O PIOR CEGO SEMPRE SERÁ O QUE NÃO QUER VER NEM LER.

 

 

 

Gustavo Gomes

gustavo.gomes69@gmail.com

24.01.2011

 Gustavo GomesInteressa é demonstrar que se é doutor e portanto facultado afirmar que há dúvidas (obviamente que não desses doutores) quanto à naturalidade de Amilcar Cabral.

Dá ares de muita sabedoria e profundo conhecimento, afirmar com toda a certeza (mesmo sem nenhuma prova) que a certidão teria sido forjada para que Amilcar Cabral pudesse “ser aceite” (?) como guineense pelas autoridades de Guiné Conakri. Só por isso.

Pergunto, não teria sido mais fácil utilizar a “mesma” que já tinha “enganado” os portugueses?

Pouco irá adiantar a lógica dos factos já aqui apresentados. Quantos dos que me lêem agora se lembram de todos com quem brincaram quando tinham entre 6 e 8 anos de idade?

Quantas vezes já ouvi pessoas a dizerem que me carregaram no colo quando eu era pequenino, sem que eu me lembre disso.

Então Amilcar Cabral estudou “matrículado” em Cabo Verde, depois tirou passaporte para ir continuar estudos em Portugal, casou-se, foi nomeado funcionário público e a todos enganou mas só com respeito à naturalidade?

A Pide não descobriu essa importantíssima informação de cometimento de crime de falsidade ideológica? Alguém acredita?

De mais a mais Amilcar Cabral frequentou os mais altos escalões de nações amigas para ser creditado junto à ONU  (grande ONU de outros tempos) e pleitear a independência da Guiné e Cabo Verde. Pergunta-se, porque até nesses fóruns iria falsear a naturalidade? Qual seria o problema se fosse Caboverdiano? O que isso mudaria nos factos ou actos?

A importância internacional conquistada pela lucidez de seus discursos, a capacidade operativa, a ética com que desmoronou as ideias colonialistas  diminuem caso não tivesse nascido em Bafatá?

Não ouço ninguém blasfemar os ensinamentos islâmicos por conta dos praticantes extremistas. Isso porque, a inteligência nos obriga a perceber uma dicotomia entre a pacífica e conciliadora palavra de Alá e os atos do terrorismo religioso.

Ninguém condena Jesus Cristo como o fundador e criador  do Cristianismo só por causa de alguns padres pedófilos. O correto discernimento demonstra que os sábios ensinamentos cristãos, não comportam o desrespeito à pessoa humana.

A existência de Adolf Hitler só por ser alemão (apesar de nascido na Áustria), não nos obriga a pensar que todo alemão ou austríaco é criminoso hediondo.

Mas acreditem. Há guineenses que culpam Amilcar Cabral por tudo o que a “ala abominável “ do PAIGC  e das FARP fez e tem feito contra a Guiné-Bissau e contra valorosos quadros guineenses.

Claro que fazem coro àqueles que desejam que não se conheçam os discursos, as ideias e nem os planos de desenvolvimento elaborados por Amilcar Cabral. Pois inteligentemente  ou por correto discernimento vai-se perceber quão distante nossos últimos ditos governantes estão dos ideais de  Amilcar  Cabral.

Por isso a conveniência de desacreditar Amilcar Cabral e de não comemorar nem divulgar à altura, a sua importância histórica de unir todos para formar um País digno, correto, educado e ético.

Por isso o interesse de diminuir a todos que tiveram oportunidade de ler e conhecer a obra de Amilcar Cabral.

Por isso o objetivo de que sobretudo a juventude diante de tantas “dúvidas” não se encoraje a ler nem a  pesquisar  a vida e a obra de Amilcar Cabral.

Mas, tenho fé e esperança que a sagacidade da nossa juventude falará mais alto para perguntar-se, porque é que tanto temem Amilcar Cabral que hoje consta nos anais dos mais importantes pensadores políticos do nosso século? Porque perseguem os que o consideram Herói Nacional?  Hein?  Porque será?

Vamos portanto ler sobre Cabral para virmos aqui discutir e opinar sobre suas ideias e pensamentos. Vamos debater como, porquê a “ala maligna” do PAIGC e das FARP conseguem manter-se há tanto tempo no Poder e a fazer um Governo tão destoante da Guiné positiva que Cabral almejava.

Nha mantenhas.

 


VAMOS CONTINUAR A TRABALHAR!

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