Alpedrinha, feito Embaixador

 

 

Do alto da sua menoridade, no dia 10 de Junho, o Embaixador de Portugal mostrou a sua Raça.

 

Ao expulsar de território português uma cidadã portuguesa, minha filha, e pior ainda pelas estapafúrdias razões invocadas, “não ter cumprimentado S. Exa.” mostrou à evidência a sua pequenez, a completa falta de neurónios e a sua acentuada tendência para o consumo de penaltis do Cartaxo…

 

Da inigualável galeria de personagens de Eça de Queiroz ocorre-me logo a comparação com o subserviente Zagalo, distinto biógrafo do eterno Conde d’Abranhos, mas sou obrigado a reconhecer que afinal este sempre dominava umas letras, tinha um estilo de escrita vigoroso e eloquente e conhecimentos escolares mínimos, o que manifestamente não é o caso do Embaixador. Faz-me lembrar mais o Alpedrinha, desterrado no Cairo a fazer vezes de representante de Portugal. Este ainda poderia ambicionar ser Embaixador, enquanto o de cá tem mais vocação para Embailador.

 

Garantem-me pessoas amigas que o nosso Alpedrinha foi, em tempos idos porteiro do Bar Filadélfia ao Cais do Sodré. Sinceramente não o creio. Vejo-o mais a exercer as mesmas funções na Ginginha do Rossio ou no Papa Açorda, porque mais condizentes com a sua figura caricata, o bigode de caranga e com o pé sempre a fugir-lhe para a chinela.   

 

Afinal, Portugal representa-se por pessoas de bem, civilizadas, cultas, como, por exemplo, todos aqueles que vieram participar no Simpósio Internacional de Guiledje e que trouxeram um abraço solidário, mostraram o seu elevado nível de sentimentos, de conhecimento histórico e cultural e que deixaram a todos nós uma imagem do Portugal moderno e civilizado que muito nos calou no coração.

 

O nosso Alpedrinha tem o rei na barriga e um séquito de fiéis servidores a quem humilha permanentemente na Embaixada, mas que habituados à canga não tugem nem mugem, acabando até por gostar de a carregar.

 

Uma coisa ele não sabia e passou a saber. É que há pessoas, simples mortais, a quem se pode brincar com tudo menos com a sua dignidade.


Vamos a isto, então!

 

 

Carlos Schwarz

(Pepito)

 

Bissau, 13 de Junho de 2008

 


REALIDADE OU FICÇÃO?!

Bem-vindo à Embaixada de Portugal

Soube-se que, o Exmo. Senhor Embaixador de Portugal na Guiné-Bissau teve a brilhante e elegante ideia de ser pioneiro na expulsão de portugueses convidados para a comemoração do dia de Portugal, em território considerado português... 

Ao que tudo indica, este acto bravo repleto de coragem, teve lugar porque o dito convidado entrou na “festa” sem se dirigir a ele. TERÁ SIDO O ÚNICO?! Sabe-se pelo menos que foi o único a ser expulso com auxílio dos seguranças e com palavras insultuosas proferidas pelo próprio Diplomata em frente a uma plateia numerosa.  

...E a justiça foi feita!! Sim senhor, agora poderá reconfortar-se na sua camita e dormir como um anjo, porque ele próprio, o Exmo. Embaixador de Portugal, ladrou como um rufia, mordeu como um animal e prosseguiu a festa como um verdadeiro Diplomata!  

Terá ele tido um dia difícil? Terá sido um acaso? Não aprecia particularmente o referido convidado? Terá ficado, simplesmente ofendido e sentiu-se deveras humilhado por não ter sido cumprimentado por esse vulgar convidado? Ou existirão outras razões mais escuras por detrás?  

É que estamos a falar de uma convidada, adulta, casada e mãe, com a ficha limpa e sem qualquer filiação partidária, religiosa ou outras.  

A verdade é que, POR TÃO POUCO não se esperava esta tão nobre reacção do Senhor Embaixador. É assim  que se faz diplomacia.  

Que é feito das características primordiais de um Diplomata, de um Representante, a Educação, a Inteligência Emocional e o Diálogo? São características que ao longo dos seus anos de serviço na Guiné-Bissau, não constam do seu Universo, por terem sido substituídas por outras como baixo nível, ignorância e álcool, para não se falar do mau aspecto que o próprio homem apresenta!  

Temos a certeza que o Pai Natal este ano irá felicitá-lo com o presente dos seus sonhos!  

Indivíduos, com cargos de grande responsabilidade, com o peso de dignificarem as suas origens, se comportem sem formação, ou se achem Reis longe de casa, é uma cena altamente triste e vergonhosa.  

Pessoas que na Europa são simplesmente insignificantes e inúteis, demonstram uma atitude selvagem de um país que se designa desenvolvido?! 

Salvo, raríssimas excepções, a Embaixada de Portugal na Guiné-Bissau tem contado permanentemente com uma equipa constituída por elementos que têm deixado muito a desejar...Não é de hoje que a referida Instituição pauta pela indiferença, desinteresse por determinados portugueses. O que estarão cá, eles a fazer?! 

P.S. O mais incrível é existirem pessoas que, por uma ou outra razão, achem que a postura do Embaixador foi a melhor!!! OS FINS JUSTIFICAM OS MEIOS e sobretudo, para estas pessoas de curta visão, só se revoltam quando sentem na pele!!

 

NOTA DO EDITOR

 

Esta mensagem foi-me enviada por diversas pessoas durante o dia de hoje, pedindo para que fosse divulgada no site www.didinho.org o que faço, tal como farei, caso haja reacções da Embaixada portuguesa em Bissau, no sentido de esclarecer algo sobre o que realmente aconteceu.

 

No entanto, não deixa de ser curioso e preocupante que, depois das queixas que motivaram o pedido de substituição do Cônsul de Portugal em Bissau há uns meses, (queixas e exigências apresentadas por políticos e governantes guineenses, por tratamentos incorrectos na relação do Cônsul português para com os guineenses), surja agora esta denúncia sobre atitudes não menos preocupantes referenciando o Embaixador de Portugal na Guiné-Bissau, ainda que, num posicionamento para com uma cidadã portuguesa, na Embaixada de Portugal e no dia de Portugal, de Camões e das Comunidades portuguesas.

 

Seja como for, cabe ao governo português  apurar o que realmente aconteceu e tomar medidas no sentido de criar uma nova imagem para a sua representação diplomática na Guiné-Bissau.

Haja celeridade nesta matéria, ou seremos obrigados a acreditar que Portugal menospreza a sua representatividade na sua relação de Estado com a República da Guiné-Bissau, ainda que o espaço da sua embaixada represente solo português.

 

Fernando Casimiro (Didinho)

didinho@sapo.pt

 

(+351) 962454392

 

12.06.2008

 

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