A  IMPORTÂNCIA  DE UMA  POLÍTICA DE  GASTOS PÚBLICOS, PRINCIPALMENTE EM INVESTIMENTOS PÚBLICOS NAS ECONOMIAS COM BAIXO CRESCIMENTO ECONÓMICO

 

 

Maximiano António Lopes *

maximiano20@hotmail.com

22.11.2010

Maximiano Anónio LopesO objectivo deste artigo é de chamar atenção sobre a importância de uma politica de gastos públicos, principalmente em investimentos públicos, em períodos da crise nas economias com conjunto de efeitos retardantes do processo de desenvolvimento, como por exemplo, a da Guiné –Bissau, pode minimizar os efeitos adversos da crise.

Apesar da política económica atual restringir o papel do setor público, principalmente, através da contenção dos gastos públicos via elevados superávit primários.

Mesmo assim, a atual  crise económica  mundial que começou no mercado imobiliário americano e se propagou pelas ondas vibratórias da globalizaçäo  financeira , permitiu a política fiscal enfatizada por Keynes exercer um papel de destaque da politica macroeconómica vigente, onde por exemplo, os governos nacionais de uma maneira geral incrementaram seu patamar de gastos, ao mesmo tempo em que o nível da carga tributária sofreu uma redução.

No entanto, diante de uma estrutura ineficaz de financiamento, os Estados vêm aumentando seus níveis de endividamento e despesas financeiras com juros da dívida pública.

Por isso, todas sugestões e criticas são bem-vindas.

Observação

Para  alcançar  modelo de crescimento económico sustentado nas economias com conjunto de efeitos retardantes do processo de desenvolvimento, e que esteja operando com a capacidade ociosa na economia. O Estado deve intervir e regular  a actividade económica  para garantir as condições monetárias, fiscais, comerciais e de créditos . Facilitando a gerência dos  recursos  para o  sector da  esfera produtiva e diminuir as pressões externas .

Dado  que, a maior parte dessas economias caracterizam-se por  terem limites físicos , limites  monetarios-financeiros  e näo conseguem gerar  suficientes excedentes do comércio externo, impedindo as autoridades de trabalhar com deficit fiscal, para   não   provocar  as expectativas inflacionárias , desvalorização, elevação de deficit público e da dívida pública .

Mesmo assim,  se o governo  pretende  aumentar o gasto para  dinamizar a economia, deve ser o  não de pagamento de lucros. Assim,  permite aumentar o rendimento  nacional  e   contrariar a queda das exportaçöes .Porque ao realizar os investimentos públicos estimula a demanda agregada, reduz  as incertezas de lucros e anima as expectativas do sector privado.

Por isso,  para economias com modelo dominado de dívida onde os excedentes de comércio externo são insuficientes,  tanto pela  falta de competitividade da produçäo nacional  , como pelo  baixo valor agregado nacional  das suas exportaçöes, seria recomendavel que o governo trabalhasse com gasto público deficitário (näo de pagamentos de juros) para poder estimular o mercado interno e gerar excedentes no sector privado .Assim quando o investimento privado retoma níveis de atividade compatíveis com crescimento económico, o sector público reduz  sua parcela de gasto. Permitindo o governo flexibilizar sua  politica fiscal , monetaria e combater os efeitos negativos sobre a actividade económica.

Como a economia esteja operando   com a capacidade ociosa, a politica fiscal ativa mostra  um  importante instrumento de politica económica, principalmente em períodos de baixo crescimento económico  ao aumentar  a  capacidade  endógena  da economia .

Sendo assim, a politica fiscal expansionista gerará  uma expansäo mais que proporcional da demanda e do produto  tendo em conta, a economia esteja  operando com capacidade ociosa. Portanto, se esta politica  assumir  a forma de um  aumento dos  gastos públicos, seu impacto será semelhante  ao de um aumento de investimento. Visto que, o gasto público ao impulsionar  a produçäo, irá  provocar um incremento inicial na renda, onde a parcela desse aumento será destinado ao consumo, gerando a nova ampliação do produto.

No entanto, mesmo que a economia continua a ter incerteza em torno de  fluxos de capital . As autoridades dão a prioridade as politicas economicas restritivas e colocando a divida  pública a alta taxa de juros para  desincentivar as praticas de ataques especulativos sobre  actividade económica.

A politica económica deve ser  a favor do crescimento económico, do emprego e  näo subordinada aos  objectivos de baixa inflação do Banco  central, o qual responde as necessidades da politica de  estabilidade monetaria-cambial exigidos pelo capital financeiro internacional, que não ajuda assegurar maiores efeitos multiplicadores internos  sobre o emprego e o rendimento nacional.

Em síntese, seria bom preparar o País (Guiné –Bissau) para a reorganizaçäo de sua economia nesse periodo pós-neoliberal. Portanto cabe o governo repensar o que seria estratégico ao desenvolvimento nacional.

Aquele Abraço

* Economista, Hidrólogo e Especialista em Gestão e Planejamento Ambiental


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