Mutilação genital feminina

 

Projeto DJINOPI

 

 

 

Filomena Embaló

fembalo@gmail.com

01.09.2010

 Filomena EmbalóVimos uma vez mais, neste nosso espaço dedicado à Mulher, trazer um tema que tem merecido a nossa atenção por várias ocasiões: a mutilação genital feminina. Já aqui nos referimos às justificações culturais dessa prática e apontámos para as consequências graves para a saúde da mulher que a ela é submetida.

 

Hoje temos o grato prazer de apresentar o projeto Djinopi - Djintis Nô Pintcha, que tem como objetivo o de combater as mutilações genitais femininas, agindo a montante da prática e derrubando desta feita os "alicerces" da sua perpetuação: a mentalidade comunitária conservadora e a fonte de rendimentos das fanatecas ou excisoras.

 

Com efeito, o projeto, que se define como uma nova abordagem de um outro anterior, "Direitos da mulher", que funcionou de 2001 a 2003, põe a tónica na necessidade de uma mudança de mentalidades ao nível das comunidades onde a excisão é praticada, bem como na criação de alternativas de ocupação e fontes de rendimento de quem tradicionalmente pratica a excisão. Assim, para a mudança de mentalidades, o projeto terá como grupos alvos, para além das jovens, mães e demais mulheres da família e/ou ligadas à prática, todos quantos tenham uma função de formação de opinião:

os pais e outros membros importantes da família, os jovens em idade de se casarem, os homens adultos e os anciãos, as autoridades tradicionais, os profissionais da saúde pública, os professores primários, políticos e funcionários dos ministérios, agentes do desenvolvimento e jornalistas.

 

O projeto reúne 5 ONGs locais, com uma presença em Quinara, Oio, Bafatá e Bissau e conta com a colaboração de 30 animadores e facilitadores. Uma campanha de solidariedade para com o projeto foi lançada em maio último com o objetivo de promover esta iniciativa e de angariar  Amig@s do Djinopi. 

 

Convidamos os nossos leitores a associarem-se a esta causa aderindo a sua rede de amiz@de.

 

Esperamos que esta feliz iniciativa venha a contribuir eficazmente para extinção de uma prática que vai contra a integridade física da mulher e consequentemente contra os seus direitos enquanto ser humano.

 

 

PROJECTO DJINOPI (2010-2012) DJINTIS NÔ PINTCHA

 

 

 

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