PROSTITUIR-SE NO JURÍDICO

Dr. Bacelar Gouveia

 

Por: Djiudigalinha

28.03.2007

O PAIGC o PRS e o PUSD, fizeram história na senda política Guineense ao assinarem o Pacto de Estabilidade Democrática e Governativa criando-se assim, os pressupostos jurídicos para uma estabilidade duradoura na Guiné-Bissau.

Ao assinarem o respectivo pacto, esse grupo de partidos fê-lo decerto, com plena consciência do seu peso no cenário político Guineense e também, das responsabilidades que no futuro, lhes poderão ser imputadas na deriva da vida socio-económica do pais. Tomaram consciência das suas responsabilidades, pondo de parte querelas políticas e interesses de grupos, disseram STOP aos desmandos do Governo de Iniciativa Presidencial chefiado por Aristides Gomes e sustentado pelos tentáculos do General Presidente, João Bernardo Vieira.

Assim, despoleta-se mais uma falsa "crise" no cenário político da Guiné-Bissau. Digo, falsa crise, porque de facto, não existe crise se a Constituição for aplicada e os ditames da democracia respeitados. Fala-se em "crise", pelo facto de que este acto apanhou o General Presidente à contra-pé e vê desmoronar-se o seu artifício de nova maioria para impor ao pais um Governo de sua iniciativa e conveniência.

Vai daí e aparece em cena, como sempre, uma vez mais, o apregoado "mago da ciência jurídica guineense", o Dr. Bacelar. Esse Senhor, escravo das suas fidelidades, percebe de tudo menos de ciência jurídica, ou, se percebe no que toca as questões da Guiné-Bissau é um autêntico quadrado jurídico, pois pensa por encomenda e segundo as conveniências do General.

Esse Senhor, dito Constitucionalista, tem andado a brincar e a afrontar a inteligência dos Guineenses como se fossemos atrasados mentais . O Senhor Constitucionalista, Bacelar Gouveia, fê-lo, variadíssimas vezes, sendo as últimas as que mais interessam nesta análise: durante as Tertúlias Jurídicas na Guiné-Bissau, evento preparado sob "timing" e encomenda do "lobby" do General, foi defender a legitimidade da candidatura do General às presidenciais de 2005, onde de forma petulante e desavergonhada, quis dar lições de ciência jurídica aos Guineenses. A sintonia com a pau mandado do General no STJ, era tal, que a sua "lição" vincou e saiu-se a rir dos Guineenses. Para o trabalho, oficialmente recebeu 1200 €uros, mas não se sabe quanto porventura recebeu do General e; recentemente, com a aprovação da Moção de Censura e derrube parlamentar do Governo de Aristides Gomes, aparece-nos mais uma vez, esse desavergonhado Senhor, a vociferar nas ondas da RDP-África considerações jurídicas sem nexo, sem sustentabilidade e de uma fraqueza técnica constrangedora. Enfim, penosamente, esse Constitucionalista de conveniência do General Presidente, vem com as suas patéticas argumentações, querer impingir aos Guineenses a sua prostituída intelectualidade ao serviço do Ditador General.

Ao Senhor Doutor Constitucionalista, Bacelar Gouveia, os Guineenses, dispensam e repudiam as suas ingerências nos assuntos da Guiné-Bissau; lembram-lhe que temos quadros e intelectuais bem formados e versados em ciência jurídica que lhe podem dispensar lições de sapiência e deontologia jurídica e, por fim, pedem que deixe de os tentar tratar como atrasados mentais, pois as suas teses de encomenda, entra-nos por um ouvido e saem pelo outro. Mas convenhamos que saiba, que está-se a tornar irritante nos nossos ouvidos esse seu zumbido de servilismo canino ao General Presidente.

Para finalizar, agora compreendemos o porquê do General não ser até hoje dotado na interpretação de normas Constitucionais: durante o seu exílio dourado em Portugal, tinha como professor de direito constitucional, um dito Bacelar Gouveia, hoje seu porta-voz de causas perdidas.

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