IMPERIALISMO COM ESTRATÉGIA DE LÍBIA NO EGIPTO

 


 

Nataniel Sanhá  

nataniel005@hotmail.com

30.08.2013

Nataniel Sanha“Mais cedo ou mais tarde vou morrer. Melhor morrer por meus direitos do que na cama.  As armas não nos assustam mais” afirma, a jovem Sara Ahmed, de 28 anos, técnica de administração, que aderiu às manifestações no Cairo. Ainda salienta a Sara, “não se trata da Irmandade Muçulmana, trata-se de direitos humanos.”

Será que o NATO não está ouvindo isso?

Será que o Conselho de Segurança das Nações Unidas não está vendo tudo isso?

E apesar de tudo, estão a considerar o conflito no Egipto de um conflito religioso e étnico, entre facções judaico-cristãs pró-ocidente, de um lado, e de outro, facções pró-oriente árabes, muçulmanos, budistas, confucionistas, etc…

Isso não tem coerência, se bem que, num universo de 82,54 milhões de habitantes do Egipto (segundo o censo de 2011), mais de 78,41 milhões, correspondente mais de 95% são muçulmanos. Pelo que não são malucos para invadiram as mesquitas matando os seus irmãos, a quem confessam a mesma fé e religião.

Os imperialistas de novo a repetirem as suas estratégias de Líbia contra Coronel Mohamad Kadafi no Egito, dessa vez com Irmandade Muçulmana.

Com Líbia, apesar de usaram tantas recursos, um dos quais a imprensa, denegrindo a imagem deste grande revolucionário africano, Mohamad Kadafi, até ao ponto de o vulgarizaram de como um ditador. Porém, como é bem reconhecido o seu espirito patriótico para com o seu continente e a sua ambição para real liberdade política e econômica e bem estar do continente e do povo africano, não lhe fez perder a solidariedade da maioria dos líderes dos países africanos e de quase todo povo africano, até alguns países enviaram os seus militares para combateram a favor do Coronel.

Entretanto, depois de levantaram calunia contra Coronel Kadafi, de estar a bombardear as pessoas que não querem aceitar islã, por isso, perdeu superficialmente os seus aliados tanto no continente, assim em todo mundo, ficando numa solidão na guerra contra imperialistas.

Os países imperialistas estão atrás de tudo em perpetrar atual conflito no Egito, e de novo usando a mesma estratégia como fizeram na Líbia, aliás, como sempre fazem na África. Por isso, estão deturpando a realidade dizendo que é um conflito religioso ou étnico.

Mesmo assim, lembro que uma das alegações do Conselho de Segurança das Nações Unidas para criação de zonas de exclusão aérea na Líbia, contra domínio aéreo do Kadafi, é que os rebeldes quase são desarmados, pois, não têm capacidade material para combater as forças do governo do Coronel Mohamad. E, o mesmo está acontecendo no Egipto com Irmandade Muçulmana, e nada estão a fazer, só na primeira semana, o conflito do Egipto vitimou mortalmente mais de 1.000 pessoas. Tudo isso não é nada, pois, o Egipto não tem petróleo, e não tem como retribuir as despesas da guerra, ou melhor, as autoridades governamental do Egipto à marche das ansiedades dos senhores imperialistas.

É muito triste assistir os líderes africanos, ainda no pleno século XXI, a aceitarem alienar aos imperialistas, até ao ponto de fazer esse tipo de atrocidade contra o seu próprio povo e ao seu pais, só por seus interesses egoístas.

“Neste quadro, as lideranças da organização política Irmandade Muçulmana, com estreito colaboracionismo com os órgãos de espionagem e de “operações especiais” de Washington, Telavive e Arábia Saudita, são protagonistas especiais no tabuleiro da complexa sociedade do espetáculo que se pinta de cores religiosas, seja no Egito, seja em seus vizinhos que se estendem do Magréb até o Afeganistão, a leste, e até a Síria e Turquia, ao norte.”- Doutor José Martins; Professor de Economia Política na Universidade Federal de Santa Catarina; Critica Semanal de Economia; Agosto 2013.

Portanto, o tempo nos comprovou que a invasão à Líbia, não era motivada por razoes humanas, mas sim, por razões políticas e econômicas.

Salve os verdadeiros pan-africanistas.

Nataniel Sanhá

Graduando em economia e teologia, pela Universidade Federal de Santa Catarina e Instituto Batista de Educação, respectivamente - Brasil.

 

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