Chegou A hora de mudarMOS a nossa realidade, DE reescreverMOS a nossa história e DE anteciparMOS o futuro que nós e OS nossos filhos merecemos!

 

Secuna Baldé

secbalde@hotmail.com

01.12.2010

 Secuna BaldéForam décadas vivendo nas situações de uma avidez insaciável de poder e enriquecimento próprio à custa do povo e do próprio país por parte dos nossos dirigentes. Políticos que traem e vendem a sua nação, homens de negócios sujos, coniventes com situações vorazes, se vendem, traficam armamentos e drogas, influenciando os líderes militares, que são pagos para difundir ideologias nocivas nas quais eles mesmos não acreditam, causando consequências negativas para o país, nomeadamente a pobreza, miséria, doenças, fuga de cérebros, migrações clandestinas, derramamento de sangue, barbaridades contra a população.

Onde está o nosso sentimento tradicional guineense de vergonha?

Precisamos de homens com ideologias e visão no futuro, capazes de entender de uma vez para todas que para haver paz e progresso na Guiné-Bissau, é necessário investir na Educação. A Educação integrada ao coração da sociedade é capaz de produzir uma profunda modificação na realidade social, através do desenvolvimento do conhecimento baseado no aprender a viver juntos; uma Educação dialogante que estabeleça a autêntica comunicação da aprendizagem entre as pessoas. Não uma mera transferência de conhecimento, mas sim conscientização e testemunho de vida, senão não terá eficácia. Com a Educação, notoriamente teremos a solução para a guerra, pobreza, opressão, violência e consumismo. A Educação é tudo. Com uma boa Educação teremos o povo mais consciente dos seus direitos e deveres e capaz de votar em partidos com projetos, não votos étnicos ou fanatismo partidário. 

Votamos para eleger os nossos governantes. Que devem ser homens dignos e capazes, verdadeiros representantes do nosso povo, cidadãos conscientes dos seus deveres e capazes de zelar e fazer algo pelo nosso povo e país; aptos a elaborar projetos viáveis para uma boa administração e capazes de promover e assegurar a paz nacional que é tão almejada. Não importa se é branco ou negro, é Budjugu ou Mandjaco, o que importa, na verdade, é ser um cidadão consciente e que almeje zelar por uma Guiné Positiva; que não deixe que o tribalismo ou o fanatismo partidário acabem com a nossa geração e nação. O tribalismo não tem lugar na sociedade Guineense, e nunca terá! Devemo-nos unir e impedir que os políticos interesseiros nos enganem. Somos um só povo e irmãos do mesmo sangue!

Se você almeja que a justiça refloresça, então seja pacífico e opte pela democracia. Porque, a democracia dá-nos oportunidade de fazer a justiça através das leis e de acabar com problemas de uma vez para sempre. Nas urnas, é ali o lugar certo e sempre será o lugar certo, para resolver os problemas das injustiças, corrupção e trazer a paz para a Guiné e o Mundo. Isso só possível se pararmos de nos vender, usar tribalismo e fanatismo partidário para eleger os nossos representantes, senão, vamos continuar colhendo o que plantamos, porque quem semeia vento, colhe tempestade.

A nossa nação é impactada há décadas por palavras bonitas, discursos retóricos, as maciças mentiras repetidas e práticas políticas corruptas e desonestas contaminadas por políticos, que sugam a nação e embolsam as riquezas e tudo que o país produz. De quatro em quatro anos voltam com as mesmas palavras bonitas, e assim o ciclo continua. Como disse alguém, “esta não é a pátria com que Amilcar sonhou”. Um País onde os cidadãos comuns, como eu e você ficamos completamente à mercê de um Estado paralelo que vive de sugar as riquezas da nação e de negar ao seu próprio povo, oportunidades e recursos que poderiam significar redenção e evolução para uma qualidade de vida melhor para todos.

Os nossos governantes provaram a sua incapacidade de governar e de criar a paz e estabilidade nacionais, restou deles, simples promessas políticas e assaltos aos cofres públicos do Estado. E não dão oportunidades aos jovens, (seus filhos e netos) formados, com visão, patriotas, capazes e com ambição de trabalhar e construir um país de paz e afeição.

