ATENÇÃO A TODOS OS GUINEENSES TRIBALISMO É UM PERIGO!

 

 

João Octávio Júlio Sá Filipe

sa_filipe@hotmail.com

02.04.2010

Queridos irmãos, é com muita garra e dinamismo que me posiciono oposto, sempre que assunto se refere ao tribalismo.

Desde os primórdios, a problemática de nosso país vem sendo, até momentos atuais, papelistas (da etnia papel), balantistas, (da etnia balanta), fulistas (da etnia fula), manjaquistas (da etnia manjaco), mancanhistas (da etnia mancanhe), mandinguistas (da etnia mandinga) etc, etc... Eu ainda me recordo da história dos problemas étnicos da Guiné-Bissau, meu avô Domingos Carvalho de Alvarenga, pai da minha mãe, me contava sobre as guerras étnicas da etnia papel face à mancanhe, da etnia fula face à etnia mandinga, na época eu tinha 10 anos; segundo ele, foi horrível, sempre que ele expressava a palavra tribalismo, eu me pergunto a mim mesmo que raio é isso? Ele me ensinou a não sê-lo e ainda me afirmou, que é o conceito mais pejorativo que ele havia conhecido. No entanto, meus irmãos, não estou me exibindo, mas sem dúvida a educação vem do berço, o que meu avô me ensinou permaneceu forte e firme em mim, isto é uma virtude que vai ficar comigo até momentos finais da minha vida, vou educar meus filhos do mesmo jeito, e sempre que posso vou pleitear a defesa  desse conceito com quem seja, tentando assim transmitir e lucidar mente daqueles que são próximos a mim, demonstrando assim a periculosidade do tribalhismo. Tribalistas são pessoas sem berço e nécios.          

Ora, nada nos impede de exercer nossos costumes e crenças do jeito que achamos coerentes, de uma forma objectiva e dinâmico, sem prejudicar a coletividade, ou seja, podemos exercer nossos usos e costumes subjetivamente, dando assim importância àquilo que queremos alcançar, sem considerar interesse subjetivo acima de interesse dos outros grupos étnicos. Na verdade o que deve existir é a reciprocidade entre grupos étnicos, sou obrigado a respeitar e dar valor aos usos e costumes dos outros grupos para que reciprocamente estes me dêem o mesmo valor. 

Exemplo mais prático do tribalhismo e racismo que tivemos ao longo da historia foi sem dúvida a de segunda guerra mundial, direcionado a conduta do Hitler, por ter perseguido os judeus e vitimou milhões de pessoas.

Outros exemplos recentes vêm a ser maldita guerra entre Hutus e Tutsis na Ruanda, que também vitimou mais de um milhão de pessoas, sem olvidar da guerra civil da ex – Jugoslávia, que vitimou milhares.  

Coloquei o racismo neste contexto porque fica uma lacuna conceituar tribalismo sem aproximar-se do racismo, já que os tribalistas defendem a organização social e costumes do grupo que são originários; por outro lado, os racistas pleiteiam e defendem o modo próprio de cogitar e a importância da existência da raça humana. Do meu ponto de vista, as duas posições são uno, já que, as conseqüências são idênticas quanto aos efeitos.

Olhem só a imagem da guerra tribal em Ruanda; que Deus nos proteja, que isso nunca acontece na nossa terra. 

2guerra_003.jpgEstas são fotos  da segunda guerra mundial; quero que as pessoas ficam mentalizados da periculosidade que é, quando se trata de se considerar superior aos outros grupos étnicos ou raças!

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Barbaridade pela conquista do poder e a medíocre teoria de ser raça superior “a raça ARIANA”, um grande mentiroso, HITLER.

2guerra_006.jpgConseqüência de uma guerra sem honra, sem motivo primordial, tudo por se considerar superior as outras pessoas distintas.

Didinho havia chamado atenção sobre aquela lei da cidadania na Guiné-Bissau, que acho coerente, aquela lei é uma tremenda barbaridade.

Existem dois tipos da nacionalidade IUS SOLIS e IUS SANGUINIUS, derivados do latim.

IUS SOLIS – significa quando queremos ou temos direito a nacionalidade de um determinado país, por ter nascido no mesmo.

IUS SANGUINIUS - significa quando queremos ou temos direito a nacionalidade de um determinado país, independentemente de ter nascido nela, pois temos esse direito exclusivamente devido aos nossos pais, por eles terem sido originários deste mesmo país.

Isto é só uma aulinha para as pessoas que não conhecem critérios e conceitos de uma nacionalidade, pois vivem fomentando tribalismo, achando que cidadãos mulatos derivados dos bisavôs e tetravôs estrangeiros, não podem ser guineeses, como é caso do FADUL, por exemplo; é guineense sim! E ponto final.       

