REPÚBLICA DA GUINÉ-BISSAU

MOVIMENTO DE CIDADÃOS LIVRES (MCL)

 

DISCURSO POR OCASIÃO DO LANÇAMENTO DO MCL

 

SENHOR REPRESENTANTE DO GOVERNO,

SENHOR REPRESENTANTE DO MOVIMENTO NACIONAL SOCIEDADE CIVIL,

SENHOR REPRESENTANTE DO UNIOGBIS,

ILUSTRES CONVIDADOS,

O Movimento que hoje celebramos o lançamento oficial no espaço público nacional é resultado de uma longa reflexão que durou dois anos levada a cabo por quadros guineenses. Os autores do projecto, desde início, partilharam a convição de que a democracia só tem sentido  quando é feita de cidadãos esclarecidos, caso contrário seria um mero mito ao serviço dos detentores do poder. A gestão da coisa pública pelos dirigentes de Estado deve ser avaliada e sancionada pela opinião pública crítica. A filosofia do nosso movimento basear-se-á na partilha de informações numa interação directa com as populações guineenses. Os fórums de debates constructivos sobre as questões do interesse público estarão no centro da abordagem da nossa organização.

No século XXI a tradição do militantismo deve ser progressivamente substittuida pela exigência da cidadania em que o povo determina a forma como quer que seja governado. A convição dos iniciadores deste movimento reside no facto que a ausência de uma orientação crítica permanente em relação à gestão das instituições do país contribuem para a cultura de conformismo e indiferença que só conduzem à  hemorragia da história.

O nosso movimento acredita que só é possível ter uma Guiné-Bissau estável e próspera  quando cada cidadão sentir-se valorizado e respeitado na sua própria terra e que os gestores do Estado prestem conta aos seus cidadãos.

ILUSTRES CONVIDADOS,

A finalidade deste projecto é basicamente de construir uma nova consciência de independência como ingrediente essencial para a edificação de um país que apesar de ter  conquistado com mérito e sacrifício a sua soberania tem vindo a perder os valores de independência, de liberdade, de diginidade humana e de solidariedade. O nosso propósito com este movimento é lutar para que o guineense normal, seja ele condutor de taxi, comerciante, servente, mecânico, carpinteiro, pescador, agricultor, tenha acesso às reais informações sobre a governação do seu país. Para nós, é esta a dimensão magna da democracia.

Na luta pela construção de uma massa crítica na sociedade guineense não faltarão obstáculos, dos quais o analfabelismo e a probreza, e o nosso movimento tem a consciência que não se pode erradicar o segundo sem banir o primeiro. Por isso, a luta por um ensino de qualidade no nosso país, será um eixo fundamental da nossa atuação pública como forma de contribuir seguramente para a libertação total do homem e da mulher guineenses.

ILUSTRES CONVIDADOS

O Movimento de Cidadãos  Livres entende que não se pode alcançar a paz durável enquanto permanecer a miséria e a má repartição das riquezas do país. As desigualdades sociais acentuadas pelas práticas de corrupção e impunidade a todos níveis, acabaram por colocar o nosso país numa instabilidade profunda. Para inverter  esta tendência, é necessário um novo contrato social assente em valores de transparência, meritocracia, e honestidade na gestão da coisa pública. Esta é a razão de ser deste projecto. A Guiné-Bissau, tendo em conta a natureza competitiva do seu povo pode, a médio prazo, ser um exemplo de sucesso e inspirar, como no passado, outros povos no mundo.  O MCL trabalhará afincadamente para a realização deste objectivo.

O nosso sonho é fazer de cada guineense um cidadão livre de corrupção, de fome, de desinformação, de injustiça, de descriminação,  de ignorância e de medo e que seja capaz de pensar por si mesmo e oferecer algo para a civilização mundial.

Muito Obrigado

Bissau, 06 de Julho de 2013

 

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