Fernando Casimiro (Didinho)

didinho@sapo.pt

15.08.2010

Naquela tarde

nunca sonhada

nunca desejada

de profunda tristeza

de infinita dor

de desabafos e resignações

de recordações e imaginações

flutuando a cada suspiro

a cada batida do órgão do amor e da vida

Ah coração!

Naquela tarde

em que um homem também chora

por entre lágrimas e soluços

enchi-me de coragem

para teu corpo sem vida ver chegar

No discorrer inevitável da memória

meus olhos, minha mente

eu e tu... desde que neste mundo me puseste

Grande Mulher!  

Naquela tarde

vendo teu corpo inerte

dei conta afinal

que a matéria é perene

e o espírito é eterno

Ema minha mãe

tenho saudades tuas

viverás para sempre no meu coração!