Fernando Casimiro (Didinho)

Fernando Casimiro (Didinho)

didinhocasimiro@gmail.com

17.09.2013

  DO MEU LEQUE DE PREFERÊNCIAS...

Prefiro que os meus irmãos guineenses antes de tudo, e relativamente à Guiné-Bissau, demonstrem que estão comprometidos com o país, com o interesse nacional, com a paz e o bem-estar comum!

Se assim for, estaremos todos do mesmo lado, em busca do MELHOR para a Guiné-Bissau e para o benefício COMUM!

Prefiro que me digam que condenam golpes de Estado e não apenas o golpe de Estado de 12 de Abril de 2012, mas todos os que ocorreram na Guiné-Bissau, desde o primeiro, ocorrido a 14 de Novembro de 1980, sem esquecer o de 14 de Setembro de 2003 que derrubou kumba Yalá; E que, perante factos consumados, há que arranjar saídas para crises estabelecidas, saídas essas que não prejudiquem mais ainda a Guiné-Bissau e todo o nosso povo!

Prefiro que digam que acompanham a situação política do país, enquanto cidadãos, com direitos e deveres para com o país que é de todos os guineenses e por isso, quando os eleitos directamente ou, indirectamente, pelo povo, ainda que sejam "nossos" familiares" "nossos" amigos, etc., agirem mal (ainda que na nossa perspectiva) saibamos criticá-los, argumentando a nossa crítica com evidências e propondo soluções.

Ao longo de muitos anos, tenho constatado posicionamentos de conveniência em defesa de pessoas que deveriam ser responsabilizadas pelos seus actos em prejuízo do país, das instituições nacionais e do nosso povo!

Por que será que a Guiné-Bissau não tem Instituições Fortes?

Simplesmente porque algumas pessoas, com poder, que não o poder atribuído pela Constituição da República, substituem as Instituições, ao ponto de transformarem o Estado em suas propriedades...Não estou a referir-me exclusivamente aos militares, como tem sido hábito e fácil acusar!

A Organização do Poder Político do Estado não está atribuída constitucionalmente e nem está na posse das Forças Armadas, contrariamente ao que se diz, aliás, provou-se isso mesmo, de forma inequívoca, recentemente, quando a Lei da Amnistia ao Golpe de Estado não foi aprovada na Assembleia Nacional Popular.

Então, se estamos de facto, perante uma ditadura militar; se estamos, de facto sob um regime militar, seria necessário levar ao parlamento uma proposta de Lei de amnistia ao golpe de Estado de 12 de Abril, que poderia não ser aprovada, como efectivamente aconteceu, sem consequências políticas e outras para ninguém...?

Pensou-se nesta importante constatação, por forma a tirar-se as devidas ilações da naturalidade da aceitação da votação dos deputados, enquanto representantes eleitos do povo guineense, bem como da aceitação dos militares dessa decisão política?!

Afinal, há espaço para se falar em democracia ou não, no actual contexto sócio-político da Guiné-Bissau?

É que se não formos capazes de reconhecer estes indicadores positivos, estaremos, nós próprios a negar, continuamente, a existência de democracia no país, bem assim a recusar as repetidas manifestações das Forças Armadas, de submissão ao poder político, independentemente do golpe de Estado ocorrido a 12 de Abril de 2012.

Será que os militares invadiram o Parlamento; será que impuseram ao poder político, por coação, que a Lei fosse aprovada...?

Caramba!

Vamos com calma, com inteligência, reconhecendo que também há factos a considerar como positivos e sinónimos de existência de vias a explorar para que se consiga (ainda que, com muito trabalho, muita paciência, muita tolerância, cedências e, sobretudo com muita sapiência) juntar o útil ao agradável e trabalharmos todos juntos por uma Guiné-Bissau Positiva, sem atropelos, sem abusos, mas também, sem hipocrisia e conveniência com base na defesa de interesses pessoais e outros, em detrimento do interesse nacional, quiçá, do colectivo!

Permitimos ao longo dos anos ditaduras de conveniência, em função dos nossos interesses e hoje, continuamos a digladiar, entre nós, por causa de meia dúzia de indivíduos, uns dum lado e outros do outro, pondo em causa TUDO, incluindo o futuro dos nossos filhos, netos e bisnetos, apenas para salvaguarda dos nossos interesses de momento... Incrível!

Prefiro que haja responsabilização, chamando as pessoas pelos seus nomes, evitando com isso, generalizar e denegrir instituições nacionais!

Prefiro que se critique, que se apresente factos; que se proponham soluções, se possível; que se alargue o espaço de debate a todos os guineenses e amigos da Guiné-Bissau, sem exclusão, com base na diferença de pensamento ou de posicionamento!

Prefiro ver os guineenses decididos e empenhados a dar o melhor que têm e podem ao país e ao nosso povo, JUNTOS e não cada um por si e Deus por todos!

Não tenho dúvidas de que se quer o melhor para o país e que todos estão fartos de ver a Guiné-Bissau tal como está, porém, há que trabalhar em metodologias sustentadas visando mudanças igualmente sustentadas.

Por que não, ao invés de concluirmos que todo o mal da Guiné-Bissau assenta nas suas Forças Armadas, tentarmos conhecer a realidade das Forças Armadas, para assim, melhor compreendermos a Instituição, a fim de melhor nos posicionarmos sobre as verdadeiras razões dos problemas que são atribuídos como responsabilidade das nossas Forças Armadas?

Vamos continuar a trabalhar!


A Guiné-Bissau é a soma dos interesses de todos os guineenses E NÃO DOS INTERESSES DE UM GRUPO OU DE GRUPOS DE GUINEENSES! Didinho


VAMOS CONTINUAR A TRABALHAR!

Cultivamos e incentivamos o exercício da mente, desafiamos e exigimos a liberdade de expressão, pois é através da manifestação e divulgação do pensamento (ideias e opiniões), que qualquer ser humano começa por ser útil à sociedade! Didinho

O MEU PARTIDO É A GUINÉ-BISSAU!

 

MAPA DA GUINÉ-BISSAU


VAMOS CONTINUAR A TRABALHAR!

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