ALGUMAS CONSIDERAÇÕES A PROPÓSITO DE OPINIÃO

 

Quando expomos opiniões nossas, a apreciação na sua forma crítica ou elogiosa por parte de quem as lê e interpreta deve ser sempre motivo de análise, ponderação e consideração por parte de quem escreve. Quem escreve precisa ler ou ouvir comentários sobre os seus artigos. Precisa saber como é que a sua opinião é recebida por outras sensibilidades e, acima de tudo, precisa conseguir detectar o grau de assimilação de quem está do outro lado. Quem escreve em jeito crítico, como eu, não espera nem pretende unanimidade na forma de pensar dos que o vão ler. O espírito do debate de ideias é essencialmente o de sensibilização! Sensibilizar para provocar reacções positivas a nível das capacidades de reflexão e acção das pessoas. Quem escreve, lança ideias para que em vez de uma cabeça, milhares de cabeças se debrucem sobre os mais variados temas e assim, milhares de pontos de vista ajudarem melhor nas tomadas de decisão e na forma de encarar os problemas com que as Sociedades e o Mundo se deparam. Didinho

Fernando Casimiro (Didinho)

didinhocasimiro@gmail.com

25.10 2014

Fernando Casimiro (Didinho)Não consigo compreender certas manifestações, em defesa de certos interesses..., quando o que está em causa, são os direitos e os deveres de cidadania, quiçá, de todos os cidadãos, consagrados que estão na Constituição da República, explicita ou implicitamente.

Deixemos que o Sr. Primeiro-ministro da Guiné-Bissau e o seu Governo sejam criticados e não apenas elogiados, em conformidade com a visão e as razões de cada cidadão, tendo em conta os seus direitos e deveres, mas também, a forma como vêem e sentem a realidade do país!

Deixemos que o Sr. Primeiro-ministro da Guiné-Bissau e o seu Governo ganhem experiência governativa, numa relação política e social, de "contacto", de confrontação ideológica (saudável e necessária a bem do país, dos guineenses e da democracia) ainda que virtual, aliás, a forma com maior alcance e eficácia relativamente à Guiné-Bissau, tomando em consideração opiniões/sugestões, críticas construtivas, tudo, numa perspectiva de positivismo, a bem do nosso país!

Permita-se ao Primeiro-ministro da Guiné-Bissau o dever de cumprir com as suas obrigações políticas e profissionais, enquanto Chefe do Governo, com responsabilidades de servir o Estado, quiçá, as populações, ele que, tal como todos os membros do seu Governo, são remunerados tendo em conta o exercício das suas funções.

Não é defendendo o Sr. Primeiro-ministro, por se vestir a mesma camisola partidária, a do PAIGC e não a da GUINÉ-BISSAU, atacando os que pontualmente o criticam construtivamente, por terem a GUINÉ-BISSAU COMO PARTIDO, que os que se dizem  e se "mostram" como seu amigo o vão ajudar.

Também conheço o nosso Primeiro-ministro e ele a mim; também somos amigos e nutro grande estima e consideração por ele, apesar de um certo distanciamento/esfriamento de relações que não importa aqui abordar.

Hoje em dia, pelas lições, muitas lições, do nosso passado recente, enquanto Estado independente, um Presidente da República ou um Primeiro-ministro que tenha nos críticos a imagem de "inimigos", ao invés de dignos colaboradores (mas tomando a posição de alguns interesseiros, promotores de uma cultura de bajulação, visando a satisfação dos seus interesses e das suas contrapartidas pessoais, como verdadeiros amigos) corre o risco de se tornar num ditador; num egocêntrico e, consequentemente, num falhado!

Criticar, elogiar, sugerir/opinar sobre a Governação, são acções que fazem parte dos direitos que todo e qualquer cidadão tem.

Um pouco por todo o Mundo, governantes e políticos criaram seus espaços virtuais, onde emitem suas opiniões. Se isso não fosse importante...

Um pouco por todo o mundo, têm sido institucionalizadas campanhas de promoção, de incentivo a ideias/opiniões/sugestões/críticas, a nível das empresas de todas as áreas de negócios, porque é POSITIVO!

É claro que umas opiniões são mais acertadas, mais importantes, mais consideradas do que outras, mas isso não impede que todos possam/devam opinar.

Mas se nenhum país vive "só" de opiniões, importa esclarecer que, na verdade, todos os países vivem de opiniões, que não apenas de âmbito político, ou seja, em tudo o que fazemos, enquanto força produtiva, nada se desenvolve satisfatoriamente, nada se processa satisfatoriamente sem a confrontação saudável de ideias, de opiniões, para a concretização, com sucesso, de um determinado objectivo.

Também há que respeitar o facto de que mesmo os que opinam sobre assuntos de âmbito político, numa perspectiva cidadã, também são profissionais de outras áreas, o que equivale dizer que, para além do que fazem a nível profissional, ainda se desdobram, nos seus tempos de lazer, de família, para pensarem como podem ajudar o país a encontrar as melhores respostas perante uma infinidade de problemas que temos. Afinal, que paralelismo existe, em jeito de contradição, entre a opinião cidadã e o acto "prático" de oferecer algo material, para que a opinião seja subestimada pela acção contributiva em valores materiais...?!

