O PAÍS DO FUTEBOL, DA TELENOVELA E DO CARNAVAL, NO EXERCÍCIO DA CIDADANIA DEMOCRÁTICA

 

Convém sermos pacíficos, porém, não passivos.
 

 

Nataniel Sanhá  

nataniel005@hotmail.com

24.06.2013

Nataniel SanhaPaís de futebol, telenovela e carnaval, estou com isso a referir a República Federativa do Brasil, como as vezes é denominado, devido a grande fama do seu futebol, telenovela e carnaval no mundo.

Nesses últimos dias está acontecendo manifestações passíficas, contra corrupção e investimentos desnecessários no Brasil, que está sendo considerado de Outono brasileiro.

Tudo começou com um aumento de vinte centavos  (20 cent.) sobre os preços de transportes públicos, o que motivou a saída nas ruas do movimento “Passe livre”, em São-Paulo, e rapidamente alargou as manifestações por todo Brasil e nos paises estrangeiros pelos cidadões brasileiros, como, Estados unido, Reino Unido, Portugal, … acrescentando nas pautas de protesto desagrado do povo contra corrupção e ivestimentos desnecessários, principalmente investimentos para organização da Copa Mundial, em deterimento de mais saúde e educação, aliás, uma vida pública de qualidade.

Geralmente foi muito passivo as manifestações, apesar que houve alguns confrontos entre manifestantes e os policiais, e alguns actos de depredação e vandalização dos patrimónios públicos e privados, o que mereceu lamento e repúdio pela presidente Dilma, na sua primeira intervenção sobre as manifestações no pais.

Em consequência dessas revindicações, em alguns Estados já houve redução dos preços dos transportes públicos. Entretanto, na opinião de muitos brasileiros, grande resultado dessas manifestações, não é as medidas imediato que governo pode tomar, atendendo as exigências dos protestos, mas sim, é a sensibilidade para uma conciência de exercício pleno da cidadania que o povo brasileiro vai ganhar.

Eu vejo muitas similaridade entre o povo guineense e o povo brasileiro, desde estruturas cultural e social, assim como em vários aspectos. São povos ricos em valores humanos, expostos nas suas alegrias de viver a vida e de acolher sempre um estranho nos seus seio. E enfim. Também pode-se notar um pouco dessa similaridade desses dois povos nas suas histórias, por serem colonizados todos pelo Portugal.

Portanto, acho, o que está havendo no Brasil pode ser acatado pelos guineenses para cobrar aos nossos governantes responsabilidade e cumpromisso sério com o nosso intento e do pais.

Será que ainda não é hora, ou não temos motivo para isso?

Não estou querendo dizer que os guineenses devem acatar esse exemplo brasileiro com o mesmo método, tendo em conta a nossa realidade, mas, pelo menos a sensibilidade de saber cobrar os nossos governantes e exercer os nossos direitos civis.

Por exemplo, temos ciência dos nossos reprisentantes parlamentais (deputados) que não defendem os nossos interesses, nem propõem projectos do nosso interesse. Porém sempre votamos neles, só por camisetas do partido, almoço de um dia, . . .

Ainda vejamos:

Qual é a condição dos nossos hospitais públicos? Sabemos que não é nada de bom, e nenhum governante ou algum membro da sua familia faz tratamento médico nos nesses hospitais. Também nem toda populaçâo tem acesso à eles, mesmo em Bissau.

Qual é a situação do nosso ensino público? Temos conhecimento que não é nada de bom, e nenhum familiar dos nossos governantes estundam nas escolas públicas. Igualmente, nem toda a população tem acesso a educação.

Qual é a situação da nossa justiça? São tantas atrocidades comitidas na Guiné-Bissau, os seus autores continuaram impunis, também outras, ainda não sabemos dos seus veriditos.

Como é que as pessoas ascendem aos cargos ou funções governamentais e na administração pública guineense? Tudo é na base de neputismo, amizade e clientilismo, ao envez de basear na compotência, responsabilidade e sério comprimitimento para com intento de bem de todos guineenses.

São tantas as promessas de melhoria da situação de saúde, educação e justiça do pais, por parte dos nossos governantes, até já se parece ordem obrigatória dos discursos dos nossos políticos durante campanhas eleitorais, mas nunca se verifica essa melhoria.

Portanto, até quando continuaremos permitir que nos enganem?

Até quando continuaremos deixar de tentar exercer plenamente a nossa cidadania?

Guineenses já é hora de tentarmos exercer plenamente os nossos direitos cívicos, pois assim, comprovaremos o nível da maturidade da nossa democracia, e o nosso patriotismo para desenvolvimento da Guiné-Bissau.

Carros compatriotas, só devemos ser passificos, porém, não passivos. Portanto, já basta de limitarmos a fazer lamúrias e misquinhas nas nossas casas, e assumirmos logo a nossa real cidadania.

Viva Guiné-Bissau,

Viva unidade nacional

Un dia no kabas na sabi

Nataniel Sanhá

Graduando em Ciências Economicas e Teologia, pela Universidade Federal de Santa Catarina e Instituto Batista de Educação, respectivamente, em Brasil.

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