SAI, A ÚLTIMA FEIJOADA

 

 

Filomeno Pina *

filompina@hotmail.com

27.01.2012

Ser candidato natural de um Partido pode ter várias interpretações, e pode até significar também que NÃO O É OBJECTIVAMENTE, por circunstâncias subjectivas ou objectivas que possam não ser favorável na intenção ou desejo em se candidatar a um cargo público. Parece-me importante admitirmos que não podemos antecipar quadros em jeito de conclusão quando a procissão ainda vai no Adro. Ser candidato natural até a apresentação normal de uma candidatura, faz muita diferença esta distância entre duas estrelas, por isso aguentemos os cavalos de corrida até ao momento da partida, aí sim havemos de reconhecer as personalidades do País que se apresentam para a prova mais bonita e ao mesmo tempo mais difícil desse dia, o primeiro dia das suas vidas como CANDIDATO NORMAL e, não natural ou espontâneo do cargo.

Conto uma pequena história, uma vez num pequeno restaurante alguém é identificado como o cliente neurótico da feijoada, havendo na ementa este petisco está pedido o prato e sem palavras, a clientela já sabe disso e ele próprio habituado a identificação como o rei da feijoada, adora. Mas só que um dia ao entrar na sua "tasquinha" preferida, senta-se e fica a saber que já não há feijoada, a última dose está a passar-lhe a frente dos olhos para um cliente ao lado, ele não gostou e então levanta-se, dá um murro na mesa e reivindica a última dose a poisar na sua mesa, e porquê, uma interrogação que ficou no ambiente do restaurante, ele então diz, porque eu sou o cliente-primeiro da feijoada, por isso é "natural" que me seja servido a última feijoada.
Esta reacção causou perplexidade e desconfiança entre os clientes que estavam todos a deliciar o que cada um pediu, até porque havia muito por onde escolher e sentar para comer, murmurava-se, não vale a pena esticar-se tanto porque a cama é curta, ainda por cima há lugar sentado para todos e venham mais que há-de chegar.
Nisto a feijoada fez uma contra-curva e aterrou em cima do balcão à espera da segunda ordem de voo, não vá a clientela habitual ficar coçada da desconsideração latente no comportamento do cliente-primeiro.
Meus caros amigos acreditem que a feijoada ainda continua encima do balcão do restaurante à aguardar um sinal definitivo, no sentido de se saber se vai ser leiloada ou se se atira a moeda ao ar, eis a situação complicada em que se encontra o Sr. Perícia, actual dono do restaurante, em saber se dedica a inesperada feijoada ao cliente-primeiro ou se deve ouvir os restantes do ambiente da tasquinha e decidir o que fazer a este doce mais desejado na culinária "masculina", todos eles não resistem ao charme e apresentação desta delícia, temos aqui o melhor exemplo disso.

Mas o Sr. Perícia como muito inteligente que é, conhecedor das taras e manias da sua clientela, deve tirar uma solução da manga que saiba bem a esmagadora maioria, para sossegar as pupilas gustativas e encher a auto-estima de alguns, advinha-se nos próximos capítulos cenas eventualmente surpreso a justificar mudanças de estado de espírito e do carácter de alguém visado no meio disto tudo. Vamos ver!

Por uma questão de bom senso a feijoada devia seguir o seu primeiro destino (mesa ao lado) e, não poisar na mesa do cliente-primeiro, pela mística atrás da orelha, talvez evitasse uma prenda "envenenada", talvez se evitasse o mau "olhado", talvez modificasse o seu comportamento perante os olhos dos "amigos", passar a ser admirado pela tolerância, respeito ao próximo na igualdade de circunstâncias e de condições, porque como cliente ocupado, trabalhador nos projectos iniciados, não vá deixá-los por causa da inesperada e última feijoada a ser servido, deve então comer o que tem entre as mãos, tirar o proveito de uma boa digestão, do que "lutar" por um inesperado e último prato a ser servido a alguém, vale a pena pensar nisto!

Devemos evitar a angústia de separação entre irmãos por causa da "comida", a comer com as mãos ninguém mete a colher, é mal visto, deve-se dançar como os outros para não levantar suspeitas, não provocar a tranquilidade dos demais do grupo, deve-se respeitar o desejo dos outros e perceber se é desejado primeiro, antes de se intitular o mais amado, pode estar enganado, pode custar caro, ainda mais caro do que todo o feijão possível e imaginário na cabeça de alguém...

Devemos todos unir esforços e fazer uma corrente de pensamento positivo centrados nesta CAUSA NACIONAL, essa energia magnética dirigida através do magnetismo pessoal, se chegar chegará bem com certeza levando até o que ninguém diz em voz alta, porque o silêncio também é comunicação e exerce função terapêutica, basta sermos intensos no desejo, por vezes resulta meus amigos, tudo de bom e pensamento positivo até o dia da vitória final. Que os camaradas (políticos) que trazem os destinos da Nação na ponta do lapis, tracem com firmeza e transparência os destinos do Povo e, que Deus ilumine e abençoe os objectivos.

Djarama


* Psicólogo clínico

ESPAÇO PARA COMENTÁRIOS AOS DIVERSOS ARTIGOS DO NÔ DJUNTA MON


VAMOS CONTINUAR A TRABALHAR!

associacaocontributo@gmail.com

www.didinho.org

   CIDADANIA  -  DIREITOS HUMANOS  -  DESENVOLVIMENTO SOCIAL