DISCURSO DE SAUDAÇÃO AOS NOVOS ACADÊMICOS DA ACADEMIA NACIONAL DE ECONOMIA (ANE) - BRASIL

 

Prof. Dr. Mamadu Lamarana Bari

“Excelentíssimos Membros Titulares Acadêmicos da Academia Brasileira de Ciências Econômicas, Políticas e Sociais, também reconhecida pela nominação de Academia Nacional de Economia...”.

Ilustríssimos Membros Academistas Especiais da Academia Nacional de Economia - ANE

Autoridades, Convidados,

 

Senhoras e Senhores,

 

 

É com honra e satisfação que dirijo saudação especial a esta congregação, de personalidades importantes da vida política e social desta nação e em nome delas na minha pessoa saúdo os novos Titulares desta Academia, os imortais não somente pelo titulo honorífico que se atribui a acadêmicos, mas, com méritos especiais pelas contribuições prestadas à sociedade Brasileira e quiçá mundial através das obras e ações singulares nos campos cultural, político, social e científico, com reais e benéficos efeitos para a esta e futuras gerações. Afetuosas boas vindas aos notáveis Acadêmicos que aqui e agora, solenemente, se incorporam a esta Congregação, para consolidar e continuar, nesta Magna Instituição, o cultivo do saber puro, dinâmico, atual e evolutivo, junto à sociedade, inserida no contexto universal com o compromisso de servir e trabalhar para o bem da VERDADE e do SABER, estes, dois atributos que, se bem exercitados, trazem grandes benefícios para a humanidade. Prezados Acadêmicos, esta é a nossa nobre missão, a de servir com dedicação e amor.

 

Nesta saudação que representa a acolhida de quantos aqui militam, fraternos e novos imortais, queremos e temos a certeza da consciência plena do que significa este compromisso cujo objetivo é somar, com a missão de dividir com o próximo o conhecimento, a cultura e a ação convertendo-a em benefício da ciência, da justiça e do bem para a humanidade.  Aos que trazem as experiências de suas realizações intelectuais e profissionais, a certeza e esperança dos esforços para prestigiar e fazer crescer esta instituição do saber e da cultura que é a Academia Nacional de Economia – ANE, fundada há mais de 6 (seis) décadas, cuja finalidade é promover e estimular o desenvolvimento da investigação, em qualquer domínio do conhecimento.

 

O mérito de suas indicações, além das qualidades morais, intelectuais, reside, também, no reconhecimento dos trabalhos profissionais e científicos desenvolvidos.

 

Prezados Acadêmicos, o ato de se doar ao serviço desta Instituição, é sobretudo, o de contribuir para o despertar da consciência cidadã, com a qual, todos possam se empenhar ao trabalho cívico de consolidar a edificação desta nação de cidadãos livres em todos os  sentidos, pelo crescimento e melhoramento do grau de escolaridade da nossa população. Este despertar cidadão não se resume apenas a um dever cívico, mas também a uma atitude moral vinda da nossa reflexão para alertar que algo precisa ser feito para que tudo funcione na mais perfeita harmonia. Chamo, a esta reflexão, o estado de CONSCIÊNCIA. A cobrança moral, para a concretização dessa atitude chama-se a AÇÃO. Portanto, é sob esta simbiose consciência-ação que a educadora Maribel Barreto trabalha a consciênciologia como despertar do ser cidadão.

É neste sentido, confrades acadêmicos, que em certa ocasião, num ato solene como este, chamava a atenção de que a busca de solução para questões sócio-econômicas que hoje afligem o mundo era necessário e salutar. Todavia, isto seria como que um mergulhar na caverna de sonhos e ilusões do mundo global, mundo de sombras na senda de desigualdades, em termos de trocas que hoje se consegue camuflar na subtileza de argumentos da teoria das vantagens competitivas ou do obscuro entendimento da teoria dos jogos com base na estratégia ganha-ganha.    

 

O entendimento dessa subtileza, sob a égide da diplomacia econômica do mundo contemporâneo, passa pelo seguinte questionamento: Como compreender a atitude dos paises carentes de recursos que, na complexidade das múltiplas dimensões de políticas econômicas formuladas nos Fóruns Econômicos Internacionais, em atendimento aos interesses de grandes capitais internacionais, são levados a optarem pelas alternativas econômicas sem saídas? 

 

Senhoras e Senhores, é nesta ótica que vejo o relevante trabalho, senão a única e importante missão da Academia na colaboração para a edificação de uma nação com base na consciência cidadã. A academia é um bem social, cujo investimento tem como retorno a prática da cidadania, a tolerância democrática, o cultivo da verdade e do saber, enfim, a edificação do templo da virtude humana – o Saber – o qual vencerá o mal de todos os males que é o vício, pois é deste mal que se atrai o culto da mentira, da corrupção, da desonestidade, etc. Em síntese, o vício conduz à falta do compromisso cidadão. Portanto, o dever cidadão é combatê-lo com a arma do Saber.

 

Neste contexto, o nosso grande desafio é defender a excelência e o mérito, como critérios prevalentes no julgamento das questões científicas, acadêmicas e sociais. Portanto, mais uma vez, sublinho que é praticando o bom trabalho a serviço da CIÊNCIA na verdadeira acepção da palavra e salvaguardando a ética que manteremos a credibilidade indispensável para o exercício da nossa função como cientistas sociais.

 

Prezados Acadêmicos, conscientes da tarefa que temos pela frente, não nos deverá faltar ânimo e esperança para levar esta nossa missão adiante porque, além dela ser nobre e edificante, ela é cercada de VERDADE por serem, os nossos ideais, nobres e sem fronteiras. Por isso, conclamo a todos o compromisso de trabalharmos para ajudar expandir a base para o desenvolvimento do saber (Educação e Cultura), no Brasil e no mundo. Para isso é necessário termos a inabalável vontade de não sermos apenas profissionais de reflexão ou agentes burocratas do saber, mas de buscarmos na reflexão, no conhecimento, formas de reorientação da nossa vida prática na sociedade.

 

Tenho certeza que a vida ainda nos reserva o tempo para a perseguição dos nossos ideais: o conhecimento e a sabedoria. É na Academia que os veremos consolidados.

 

Que a espontaneidade, a emoção e a vontade de viver não se dispersem em um mundo subterrâneo dessa nossa nova caminhada.

 

Muito obrigado pela atenção que me dispensaram.

 

Wassalamu (Paz)

Professor Doutor Mamadu Lamarana Bari

Cidade do Rio de Janeiro, aos 23 de Outubro de 2007.

 

 

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