No entanto, meus irmãos guineenses, sempre que cheguem a vossa audição, idéias relacionadas ao tribalismo, soltam às pedras, milhares e milhares de pedras em face dos que a impulsionam. Vejam, têm que apedrejar mesmo, mas é apedrejar com muito clamor chamando assim atenção do poder judiciário, já que existem leis para punir os infratores, pois sou oposto a qualquer tipo de violência, os tribalistas devem permanecer afastados até que mudem a mentalidade retrógado que possuem. Tribalhismo é sim, um eminente perigo em face de qualquer nação.

Dizem que o antigo presidente da republica da Guiné-bissau, “KUMBA YALÁ foi totalmente tribalista a quando do seu exercício regular do direito como presidente; tudo bem! Do meu ponto de vista não tenho quaisquer provas sobre isso, sendo que, me encontrava ausente quando ele posicionava frente da nação guineese. Se ele foi tudo isso que as pessoas argumentam, alegam e fundamentam ao seu respeito, digo-vos, que foi um erro super crucial que devemos exterminar pelas raízes.

Na sequência meus irmãos, vou vos comentar sobre o ponto específico deste meu artigo.

Podem acreditar que, por mais absurdo que pareça, existem pessoas que pleiteiam com unhas e dentes implementação do tribalismo na Guiné-Bissau, meu deus! Em pleno século XXI, pessoas que se dizem ser universitários, pois sem qualificação nenhuma, sem nível para compreender periculosidade do tribalismo; pergunto-vos, estamos indo para onde? Em que direção? Será que é da época dos impérios? Da Roma ou Grécia? Não sei explicar aos senhores, mas uma coisa posso vos garantir, com essas pessoas não me coabito, senão tudo que aprendi anos de faculdade sucumbirá como a passagem de furacão; pessoas com a hermenêutica péssima, pessoas nécios, exclamo! Pessoas totalmente nécios, pessoas que precisam da hermenêutica extensiva por não entender nada.  

Escutem essa! Eu tive oportunidade de escutar com estas minhas duas orelhas, que deus me deu e sou grato, uma pessoa sem escrúpulos nenhum, dizendo que o NINO VIEIRA foi descuidoso, por não ter nomeado um Chefe de Estado Maior General das Forças Armadas “papel”, ou seja, da etnia “papel”; e que isso foi resultado da sua morte, meu deus! Isto é para clamar socorro! Será que este cidadão não compreende periculosidade que é tribalhismo? Pois mesmo se NINO tivesse feito isso, ia dar na mesma, o que este cidadão não compreendeu por ter hermenêutica fraca, é que sistema da Guiné-Bissau vem funcionando como a roleta russa, desde a fundação do PAIGC, durante a própria luta de libertação e até momentos atuais. O que é necessário é um basta, basta, basta e basta; só Deus dá a vida, pois só ele terá direito de substituí-la.

Pois toda a desgraça que está acontecendo na Guiné – Bissau até momentos atuais é sem dúvida, segundo a minha cogitação, fomentação de tribalismo, ou seja, é devido ao tribalismo que as pessoas estão sendo aniquiladas sem quaisquer tipos de justificação; porém a subjetividade dos que têm oportunidade de nos representar solenemente em qualquer parte do mundo clama em um apogeu de topo de pirâmide; haaaaaaaaaa chega de interesse pessoal vamos considerar primordialmente interesse coletivo, ou seja, de todo povo de Guine-Bissau.     

Eu ainda tive oportunidade de ver NINO VIEIRA governando, pois KABI NAFANTCHAMNA podes ter outros defeitos que não posso exclamar aqui, pela questão da ética, e não só, também porque encontras ausente e não terás como se defender de quaisquer imputações que lhe é atribuído; Mas, de uma coisa tenho certeza absoluta, NUNCA FOSTE TRIBALISTA e nunca serás este foi sua maior virtude, já não te encontras entre nós, pois  descansa em paz. 

Para concluir meu raciocínio é bom especificar para os tribalistas que, a Guiné-Bissau é uma nação multiétnico, onde, por exemplo, homens da etnia fula faziam, faz e sempre fará filhos com mulheres da etnia mandinga, estes constituíam famílias, constroem famílias e continuarão sem dúvida alguma a constituir famílias, vice-versalmente, assim foi, é, e sempre será entre as etnias da Guiné-Bissau!

Já não basta a pobreza e fantasma de uma guerra civil, que virou prâxi na Guiné, as pessoas ainda impulsionam tribalismo, só podem ser mesmo nécios.

Que Deus fortalece pelo menos o governo actual que paga salários, é totalmente ridículo quando um cidadão trabalha e chega final do mês com ausência do salário, é contra qualquer regra do direito trabalhista e princípios da O.I. T (Organização Internacional do Trabalho); pois é injusto trabalhar sem receber final de cada mês é tremendamente triste.

Ainda bem que existe Projecto Contributo, onde podemos clamar e desabafar quando depararmos com situações como estas!

Que deus abençoe Guiné-Bissau!!!!!!!!    

 

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