Outra Vez

 

 

 

 

 

Por: Samper Katomuar (SKA)

 

27.12.2006

 

 

Nos últimos anos, meses, semanas, dias, horas, minutos e segundos têm-nos chegado  tristes e preocupantes notícias da nossa terra. Os recados que vêm pelas ondas do mar,  pelo vento, pelas linhas telefónicas, pelas mensagens electrónicas, pelos jornais, televisões e pelas vias radiofónicas são preocupantes e comprometedoras para um Estado de direito. Eis um pequeno resumo:

 

·        Envolvimento de militares em todas as áreas ( politícas, administrativas, socais, económicas e muitas outras com a excepção das exigências do desenvolvimento contemporâneo!

·        Envolvimento dos chamados homens da contra- inteligência  sem nehuma formação aprovada por institutos inerentes, policias de trânsito, porque o país não possui policia de ordem pública, os espiões  da chamada judiciária que, em vez de investigarem os delitos económicos ou outros semelhantes, só se preocupam em entrar nos negócios ilicítos.

·        Existência de um Tribunal ou Justiça fictícia.

·        Esbranqueamento do património de todos os guineenses e dos amigos da Guiné-Bissau.

·        Uma pobreza  extrema sem a precedentes.

·        Vendas de drogas e lavagem de dinheiro para a conquista  das menores que circulam nas cidades da Guiné sem um futuro projectado, compra de carros de luxo (luxo em situação de pobreza).

·        Inauguração da sede da Interpol para colmatar a inexistência de homens/mulheres da primeira e segunda esquadra, policia móvel e da cala-boca. Mas como este número é muito reduzido, as próximas sedes serão de FSB (KGB) e da CIA. « País pequinino na tamanhu má e garandi na fama »

·        Realizações de eventos internacionais com divídas contraídas em nome do povo da Guiné.

·        Ameaças aos jornalistas que nos informam da realidade do país

·        Espancamento dos opsitores politícos de forma de cobarde, porque se assim não fosse, deviam identificar-se sem fugirem através da escuridão.

·        ANARQUISMO  NA ASSEMBLEIA NACIONAL POPULAR,

·        Etc, etc, eeeeeeeeeeeeeeeeeeetc.

 

Caros irmãos, quero vos recordar as razões da madrugada do Domingo de 7 de junho de 1998 (1), não é meu desejo que se repita e para além disso, não pertenço  a esse meio:

  1. Situação económica do país
  2. Situação politíca
  3. Sector social, mais concretamente Educação, Saúde e desigualidade de oportunidades entre os cidadãos.

 

Estes cenários não foram solucionados, porque o capitão do governo de Transição só sabia andar de canoa, apesar de passar por muitas Universidades, Institutos e Escolas Superiores  não identificadas. Foi afastado a tempo e hora. Depois vieram os chamados apaziguadores da tensão existente, que talvez pudessem vencer, mas, devido à inexperência na “manjuadade”, começaram a dançar sem ter em conta a rede  montada. Fecharam as torneiras das Finanças e das ajudas internacionais. Logo criaram pânico no seio dos  “gintões “ da nossa praça e muitos fogões deixaram de arder.

 

As fórmulas foram inventadas até não caberem no cruise ‘Elizabeth II’, mas como a matemática é uma ciência exacta conseguiram trazer o senhor general, o salvador de todos os guineense. Entrou na Guiné como mercenário, implementou de novo a divisão e a violência no seio dos guineenses. Como demagogo que sempre foi, prometeu, mas não está excutar as tarefas que o povo da Guiné neste momento precisa.

 

As promesas assim como: Perdoar as pessoas que lhe  tinham feito mal e obrigar os antigos colonos « Portugal » a enviarem docentes para ensinarem as nossas crianças, transformaram-se em situações  macabras. Montou e continua a montar estratégias para melhor sedentarizar o chão da Pátria mãe.

 

Senhor general, pensei que na sua passagem pela Europa, onde a democracia é predominante, tivesse aprendido alguma coisa, mas estou céptico da sua capacidade de aprendizagem ou  o senhor tem uma memória curta. As suas estratégias são fáceis de interpretar devido à mediocridade do conhecimento social, portanto dividiu e está a dividir para melhor reinar.  Divisões, leia-se, no seio dos militares/para-militares, politícos/partidos, camponeses/retalhistas, justiça/régulos e até no cidadão comum.

 

A Guiné entornou-se em ‘akotrobidôu’, porque ninguém confia em ninguém, as perseguições aos que têm outra visão voltou a circular na Guiné-Bissau e a violência tornou-se  no prato do dia.

As nossas crianças em vez de irem para escolas, tornaram-se "homens" de assaltos à mão armada, (a sua obra no bairro militar é sede da quadrilha), fumadores de drogas, prostitutas nas cidades do país, alcoólicos, desesperados que tentam atravessar o oceano atlântico com canoas rudimentares etc.

 

Os professsores em vez de leccionarem, tornaram-se mendigos perante o seu governo. Enfermeiros em vez de ajudarem os pacientes, tornaram-se em opositores ao seu regime e os funcionários público ou o povo em geral não conhecem um dia de sossêgo.

 

Pergunto, porque é que as crianças menores têm cabeças cobertas de cabelos brancos, será que é da prosperidade  prometida ? O país está um caos, com carros sem matrículas e vidros escuros, o parlamento está quase a deixar de existir, provalvelmente voltaremos ao sistema que vigorava nos anos  70, 80 e até meados de 90 !

 

Senhor general, neste momento está num rio rodeado de rapazes/raparigas com conhecimentos científicos, porque lhe escrevem os discursos que o senhor vai ler ao seu povo. Eles são doutores, mestress, especialistas, inspectores, engenheiros etc. nos papeis, mas são analfabetos das Universidades da vida.

Para teminar, gostaria de recomendar ao senhor general e aos seus conselheiros para que leiam as opniões e ideias do povo guineense e que as traduzam na nossa realidade.

 

Este povo é passivo, tolerante e amigo de todos, mas com a sua governação a paciência está no fim. Os chamados “gintões “ do continente, por exemplo M. Hailemarim, Ch. Taylor e muitos do seu tipo estão na  sala da Verdade.

 

 

O limão pode-se espremer, espremer e espremer, mas quando já não dá o suco, que fazer ?

 

(1)     Revista Soronda do Instituto  Nacional de Estudos e Pesquisa, Dezembro 2000

 

 

A Guiné vencerá

Abraços do irmão

 

S. Katomuar (SKA)

PROJECTO GUINÉ-BISSAU: CONTRIBUTO - LOGOTIPO

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