Nino Vieira e Carlos  Gomes: Negociar o quê?  ( Didinho 24.01.2007)

 

Nino VieiraCarlos Gomes Jr.

 

 

Por: Samper Katomuar (SKA)

 

04.02.2007

 

Esta minha opinião, é um complemento ao raciocínio do irmão Didinho no passado dia 24 de Janeiro do ano em curso no seu Editorial, com o titulo acima mencionado. Como ele referiu, de uma nítida relação que existia entre o senhor general, comandante em chefe e o seu ex-menino bonito da nossa praça ^Bissau Nandô ̄.

 

Eram sócios, amigos, parceiros ou companheiros no tempo da colheita? Não sei dizer, talvez alguém melhor posicionado sobre o assunto possa vir a deitar mais água na fervura! Porque onde sai  fumo é porque há fogo !.

 

Se não perco a memória, gostaria de recordar uma passagem do senhor general no comício da campanha da segunda volta das presidenciais de 2005 na cidade de Bafatá, onde nasceu o fundador da nacionaldade guineense e caboverdiana: « Assim que eu ganhar as eleições presidenciais, exigirei ao meu (?), mais concretamente  « Cadogo » Junior a devolução de todos os meus bens, neste caso os imóveis, a presidência do P.A.I.G.C. e ordenarei uma auditoria à antiga empresa DICOL ( Empresa de Combustíveis e Lubrificantes da Guiné), fim de citação.

 

Mas, como não há 2 sem 3, são necessárias provas para ordenar estas execuções, muito embora em África, principalmente na nossa Guiné, acaba tudo por ser possível  porque somos  únicos no mundo ! É da nossa mente que na  Guiné a palavra perdão ou desculpa no meio dos guineenses tem outro significado, mais concretamente Vingança. Por isso, quando amigos ou sócios se zangam é difícil de abordar esta forma de pensar e recorrer à reconciliação, através do diálogo e compreensão da situação em causa. Por outro lado, a situação é inegociavel, principalmente quando o metal ou papel de cara e coroa está em disputa, e que de modo geral resolve os problemas quotidianos mas não compra a felicidade.

 

Entrando concretamente na minha observação, gostaria de vos recordar que nas minhas  anteriores opniões sobre o senhor general e as suas estratégias, sempre afirmei que eram fáceis de vislumbrar. A nova estratégia do senhor general ante o senhor Cadogo Junior é a seguinte: Os 4 anos da legislatura e das batotas estão prestes a terminar e a população guineense irá fazer justiça de um ano e alguns meses do Cadogo e o restante do senhor Dr. A. Gomes e dará  razão a quem merece. Portanto, há  provérbios em Português ou noutras línguas que dizem assim : « Mais vale prevenir do que remediar » e « Não deixes para amanhã o que podes fazer hoje ».

 

O senhor general e os seus camaradas do chamado FCD, não têm alternativas para as próximas eleições legislativas . Em primeiro lugar, o FCD não é um partido político mas sim um grupo de aventureiros políticos que só vivem de burlas e do orçamento do Estado. Então, para continuarem  ter aceso aos privilégios ilícitos e canalização do dinheiro do povo guineense para "contas bancárias camufladas" e compras de casas na Europa

querem aproveitar-se da liberdade de expressão de um cidadão nacional, o senhor Cadogo Júnior  relativamente ao ajuste de contas na nossa Guiné.

 

Este procedimento não é estranho para um guineense que viveu dos anos 80 até finais de 90 da dinastia do senhor general, foi introduzido por ele, continuou na época do senhor Dr. K. Yala ( a morte do senhor A. Mané) e do F. Fadul (apropriação de casa na estrada de Bôr devido à sua influência como ex-Primeiro-Ministro e conselheiro do Presidente). Aproveitando este deslize político do senhor Cadogo filho, para lhe afastarem nas próximas eleições como o Presidente do glorioso P.A.I..

 

O senhor Nino Vieira e os seus aliados querem arranjar um Presidente pau mandado, que lhes canalize dinheiro, mulheres e informações sobre os seus opositores sem que haja nenhuma resistência, com o Cadogo é uma batalha. Digo dinheiro, porque é estranha a fonte da receita ou salário do Nino Vieira. O salário que o Cadogo e  o ex-presidente H. Rosa tinham estipulado para o Primeiro –Ministro e o Presidente da República eram aproximadamente de 1.350.000,00 Cfa e 2 milhões ou qualquer coisinha acima deste valores respectivamente, mas quando vejo que o senhor general está a finalizar aquela gigantesca obra na entrada do bairro militar, pergunto, onde arranjou tanto dinheiro? Mesmo que tivesse trabalhado durante ao seu exilio na Europa!

 

 Portanto a ideia é essa: Quanto mais cedo o afastamento do Cadogo na presidência do P.A.I., mais tempo têm para aplicarem as fórmulas. Os abutres ( A. Gomes, H. Proença, A. O. da Silva e talvez o senhor Prof. Dr. F. Fadul, porque é um camaleão que quer possuir todas as cores possíveis) do  poder estão nas esquinas a espreitar.

 

Este cenário está quase a concretizar-se, provavelmente com a morte, o espancamento até invalidez ou prisão no momento oportuno do Cadogo filho e quem será o presidente do P.A.I.?

Caros militantes, simpatizantes do P.A.I., estejam atentos às manobras maldosas deste grupo de camaleões  dentro do vosso seio, puxem pela vossa cabeça que, hoje é o Cadogo filho amanhã será um de vocês.

 

Guineenses e amigos da Guiné-Bissau juntem provas e guardem documentos em vossa posse sobre as barbaridades, assassinatos de guineenses ou outros cidadãos, da guerra infundamentada em que muitos guineenses perderam a vida, recrutamento de menores ^aguentas ̄ para matarem e serem mortos pelos próprios irmãos durante o conflito de 98/99, maus-tratos, prisões arbitrárias, a prepotência etc, porque  segundo o jornal Português o Público online de dezembro de 2006, a organição internacional dos Direitos do Homem quer levar o senhor general e o presidente J.E. dos Santos ao tribunal Internacional Penal de Haia, caso possuirmos estas provas. O mais recente exemplo, é do bárbaro Congolês Th. Lubanga que está neste momento no banco da Verdade em Haia, por recrutamento e utilização de menores como soldados na Rep. Democrática do Congo.

 

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