais abstenção em relação à primeira volta, em função de não se saber entre “RUIM E PÉSSIMO”, respectivamente Malam e o Kumba, qual será a melhor escolha. 

Porque votar no candidato MALAM é sinônimo de votar na submissão às Forças Armadas, é continuar com as políticas inviáveis do senhor primeiro ministro CARLOS GOMES JÚNIOR, um traidor do povo guineense.

É votar num candidato que terá como prioridade a quitação de dívidas contraídas para a campanha eleitoral, é votar numa figura que só aparece nas eleições etc.

Já do outro lado, quando se trata de votar no candidato KUMBA é o sinônimo de votar num candidato desprovido de condição psíquica para dirigir a nação guineense. Ele mesmo provou à população guineense e à comunidade internacional que votar nele é votar mais uma vez no fomento do racismo, tribalismo, e nepotismo.

É votar mais uma vez na nomeação de manhã e exoneração à tarde como se verificou durante o seu mandato.

É votar mais uma vez na violação da Constituição da República da Guiné-Bissau, é votar mais uma vez num candidato descomprometido com os interesses da população guineense, é votar mais uma vez nos discursos incongruentes com o de um chefe de Estado, se é que o Estado existe na Guiné-Bissau.

        De toda forma, entre o RUIM (malvado) e O PÉSSIMO (superlativo absoluto sintético irregular de mau. Aurélio-2007), o povo guineense terá que escolher um, portanto, gostaria de sensibilizar o povo guineense para que no dia 26 de julho, data marcada para a segunda volta das eleições presidenciais, exerça o seu direito de voto em massa, porque a abstenção não é solução para a Guiné-Bissau e na minha percepção é o sinônima de entregar o nosso destino a qualquer um dos candidatos que será escolhido. Querendo ou não, teremos que escolher uma das figuras, razão pela qual não podemos abdicar de exercer o nosso direito de voto nesta data, porque só votando em massa teremos argumento para possíveis reivindicações (pacífica) em função das possíveis irregularidades de quem for eleito. 

      Num processo democrático todos nós temos direito à liberdade de expressão e de escolha, ainda bem que a Constituição guineense nos dá esse direito. Fazendo uma analogia profunda perante a incerteza do povo guineense no dia 28 de junho, pude tirar a conclusão de que o destino da Guiné-Bissau está, mais uma vez, comprometido por cinco (5) anos, em conseqüência da percentual (40℅) taxa elevada de abstenção verificada no escrutínio do dia 28 de junho. Talvez o povo guineense devesse escolher um candidato sem vinculo partidário e que tenha feito algo em prol da Guiné-Bissau, como é o caso de HENRIQUE ROSA (minha escolha) candidato esse que poderia recuperar a imagem da Guiné-Bissau no mundo.

      Entre péssimo e ruim nenhum é melhor, mas pensando nos conceitos de cada um acima citados seria opcional o ruim, já que não temos mais opções.

     Filhos guineenses espalhado por todo o mundo acordem, a hora não é mais de dormir, precisamos exercer o nosso direito de voto e para que isso aconteça devemo-nos unir, mas na união verdadeira e exigir dos nossos governantes e Comissão Nacional de Eleições (CNE) (órgão competente para realização das eleições), que nos criem condições de exercer o nosso direito de voto.

 Que Deus abençoe a Guiné-Bissau, e todos aqueles que estão sempre na luta em prol do bem-estar do povo guineense de forma direta ou indireta.

 

 *Estudante do 3º ano de enfermagem - Brasil

 


ESPAÇO PARA COMENTÁRIOS AOS DIVERSOS ARTIGOS DO NÔ DJUNTA MON -- PARTICIPE!

PROJECTO GUINÉ-BISSAU: CONTRIBUTO - LOGOTIPO

VAMOS CONTINUAR A TRABALHAR!

Projecto Guiné-Bissau: CONTRIBUTO

www.didinho.org