Não se tem lançado insultos ao Sr. Primeiro-ministro, nem ao Governo que lidera, o que a acontecer, mereceria a minha reprovação, por isso, que mal há, quando alguém, ao invés de elogiar todos os aspectos de uma governação, decide por criticar, construtivamente, alguns aspectos, alguns posicionamentos, algumas constatações pontuais da governação, apresentando inclusive sugestões ou fundamentações sobre o assunto da sua crítica?!

Não consigo compreender como é que alguns cidadãos, depois de constatarem os sucessos, não de ordem pessoal, mas do trabalho, da abrangência, que uns criativos e persistentes filhos da Guiné-Bissau hoje cinicamente apelidados de pseudo-intelectuais, pseudo-jornalistas, "blogueiros" etc., etc.,realizaram e têm realizado (ainda que se possa discordar, com toda a naturalidade do que produzem, enquanto matéria lida por milhares de pessoas) para lá das suas actividades profissionais, e é bom que se tenha presente isto, a nível da utilização das ferramentas disponibilizadas pelas novas tecnologias de informação e comunicação, têm nas pessoas às quais fazem adjectivações, o "bode-expiatório" dos problemas da Guiné-Bissau. Francamente...

Mas se formos a ver, os que acusam os demais, até são tudo o que acusam os outros, e até têm blogues ou sites pessoais... Só que, quando criaram os seus blogues ou sites, já outros o tinham feito, com criatividade, com sabedoria, com razão de ser...

A questão é que, os blogues e os sites desses que acusam outros disto ou daquilo, nunca passaram de páginas inauguradas e falhadas em todos os aspectos. Ter um site ou um blog de referência também tem muito que se lhe diga... E não poucas vezes, lá vemos suas opiniões publicadas neste ou naquele blog ou site, porque... os seus, não têm expressão... não conseguiram afirmar-se!

O que me tem chamado à razão nos últimos tempos, em jeito de preocupação, é a constatação do facto de a Comunidade Guineense na Diáspora estar a ser dividida por interesses político-partidários.

Hoje são muitos os jovens aliciados, comprometidos, com os dois maiores Partidos Políticos guineenses e integrados nos seus "Núcleos da Diáspora". Uma das "missões" destes jovens, é precisamente, contrariar a opinião pública, tentando desgastar e ridicularizar o trabalho que alguns guineenses têm feito e divulgado através da Internet (sites, blogues e redes sociais).

E é por estas e por outras, que faço questão de relembrar o que escrevi em 2008

Vamos continuar a trabalhar!

"(...) É com base nisso que digo sempre que o meu Partido é a Guiné-Bissau, que nos une a todos, independentemente da etnia, sexo, religião, filiação partidária, etc.  É nesta forma de ser e de estar, de cumprir com os meus direitos e deveres, que me assumo como um cidadão político e não um político cidadão; esse sim, dado a compromissos primeiros do seu partido e não do país, visto não fazer política em defesa dos interesses do país, mas em defesa dos interesses do partido que representa e aí, ser contrário a tudo que outras forças políticas sugerem, passando a haver governo e oposição, ou seja forças opostas de políticos cidadãos que em defesa dos interesses partidários quase sempre põem em causa os verdadeiros interesses dos cidadãos e da República!

Os partidos dividem mais do que unem, ou seja: enfraquecem, ao invés de fortalecerem a coesão nacional!

Um cidadão político age pela sua consciência, enquanto que um político cidadão age mandatado pelas orientações do seu partido." Didinho

 A POLÍTICA: ENTRE A CIDADANIA E O PARTIDARISMO 12.06.2008


Vamos continuar a trabalhar!

O primeiro compromisso de todos os guineenses deve ser para com a Guiné-Bissau. Cabe ao povo guineense a acção da Mudança!

Amilcar Cabral  "Abel Djassi"

O maior desafio para todos os guineenses é o de criar mecanismos de mudança para a Guiné-Bissau!

A vida só tem sentido se, para além de nós, outros também puderem viver...Didinho

Não me limito a fazer só a minha parte! Tento, igualmente, incentivar cada um a fazer a sua, em função da sua consciência, compromisso e responsabilidade para com o país e o Mundo. A SOLIDARIEDADE é um gesto nobre, o maior e o mais sentido! A INDIFERENÇA contraria o espírito e o conceito de SOLIDARIEDADE, por isso, sou contra a INDIFERENÇA e lamento pelos INDIFERENTES! Por nós próprios, porque ninguém vive sozinho neste mundo, sejamos SOLIDÁRIOS! Didinho

A Guiné-Bissau é a soma dos interesses de todos os guineenses E NÃO DOS INTERESSES DE UM GRUPO OU DE GRUPOS DE GUINEENSES! Didinho


VAMOS CONTINUAR A TRABALHAR!

Cultivamos e incentivamos o exercício da mente, desafiamos e exigimos a liberdade de expressão, pois é através da manifestação e divulgação do pensamento (ideias e opiniões), que qualquer ser humano começa por ser útil à sociedade! Didinho

O MEU PARTIDO É A GUINÉ-BISSAU!

 

MAPA DA GUINÉ-BISSAU


VAMOS CONTINUAR A TRABALHAR!

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