O PAÍS NÃO PODE CONTINUAR REFÉM DOS CAPRICHOS DO GENERAL

 

 

Por: M´BOTÉ N´GUILIM

12.12.2008 

 

As eleições foram feitas há um mês e foram ganhas por maioria absoluta pelo PAIGC. O PRID do NINO VIEIRA sofreu uma derrota estrondosa. O Presidente ficou claramente fragilizado. Se fosse um verdadeiro democrata poria o lugar à disposição, ao invés de continuar as artimanhas para se manter no poder a todo o custo.

 

Depois de publicados os resultados houve reclamações públicas do PRS e da AD, bem como houve o reconhecimento público da derrota pelos restantes Partidos, inclusive por parte do Presidente do PRID do General, o Sr. Aristides Gomes.

 

Quem não se conformou com tudo isso foi o General pelo que tem dado muito que fazer. A corrente das marés não vai na sua direcção. O Chefe sentiu que o seu reinado está num plano inclinado, por isso está a desencadear vários planos para ver se ainda se prende a alguma coisa e se salva.

 

 1º:      Como se a encenação do ataque à sua residência (cujo julgamento dos acusados ainda está no segredo dos Deuses) não bastasse, agora correm vozes de que o General estaria a estudar um corredor nos bastidores de PAIGC para nomear um 1º Ministro a seu gosto em detrimento de Carlos Gomes Júnior. Seria então um 1º Ministro a mando dele que faria tudo para que as coisas ficassem na mesma, que o ilibaria facilmente das eventuais responsabilidades que poderiam advir dos casos como as investigações em curso sobre o tráfico de Drogas. Enfim.

 

2º:       As eleições já decorreram há um mês e o Supremo Tribunal de Justiça ainda não se pronunciou sobre os resultados das impugnações das mesmas. Recentemente deu entrada no Tribunal Supremo um pedido de impugnação das mesmas eleições por parte do PRID (a juntar-se aos do AD e do PRS), depois deste, através do seu Presidente Sr. Aristides Gomes ter publicamente reconhecido a derrota. De certeza que o compasso de espera serve para ganhar tempo…!? A demora exagerada do Supremo Tribunal em pronunciar-se sobre os pedidos de impugnação não deixa sombra de dúvidas sobre o que o General pretende. Caso consiga no seio de PAIGC afastar CADOGO do cargo do 1º Ministro alegando o tal consenso e nomear uma figura de confiança dele, então o Supremo Tribunal não vai levar a sério as impugnações. Caso contrário as impugnações são para levar a frente de modo a criar como sempre um caos geral no seio de PAIGC. Aliás já começou o caos, a propósito da proposta da nomeação de um jurista para o cargo de Presidente do Parlamento, pelos vistos os Srs. Hélder Proença, Cipriano Cassamá e Benante também se vão candidatar. Toda esta confusão levará a uma instabilidade geral, que seria o objectivo do General para assim propor um Governo de unidade nacional com negociatas de ministérios chaves para a Presidência e seria meio caminho andado para preparar as presidenciais.

 

ORA O PAIS NÃO PODE CONTINUAR REFÉM DOS CAPRICHOS DO GENERAL

Com estas legislativas o povo foi claro. Disse não à droga e aos partidos afins. O povo não votou no PAIGC, só quis dar uma segunda oportunidade ao Carlos Gomes Júnior. É esta leitura que o Sr. Cadogo tem que fazer para poder formar um bom Governo que garanta a estabilidade. O Povo quer um Primeiro-ministro que diga basta ao General; alguém isento, capaz de investigar a fundo a questão do tráfico de drogas; capaz de instituir uma política correcta de saneamento económico e controlo das receitas públicas; um Primeiro-ministro capaz de criar as infra-estruturas mínimas para o arranque do desenvolvimento sustentável do país.

 

Caro CADOGO, o povo já definiu o quer. O Sr. CADOGO só tem que dizer se pode assumir ou não.

 

PARA SI FICA UM CLARO AVISO:

 

Não ceda aos caprichos do General de nomear outra figura como 1º Ministro;

 

Nem ceda às histórias de costume, de entregar os ministérios chave às figuras da confiança do general, porque um Presidente Isento não precisa do Ministério da defesa;

 

Cumpra a promessa eleitoral de formar governo com quadros competentes não olhando só a cor partidária;

 

Lute incansavelmente contra os traficantes de droga sejam eles quem forem.

 

Se o Sr. falhar nestes objectivos, pode ter a certeza que não completará os 4 anos da legislatura. Pois estará a quebrar a confiança do povo e a vontade popular expressas nas urnas, estando assim a abrir uma brecha para ser atacado e afastado pelo General.

 

Para os meus irmãos guineenses, alerto que estamos a acabar os últimos cartuchos. Vamos dar um benefício de dúvida ao Sr. CADOGO tendo em atenção a expressão das urnas. Se CADOGO falhar será exactamente a sua morte política. Pois significaria que estendemos a mão ao eixo de mal em detrimento das necessidades do povo guineense.

 

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