UM RESUMO ALARGADO SOBRE A ESTRATÉGIA DA INCOMPETÊNCIA

 

Djodji (o primeiro)

20.09.2007

 

Já lá vão uns anos que acompanho e participo de forma irregular no fenómeno Contributo/Didinho. Pretendo agora fazer uma reflexão sobre os detractores deste projecto que, não sendo perfeito, ainda não surgiu outro dirigido aos problemas da nossa pátria que o superasse.

Nunca falei com o nosso amigo Didinho sobre isso, mas atrevo-me a afirmar que, ao criar um projecto/objecto que permitiria a livre expressão de ideias e ideologias e, ainda a publicitação de valores que vão contra o sistema ditatorial que vem castigando a nossa pátria, esperaria reacções mais ou menos violentas, por parte daqueles que se movimentam melhor numa certa anarquia organizada e com privação da (in)formação ao povo. Não acredito que o Didinho fosse tão ingénuo, ao ponto de não esperar essas reacções!!!

Mas, fazendo uma análise destes anos de actividade do Contributo, chego a acreditar que, o que o Didinho não esperava era a reacção negativa, por parte daqueles a quem ele dirige o seu trabalho, que reconhecidamente consome o seu tempo e recursos. Diria eu, que é minha convicção que o Didinho não estava preparado e teve de se preparar psicologicamente para lidar com aqueles a quem ele esperava que fossem aliados ou colaboradores e que, por uma razão ou outra, saltaram para o outro lado da barricada, assumindo-se como agressores e críticos do seu projecto e da sua pessoa.

O poder instalado na Guiné-Bissau, após o regresso do general-mercenário, não resistiu a usar os métodos PAIGCistas nunca esquecidos. Rapidamente enveredaram para a estratégia de intimidação, com ameaças directas à integridade física do Didinho e, ainda, ameaças aos que participavam e participam de forma anónima no Contributo e no então fórum Africamente, dizendo que os críticos do sistema seriam identificados através  do nº de identificação dos respectivos PC’s e depois recebiam o devido tratamento… Alguns mais vulneráveis às ameaças, recuaram e outros prosseguiram, sem medo de qualquer retaliação, vindo ela de onde viesse. Eu, pessoalmente, fui ameaçado de que se pisasse o solo guineense, teria o devido tratamento. Em manobras de tentativa de me identificar, atribuíram-me dezenas de identificação, enviaram vírus e cookies de identificação para os vários PC’s que uso no meu quotidiano profissional mas, o tempo revelou-lhes terem uma fraca contra-inteligência, não adaptada aos desafios do maravilhoso mundo novo.

Ultrapassada a fase de ameaças, o poder ditatorial investiu em “paus-mandados”, que julgavam que, com fracos argumentos, conseguiriam desacreditar e alterar o rumo de um projecto tão sólido e abrangente como é o Contributo. Usaram de forma incansável a estratégia de rotular os que lhes criticavam de caluniadores sem provas, como se a identidade das vítimas dos seus abusos fossem retirados de um filme de ficção e não constituíram factos que, se não estão, deviam estar nas páginas da nossa história como país e como povo.

Outra estratégia usada por esses falsos argumentistas foi de que, a ditadura Ninista cometeu os mesmos erros que os outros sistemas que estiveram no poder antes e após a era do ditador sanguinário, como se na justiça dos homens, um crime deve ter a absolvição só porque houve outros crimes de igual ou pior dimensão. O cabecilha dessa estratégia acima descrita, foi o pau-mandado e ex-ministro da defesa, que foi rapidamente identificado e os seus argumentos rapidamente anulados com outros argumentos mais válidos numa sociedade que se pretende democrática.

Em simultâneo com a estratégia de ameaças e tentativa de desacreditação dos artigos publicados pelo Contributo, enveredaram pela desacreditação da família do Didinho, na pessoa da sua mãe e irmãos. Penso que a resposta inicial do Didinho a essas provocações que beliscavam aquilo que é a sua honra familiar, deu alguma força a esses detractores, que tiveram um crescimento inicial mas esses argumentos acabaram por esgotar-se, quando o Didinho deixou de responder de forma directa a essas provocações, respondendo sim, com a publicação de trabalhos  cada vez maior de qualidade.

O Didinho decidiu manter voos altos e os detractores não aguentaram a alta altitude e calaram-se com as agressões à sua família.