O povo da Guiné cansou da forma como o destino do País vem sendo conduzido há anos. As pessoas de bem se convenceram de que é preciso e urgente mudar e, mais ainda, de que, se quisermos, a Mudança é possível! Estamos no século XXI, num mundo tecnológico e globalizado, a nossa sociedade precisa se despertar porque as promessas políticas nunca foram e, nunca serão o futuro do destino do nosso País. Meus concidadãos, amigos e irmãos da Guiné, o que lançamos neste grande Projeto (Contributo), fazemo-lo com a consciência de que o que fizermos hoje definirá o futuro da Guiné-Bissau. Podemos trilhar o caminho do desenvolvimento forte e sustentável, com prosperidade para todos, se decidirmos por governantes de visão, honestos, competentes e trabalhadores, ao invés de partidos e políticos tribalistas e incapazes de administrar os seus próprios lares.

Eles podem achar que somos inimigos, podem nos intimidar, ameaçar e até matar. Mais dia ou menos dia, ou, mais tarde que seja eles vão perceber que a nossa luta é para o bem de todos e de todas, e que estamos do lado da verdade. Porque nenhum país no mundo se constrói sem que os poderes políticos sejam verdadeiramente democráticos e estejam sob o controle  da população. Um poder nunca pode estar de costas para o povo. Os governantes têm a responsabilidade de tornar realidade as necessidades do povo  que os elegeu, principalmente as necessidades básicas, aquelas que são direitos fundamentais da pessoa humana, que nos dão dignidade. Enquanto o nosso povo não tiver esses direitos, não vamos desistir, temos a consciência de que a nossa estrada é longa em prol de uma Guiné Positiva. Mas, desistir, jamais!

Nunca vamos deixar de socorrer a pátria, zelar e velar pelo povo. Com a certeza de que dias melhores virão, queremos governos que elejam prioridades, traçam rumos, definam objetivos claros; que executam e realizam. Um Presidente e um Primeiro-Ministro que pensem e planejem o destino do país, realizando ações que estejam em perfeita sintonia com as  necessidades das populações. Não governantes que deixam muito a desejar, zelando por interesses pessoais e familiares, pelejando e dividindo as pastas dos ministérios e conselheiros com familiares. O povo da Guiné cansou-se de apatias, conformismo, fatalismo e indignação, face aos políticos que só se servem do País, mas não servem a Guiné e os Guineenses!

Vamos persistir na luta para mudar o destino do país; compreender e aceitar que as mudanças são difíceis, mas, elas só virão com a conscientização, a coragem, a participação e o sentido de responsabilidade ética de cada um de nós. É o maior desafio da nossa geração, e temos que enfrentá-lo sem tergiversar. Pois descendemos de mulheres e homens que não tinham medo de falar e lutar por causas justas e nobres, de libertar os seus filhos e netos da escravidão do jugo colonial português. Somos os responsáveis pelas mudanças e seus beneficiários diretos. A omissão é pura conivência e pusilanimidade.                              

No CONTRIBUTO, apontamos as razões. É preciso mudar e recolocar as propostas e agendar as mudanças no decorrer do dia, não pedimos e nem requeremos que as pessoas acreditem no que nós dizemos, no que escrevemos ou opinamos sobre o país, mas, sim, que as pessoas acreditem nas suas capacidades para, juntas, empreenderem mudanças para o bem da Guiné-Bissau e dos Guineenses. O Contributo não tem dono, pertence aos que dele participam e acreditam. Nós (Contributo) sabemos o que queremos e exigimos: Uma Guiné onde as instituições funcionem e os governantes sejam servidores dos cidadãos, onde as leis sejam respeitadas, onde as pessoas prosperem em segurança e o dinheiro público seja utilizado em benefício da população.

É nossa responsabilidade iniciar a mudança, pois gerações e gerações vivem sob escravidão da pobreza, da violência, da corrupção, da desigualdade e do atraso. Os nossos pais e avós já o fizeram. É necessário mudar a situação e nós podemos! Não vamos deixar que ninguém nos faça desistir do nosso país, um país que nos viu nascer, não é justo! Podemos nos unir, homens e mulheres guineenses, dignos, patriotas, comprometidos e preocupados com o destino do país, com idéias, propostas e coragem para mudar e reformar o País, em torno de uma Visão duma Guiné para o futuro!

Porque, o que acontece no nosso país, com nossos filhos, irmãos, sobrinhos e netos, é pura injustiça e covardia. As nossas crianças têm direito à escola, não à esmola. É direito de toda criança ter um nome e uma nacionalidade, porém, muitas crianças na Guiné-Bissau, particularmente e em toda a África, em geral, são obrigadas a abandonar a escola por não terem registo ou Bilhete de Identidade, visto os Pais não terem possibilidades financeiras para obterem esses documentos.

