TRISTE REALIDADE DA SAÚDE PÚBLICA GUINEENSE

Alberto Oliveira Lopes *                                                 

Lopesoliveira27@yahoo.com.br

12.10.2009 

 

Alberto Oliveira LopesSe não fosse a benignidade do nosso Redentor não sei o que seria do povo guineense, perante dilemas que a Guiné-Bissau enfrentou e ainda continua a enfrentar.

 Falar da situação da saúde pública na Guiné-Bissau é muito difícil, pois não tem por onde começar e nem por onde terminar, dada a gravidade de  problemas que envolvem este sector (saúde Pública), apesar de existirem problemas pontuais que poderiam e podem ser saneados se os nossos governantes e gerentes dos hospitais tivessem a consciência da palavra “EMPATIA. (colocar-se no lugar do outro) e EQUIDADE”( atender cada população conforme as suas necessidades).

A questão da higiene constitui um dos principais indicadores dos problemas de saúde na Guiné-Bissau, principalmente nos serviços de saúde, lugares esses que deveriam servir como referencia na sensibilização da população, quanto à importância da higiene para o bem-estar da saúde humana, por incrível que possa parecer,  nos hospitais constatam-se os piores sinais de cuidados higiênicos.

É preciso que juntemos os nossos diferentes olhares com vista a resgatar a Guiné-Bissau do estado bárbaro de incompetência dos nossos governantes em delinear e direcionar os planos e programas de governação com as necessidades dos cidadãos.

Ao tomar a iniciativa de escrever este texto que ora publico, fiquei extremamente emocionado ao ponto de chorar. Após assistir à reportagem do jornalista João Mendes que aborda a situação das  diferentes unidades do Hospital Simão Mendes onde os problemas são inumeráveis, no entanto, a desumanização na prestação dos cuidados é notável, apesar do mínimo esforço despendido pelos profissionais de saúde (Médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem, auxiliares etc..) para suprir as necessidades dos pacientes, pode-se perceber um grande vácuo no que concerne aos princípios de humanização dos cuidados. Mas tudo isso tem suas raízes fundamentada  na falta de condições para que esses profissionais possam  realizar cuidados devidos e exercer suas atividades com dignidade e carinho.

O que se passa nos serviços de saúde guineenses é muito triste e lamentável, baseando nas declarações do Dr. Agostinho Semedo que relatou a falta de glicozimitro (aparelho que controla o nível de açúcar no sangue) estetoscópio e esfigmomanómetro (aparelhos de aferição ou medir  pressão arterial) na unidade de pediatria, resta perguntar como os cuidados podem ser prestados com efetividade se não há materiais básicos como esses que acabei de enumerar?

            Será que não existe fundo de manejo no Hospital Simão Mendes?

É preciso que paremos para pensar na taxa de mortalidade materno infantil, o que nos proporcionaria uma melhor reflexão sobre os problemas de saúde na Guiné-Bissau, aliás, gostaria de convidar a todos para assistir o vídeo que se encontra no site, http://www.youtube.com/watch?v=3MP3qowAauk também postado no site WWW. didinho.org edição de 03.09.2009.

Se o maior hospital do país carece de materiais básicos de prestação de cuidados o que diríamos dos pequenos postos de saúde?

O Ministério da Saúde como órgão máximo de saúde em colaboração com a secretaria de saúde deve elaborar planos estratégicos, visando a prevenção, promoção, tratamento e reabilitação da saúde da população guineense, através da conferência nacional de profissionais de saúde guineense (C.N.P.S. G) com a participação dos quadros de saúde guineenses que se encontram na diáspora e de  mais profissionais. Pois urge a necessidade de elaboração de um plano estratégico nacional de saúde (P.E.N.S) que vise a melhoria da situação de saúde da população como um todo  assim como a melhoria da qualidade de vida dos profissionais saúde.  

*Estudante do 4º ano de enfermagem - Brasil


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