Aproveitando essa fase de agressões familiares, eis que aparece um novo blogue do nosso conterrâneo a viver no país de Sarkozy. Curioso foi a progressiva mudança de posicionamento desse conterrâneo sem sentido crítico (um autêntico camaleão), que começou por apoiar a nobre tarefa do Didinho, enquanto aparecia noutros blogues a dizer-se neutral e liberal!!! De neutral e liberal a apoiante do general sanguinário, só bastou este ter ganho as eleições presidenciais e voltar a garantir o fluxo monetário para as contas da eterna amante e familiar daquele que era, sem nunca ter chegado a ser, um neutral e liberal.

Da vitória do general sanguinário à criação de um blogue por parte do ex-liberal, passou pouco tempo. O maior descaramento e a total ausência de sentido crítico desse ex-liberal, é que criou um blogue sem qualquer capacidade criativa, limitando-se a lixos publicados, a reagir aos conteúdos do site Contributo. Julgo que o nome “taberna da esquina”, adapta-se perfeitamente a esse espaço virtual.

A estratégia da provocação de dissidências no seio dos apoiantes do Contributo, atingiu também outro conterrâneo, cujo objectivo da sua participação nesse projecto não era dar o seu contributo ao país e ao povo, mas sim procurar aquilo que são as suas verdades sobre a participação e desempenho de um familiar seu nos serviços de segurança da Guiné-Bissau e, ainda, as razões do assassinato desse familiar. Esse conterrâneo acabou por ser expulso do projecto Contributo.

Assumo que, na altura, não entendi as razões da sua expulsão e tentei o que estava ao meu alcance para o seu regresso e participação activa nesse site. Mas, fui-me apercebendo que, mais que a participação activa no site Contributo, a esse conterrâneo interessava-lhe vingar-se da exposição pública a que foi submetido e, ainda, aquilo que ele considerava (se calhar ainda considera) graves ofensas à honra da sua família.

Rapidamente tentou angariar apoios entre os participantes do Contributo, com argumentos anti-Didinho. Essa procura de apoios levou-o ingenuamente a aliar-se temporariamente com o proprietário da “taberna da esquina” mas, como era óbvio, essa aliança estava, desde o início, condenada ao fracasso. Porquanto o objectivo de agredir o Didinho e desacreditar o seu site ser comum, os outros interesses eram totalmente antagónicos.

Não podemos esquecer que o principal responsável pelo assassinato do querido tio do proprietário do “Leopoldonii” foi o general sanguinário, que o proprietário da “taberna da esquina” tinha e tem de defender a todo o custo, sob pena de deixar de haver patrocínios por parte da eterna amante do general. A busca das verdades do proprietário do “Leopoldonii” seguia claramente na rota de colisão com os interesses do proprietário da “taberna da esquina”.

A ruptura dessa ingénua aliança foi rapidamente consumada. Mas, o proprietário do “Leopoldonii” não baixou os braços na sua luta e enveredou em contactos e aliciação dos intelectuais e ex-políticos que colaboravam (alguns ainda colaboram) com o projecto Contributo, com o único objectivo de desacreditar o seu proprietário e provocar um desmoronamento desse projecto.

O exemplo cabal dessa estratégia foi a publicação parcial de trocas de mail’s que teve comigo e ainda a publicação por parte do Inácio Valentim do mail que lhe enviou a propor um encontro, sob a pretensão de tentar ajudá-lo… Na sua tentativa de encontrar apoios entre intelectuais guineenses e após algumas “cabeçadas na parede”, o proprietário do “Leopoldonii” encontrou no conhecido historiador um colo amigo.

Uma aliança que começou por ser anónima, mas que todas as manobras denunciavam e que agora, de forma discreta, acabou por ser assumida. Cheguei a aplaudir essa aliança, julgando que seria esse o melhor caminho para o nosso conterrâneo encontrar as verdades sobre o seu tio, por mais duras que pudessem ser. Para já as minhas reservas quanto a esse facto, já que dessa aliança, continuam a surgir ataques de baixo nível à pessoa e imagem do proprietário do Contributo, o que me faz pensar que muito mais que a procura da verdade sobre a vida do seu querido tio e a defesa da honra da família, o proprietário do “Leopoldonii” continua a querer a tão procurada vingança ao proprietário do Contributo.

Então pergunto, será que a contribuição do historiador limita-se à busca da verdade sobre o querido tio do proprietário do “Leopoldonii”? Caso colaborar nesses ataques pessoais, penso que é obrigatório fazer outra interrogação: que interesses tem o historiador nessa aliança? O tempo nos responderá… Quem conhecer bem os dois aliados talvez possa adiantar aquilo que julgam ser os interesses dos aliados.

Djarama Contributo.

PROJECTO GUINÉ-BISSAU: CONTRIBUTO - LOGOTIPO

VAMOS CONTINUAR A TRABALHAR!

Projecto Guiné-Bissau: CONTRIBUTO

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