SOLIDARIEDADE

 

Por: Fernando Casimiro (Didinho)

didinho@sapo.pt

30.03.2007

 

Aos meus conterrâneos estudantes universitários na UNB alvos de um atentado racista, a minha manifestação de solidariedade e apoio num momento particularmente difícil de suas vidas.

Quero exprimir aqui a minha condenação pela barbaridade do acto e recomendar ponderação e prudência aos nossos conterrâneos.

Às autoridades brasileiras se pede o apuramento de responsabilidades deste acto que poderia tirar a vida a vários estudantes.

Que a acção judicial sirva de exemplo para acabar com estas barbaridades!

 

Governo repudia atentado contra estudantes da Guiné-Bissau em Brasília


O governo brasileiro manifestou hoje indignação pelo atentado contra alojamentos de estudantes da Guiné-Bissau na Universidade de Brasília (UnB), que foram incendiados.


Numa nota do Ministério das Relações Exteriores, o governo brasileiro "reitera o seu repúdio a quaisquer actos de violência, que não se coadunam com o espírito aberto, tolerante e acolhedor do povo brasileiro".

O atentado ocorreu na madrugada de quarta-feira, quando os atacantes, munidos com toalhas encharcadas de gasolina, atearam fogo na porta de três apartamentos da Casa do Estudante Universitário, na UnB, onde vivem alunos de origem africana.

O fogo atingiu mais um apartamento, mas os 14 bolsistas de origem africana conseguiram escapar ilesos graças à iniciativa de um estudante guineense.

Nivaldo Gomes, de 30 anos, conseguiu saltar de uma janela do primeiro andar e pegar num extintor, apagando o incêndio nas portas dos apartamentos, antes que o fogo se alastrasse ao interior dos edifícios.

De acordo com o jornal "Correio Braziliense", não é a primeira vez que os africanos são alvo de ameaças na UnB.

Em Fevereiro, as portas dos apartamentos apareceram marcadas com cruzes e foram escritas frases nas paredes da Casa do Estudante como "morte aos estrangeiros".

A UnB tomou providências para reforçar a vigilância na Casa do Estudante e apoiar os estudantes africanos.

"Estamos a oferecer casa e apoio psicológico aos alunos. Eles estarão seguros e em condições de continuarem a estudar na UnB", assegurou o reitor da universidade, Timothy Mulholland.

As vítimas apresentaram queixa na Secretaria Especial de Promoção de Políticas de Igualdade Racial (Seppir), vinculada à Presidência da República, órgão que recebe denúncias sobre discriminação racial, e também na polícia.

O atentado está a ser investigado pelas Polícias Civil e Federal.

As penas para os responsáveis podem variar entre três e seis anos de prisão, sujeitas a um acréscimo de um terço, já que o alvo do atentado foi um edifício público.

Fonte: www.noticiaslusofonas.com

 

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