SE O POVO QUER, O POVO TEM!

 

Por: Fernando Casimiro (Didinho)

didinho@sapo.pt

20.11.2008

Os guineenses votaram em massa e de forma ordeira, mostrando que a cidadania aprende-se e, acima de tudo, que na Guiné-Bissau, o povo quer a paz, a estabilidade e o seu bem-estar.

O povo também mostrou que, querendo, pode ter tudo, bastando para isso, que assuma a sua condição de dono do poder; poder esse que deve partilhar, delegando competências aos representantes (partidários ou independentes, conforme os casos),  por ele escolhido através das eleições.

Tal como se assistiu à festa da campanha eleitoral e ao acto livre e decidido de votar, caracterizados por ambientes de extrema correcção e civismo por parte do povo guineense, também se espera, por parte dos partidos políticos e coligações concorrentes às legislativas de 16 de Novembro, que a divulgação dos resultados eleitorais seja, para todos, um momento de reflexão no sentido de encararem o futuro com responsabilidade e compromisso, tendo em conta os assentos parlamentares que cada partido ou coligação obteve.

Pede-se o bom senso de todos: dos que elegeram e dos que não elegeram deputados, bem como do partido que vai formar governo.

Haja respeito e consideração dos eleitos em relação aos que não foram eleitos, pois todos podem ser úteis ao país, mesmo não estando no governo ou no Parlamento.

Haja coragem para aceitar os resultados e, caso haja argumentos que justifiquem reclamações, que se avance, pacifica e responsavelmente, em sede própria, com essas reclamações.

O povo guineense quer a PAZ, tal como demonstrou durante a campanha e no acto eleitoral e é o dono legítimo do poder, por conseguinte, a sua escolha deve ser respeitada, porquanto estas eleições terem sido livres e demonstrativas de grande maturidade na interpretação do fenómeno da manipulação de consciência, que o nosso povo, numa gestão de recursos, soube tirar proveito, rejeitando no entanto, que a manipulação de consciência tivesse influenciado o seu sentido de voto!

Estas eleições foram livres e não mereceram, durante todo o acto eleitoral, nenhuma reclamação ou insinuação dos delegados partidários presentes nas mesas de voto, por isso, haja coragem para assumir os resultados.

Ao povo guineense, resta continuar a ser o dono do poder para ter o que quiser, bastando para isso, exigir responsabilidade e responsabilização aos representantes que elegeu. Estes, não se podem esquecer, em circunstância alguma, que estão ao serviço do povo e da República, por isso, é-lhes exigido fidelidade ao juramento que farão quando assumirem os seus cargos!

Que o nosso povo se levante. Que o nosso povo se organize. Que o nosso povo saia à rua sempre que for necessário!

Se o povo reclama por melhores condições de vida, tem que se dar melhores condições de vida ao povo...!

Viva a Guiné-Bissau!

Viva o povo guineense!

Cordiais saudações a todos os amigos da Guiné-Bissau!

Vamos continuar a trabalhar!

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