Quero que saibam que isso é OBRIGAÇÃO de qualquer governo ou nação do mundo, registar e emitir as Identidades gratuitamente para quem não tiver recursos. Está bem escrita na Declaração Universal dos Direitos da Criança. Aprovada por unanimidade em 20 de Novembro de 1959, pela Assembleia Geral da ONU. É integralmente fiscalizada pela UNICEF. Organismo unicelular da ONU, criada com o fim de integrar as crianças na sociedade e zelar pelo seu convívio e interação social, cultural e até financeiro conforme o caso, dando-lhes condições de sobrevivência até a sua adolescência.

Agora vem a questão: será que UNICEF ou ONU, não tem conhecimento, de causa sobre a violação desses direitos contra as crianças na Guiné-Bissau e na África, e ainda continuam a desbloquear verbas para esses fins, para serem mal aplicadas ou desviadas?

Disse a ONU - A criança tem direito a receber educação escolar, a qual será gratuita e obrigatória, ao menos nas etapas elementares. Dar-se-á à criança uma educação que favoreça sua cultura geral e lhe permita - em condições de igualdade de oportunidades - desenvolver suas aptidões e sua individualidade, seu senso de responsabilidade social e moral. Chegando a ser um membro útil à sociedade!

Isso é uma utopia, parem com as MENTIRAS, covardias de fazer o povo africano de burro. Já chega de exploração e de sofrimentos, olhem para as lágrimas das mães, esposas desesperadas, vendo os filhos morrendo de fome, doenças; maridos se acabando nas guerras financiadas pelas cúpulas de organizações criminosas da ONU e aliados de diabos políticos e governantes africanos!

Parem de escravizar e explorar o povo. Meus concidadãos, irmãos Guineenses e africanos devemos, com ajuda ou mentiras da ONU, jogar as armas fora, lavar as mãos, cuidar das nossas esposas, filhos e netos, cuidar do nosso país e do continente, e dos futuros da nova geração. E ver se eles vão continuar a ganhar prêmios Nobel ou se a ONU vai continuar a vender armas em África. Eles querem ver as nossas esposas chorando, nossos filhos sofrendo, se matando, morrendo de Fome, HIV e de Malária, enquanto os filhos deles ganhando prêmios Nobel, em nome da Paz em África.

Vamos mudar a nossa realidade, reescrever a nossa história e antecipar o futuro que nós e nossos filhos merecemos. Nesse  cenário, como disse antes, a Educação desempenha um papel fundamental. Não mais uma Educação acadêmica, tecnicista, asséptica, fragmentada, descolada da realidade social, mas sim, uma educação que prepare para a vida, que forme cidadãos participativos, conscientes de sua responsabilidade, capazes de se situarem no contexto sócio-económico político e cultural, de forma crítica e como agentes de transformação. 

Uma Educação focada na realidade social do educando, uma Educação que possa ser instrumento de conscientização, mobilização e  transformação da sociedade, que contribua decididamente para acelerar o processo de mudança e implantação de uma verdadeira democracia social entre nós. Convido a você fazer parte dessa luta, as gerações futuras agradecem o seu apoio, a sua ajuda e a sua participação na luta por uma Guiné e África livres e mais justas, para assim deixarmos melhores filhos para este mundo, e deixarmos igualmente, um mundo melhor para nossos filhos.

Que Deus nos abençoe, e abençoe a humanidade inteira, abençoe as crianças, mães e mulheres africanas, principalmente nas horas dos partos dolorosos, nos hospitais acabrunhados e sem a mínima assistência. Senhor olhai pelo meu povo, dai-lhe a sua benção, e livrai-lhe de tanta maldade, crueldade, dor, sofrimento e fome. Temos a fé no Senhor, e acreditamos que dias melhores virão. Dia em que os corações dos homens estarão repletos de amor e bondade; dias em que os injustos serão justiçados; os assassinos castigados e os homens bons premiados.

Viva a Guiné-Bissau.

Viva a África, e viva a unidade nacional e continental.

Estou ciente da minha luta e que dificuldades surgirão, mas nada me tirará  na trilha, de lutar e zelar pelo povo” (Secuna Baldé).

 


PROJECTO GUINÉ-BISSAU: CONTRIBUTO - LOGOTIPO

VAMOS CONTINUAR A TRABALHAR!

Associação Guiné-Bissau CONTRIBUTO

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