EDUCAR É FORMAR!

 

Por: Fernando Casimiro (Didinho)

didinho@sapo.pt

13.01.2008

Este texto é um complemento ao trabalho de apresentação que fiz aquando do lançamento do tópico sobre a Educação, no Fórum do Projecto Guiné-Bissau: CONTRIBUTO a 14 de Agosto de 2006 e servirá para o relançamento do espaço EDUCAÇÃO recentemente criado e posteriormente sujeito a reformulação.

Uma reformulação de todo necessária, devido à importância primeira da Educação em todo o processo de interacção social, com vista a alcançar objectivos sectoriais e globais, de desenvolvimento, de qualquer país e, por conseguinte, de qualquer sociedade.

O modelo anteriormente criado foi pensado numa lógica de participação criteriosa, é certo, mas não no sentido discriminatório das capacidades e potencialidades de cada um como medida selectiva ou restritiva de participação.

Quando decidi atribuir a coordenação do espaço Educação ao Prof. Mamadu Lamarana Bari, fi-lo atendendo ao seu brilhante currículo e porque reconhecidamente, a nível técnico, era a pessoa indicada para promover o debate sobre a nossa Educação, pese embora, exercer a sua actividade académica fora do país e, por conseguinte, sem conhecimento profundo da realidade interna ao pormenor, devido à falta de dados estatísticos actualizados ou mesmo desactualizados, pois simplesmente, há poucos dados sobre a nossa Educação.

Para compensar a lacuna dos dados estatísticos bem como para proporcionar uma valorização do debate sobre a Educação, decidi pela aproximação e participação de ex- governantes ligados à Educação, bem como de quadros superiores com experiência educativa, no intuito de conseguir, através das suas participações, a obtenção de dados de referência, pelo menos dos seus períodos à frente do Ministério da Educação ou, noutros casos, das suas experiências em instituições de alguma forma ligada à Educação.

Fiz os convites, a maioria dos convidados aceitou participar, ainda que, em conformidade com a disponibilidade de tempo.

Era um excelente painel, sem dúvida!

No entanto, sem trabalho, não pode haver Educação!

Até hoje não recebi nenhum texto das pessoas que aceitaram participar neste debate sobre a Educação!

Compreendo, mas não aceito que o tempo seja a causa principal de participarem ou não, pois tal como eles, os que se batem para que a formação do Homem guineense seja uma realidade, também têm compromissos pessoais, familiares e profissionais. Mas ainda assim, sabem que devem fazer um pequeno sacrifício pelo país!

Fica, no entanto, espaço aberto à participação de todos, aliás, este novo modelo apresenta-se como um modelo aberto, onde cada um expõe as suas ideias e opiniões, sem ter necessariamente, que responder ou participar nos tópicos lançados por outros.

Decidi que o espaço Educação deve ficar sem coordenador convidado, porquanto a tarefa de coordenação não se justificar nesta fase.  Creio que este novo modelo será mais participativo e mais diversificado nas abordagens sobre a nossa Educação.


Neste espaço vamos falar sobre o estado da nossa Educação em geral e dos vários sectores do Ensino em particular.

Será que as orientações para a Educação na Guiné-Bissau são as melhores?

A Educação como mecanismo de formação do Homem, não justifica na Guiné-Bissau debates frequentes por forma a acompanhar a evolução e experiência de outros países?

Será que as experiências dos próprios formandos guineenses fruto da convivência com vários sistemas de ensino no estrangeiro não deveriam ser factores de aprendizagem a considerar por forma a elaborar um caderno de pesquisas e orientações dessas experiências?

Será que os pais das nossas crianças não devem ser incluídos nas estruturas pedagógicas dos vários níveis do nosso ensino, ou seja na motivação para o papel que lhes cabe na educação dos seus filhos?

Há muitas questões sobre a Educação, espero pela participação dos nossos estudantes, dos pais e de todos os guineenses em geral no debate deste tema que engloba áreas como:


O ensino pré-primário

O ensino primário

O ensino secundário

O ensino técnico-profissional

O ensino superior

Paralelamente a estas áreas de ensino, é de suma importância a abordagem sobre a ALFABETIZAÇÃO, pois o nosso país continua a ter índices elevados de analfabetismo, um mal que é preciso erradicar e que exige políticas concertadas e de acção imediata. É verdade que várias campanhas foram e estão a ser levadas a cabo nesta matéria com a participação de organismos internacionais e a colaboração de países como Cuba, Portugal e o Brasil. A Guiné-Bissau teve inclusivamente entre 1975 e 1977, a participação directa do já falecido Professor Paulo Freire, pedagogo brasileiro, dos mais prestigiados a nível mundial, na elaboração do primeiro programa nacional para a ALFABETIZAÇÃO.

Programa que não chegou a ter o sucesso pretendido, por interferências políticas na sua execução.

Hoje, volvidos todos esses anos, devemos rever o que foi feito até aqui no sentido da estruturação de novos modelos que possam ser mais eficazes na erradicação do analfabetismo na Guiné-Bissau.
 

Educar é formar, mas também, é aprender!

Um verdadeiro educador só o é, quando consegue compreender que ao ensinar, também está a aprender, ou não fosse a EDUCAÇÃO um processo recíproco e contínuo de ensino e aprendizagem durante todo o percurso  e em todas as vertentes da nossa vida!

Dê a sua opinião, apresente sugestões, participe!

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