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No próximo 29 de outubro,
a Assembléia Geral das
Nações Unidas discutirá
e levará a votação o
projeto de resolução
"Necessidade de pôr fim
ao bloqueio econômico,
comercial e financeiro
imposto pelos Estados
Unidos da América contra
Cuba".
Durante 16 anos
consecutivos, a própria
Assembléia Geral
aprovou, por crescente e
esmagadora maioria,
similares resoluções; a
última delas, em 30 de
outubro de 2007, com o
apoio de 184 países.
O
OBJECTIVO DO PLANO BUSH:
RECOLONIZAR A CUBA (II)
Em
24 de Outubro de 2007, o
presidente Bush anunciou
outra escalada de ações
anti-cubanas, ratificou
a sua política de
bloqueio e anunciou
“novas iniciativas”, ao
qual juntou um apelo ao
uso da força para
derrocar o Governo
constitucional cubano.
As novas ações estavam
em perfeita sintonia com
a estratégia traçada no
Plano para a
recolonização de Cuba o
Plano Bush ), aprovado
em 6 de Maio de 2004 com
o propósito declarado de
destruir a Revolução
Cubana.
Num relatório elaborado
pelo Gabinete de
Auditoria do Governo
dos Estados Unidos (GAO
pelas suas siglas em
inglês), publicado em
Novembro de 2007 foi
reconhecido
explicitamente que o
bloqueio contra Cuba
constitui o conjunto de
sanções económicas mais
abrangentes impostas
pelos EUA, considerando
os 20 programas de
sanções aplicados a
diferentes países.
Até Dezembro de 2007
–utilizando metodologias
de cálculo
conservadoras– a
política de bloqueio
económico, comercial e
financeiro dos
Estados Unidos contra
Cuba ocasionou perdas
económicas ao país por
um valor superior aos 93
bilhões de dólares.
Como amostras
irrefutáveis das
numerosas ações que
entraram em andamento
para reforçar o ferrenho
bloqueio imposto a Cuba
no período compreendido
entre Julho de 2007 e o
primeiro semestre de
2008, assinalamos alguns
exemplos:
_ Em 30 de Junho de
2007 funcionários do
Departamento de
Segurança Interna dos
Estados Unidos
retiveram um
carregamento de
doações médicas na
sua passagem pela
fronteira Maine-
Québec, que foi
colectado pela
Caravana de Amizade
Québec-Cuba e que seria
trasladado para Havana
pela 18ª Caravana da
Organização
Pastores pela Paz
para investigar a
sua presumível “ameaça”
à segurança dos EUA.
_ Em 11 de Julho de 2007
o Gabinete de Controle
de Ativos Estrangeiros (OFAC),
informou que a companhia
norte-americana Logica
CMG Inc. foi multada num
montante de 220 000
dólares. Depois disso
também foram multados o
Banco United Advantage
Northwest Federal Credit
Union, a companhia
financeira
norte-americana
Citigroup, o Bank
Atlantic e a RMO, Inc.
_ Em 5 de Agosto de 2007
se soube que o
Departamento do Tesouro
não renovou a licença à
ONG norte-americana
Population Services
International (PSI) para
continuar os seus
projectos de colaboração
com Cuba, que incluíam o
fornecimento de
preservativos "Vives" e
a sua distribuição a
grupos vulneráveis de
contraírem a AIDS.
-Em 7 de Fevereiro de
2008 a Casa Branca
publicou uma notificação
emitida pelo presidente
Bush no dia 6, titulada
“Continuação da
Emergência Nacional
Relativamente a Cuba e
da Autoridade de
Emergência sobre a
Regulação da Ancoragem e
Movimento de Naves”, que
prorroga a Proclama
Presidencial 7757 de
2004, que estendeu o
alcance da emergência
nacional em torno a
Cuba, para impedir a
entrada de embarcações
de recreio dos EUA em
águas cubanas, como via
para privar o país de
recursos financeiros e
recrudescer o bloqueio.
_ Em 4 de Abril de 2008
o Departamento de
Segurança Interna, em
particular, o Serviço de
Guarda-costas dos EUA,
emitiu novas regras de
segurança para os navios
que chegam a território
norteamericano
provenientes de
determinados países,
incluindo Cuba, por
considerar as vigentes
“inoperantes no
cumprimento das medidas
antiterroristas”. Sob
essas medidas os navios
seriam submetidos a
inspeções adicionais ao
chegarem a portos
norte-americanos e a
novas imposições
adicionais de gastos por
conceito de segurança.
* Relatório de Cuba a
respeito da resolução
62/3 da Assembleia Geral
das Nações Unidas
“Necessidade de pôr
termo ao bloqueio
económico, comercial e
financeiro imposto pelos
Estados Unidos da
América contra Cuba “ |
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